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Por que a mídia apostou tão alto na recusa aos embargos infringentes?
A resposta é simples: arrogância.
A mídia vive de símbolos e imagens, e queria mostrar a imagem de José Dirceu sendo algemado e preso. Vai ter de esperar um pouco.
A espera é desvantajosa para a mídia, porque dará mais tempo para que a opinião pública possa se informar melhor sobre os fundamentos da Ação Penal 470.
Teremos tempo para explicar à sociedade civil que o julgamento foi repleto de exceções, erros e arbítrios.
Mais importante que tudo: a pressão histérica da mídia sobre o ministro Celso de Mello demonstrou fraqueza, por um lado, como se os barões tivessem medo de uma revisão criminal dos fatos; e covardia, de outro, ao pretenderem jogar no lixo 300 anos de tradição jurídica, apenas para aplacar um sentimento de vendeta.
A próxima luta é anular esse julgamento de exceção, que incorporou teses inteiramente falsas, como a existência de dinheiro público.
Lembremos que alguns erros, como Henrique Pizzolato, não serão beneficiados pelos embargos infringentes. E, no entanto, Pizzolato é o mais inocente de todos os réus. Seu caso também terá de ser revisto.
Mas agora é o momento de comemorar uma importante vitória da democracia. As forças obscuras da mídia, e seus tentáculos sociais, queriam remover um dispositivo constitucional em favor dos réus para validar uma acusação inquisitorial.
Celso de Mello, quando discursa sobre política, é um desastre. Desta vez, porém, ateve-se a pensamentos de ordem jurídica, e teve um desempenho brilhante.
Ressalte-se que Mello usou todos os argumentos trazidos pelo blog: desmontou a pegadinha do Globo que serviu como tábua de salvação à Carmen Lúcia, lembrando que STF é diferente do STJ porque somente ele é última instância; lembrou que a questão dos embargos infringentes foi discutida pelo Congresso em 1998, e os parlamentares defenderam expressamente a manutenção dos mesmos, incluindo aí as lideranças partidárias do PSDB, DEM e PT.
Mello respondeu a todos os críticos, no próprio STF e na mídia. Questões fundamentais, tocando às liberdades e direitos civis, não são meras “tecnicalidades”, disse o ministro, referindo-se ao termo usado por Veja para descrever os embargos infringentes.
Depois desse dia histórico para a Justiça (a verdadeira) sugiro que solicitem ao PT que por meio dos
ResponderExcluirDiretórios da Juventude instale uma espécie de escritório (tipo carro,
com mesa e cadeiras, que vendem cachorros-quentes) na frente de
FACULDADES, Tribunais (frente), shoppings, e outros lugares aonde há
formadores de opinião com uma faixa garrafal : GANHE UMA CAMISA OFICIAL
DO SEU CLUBE SE APRESENTAR PROVA REAL DO MENSALÃO! Mas quem participar
tem que se preparar com gentileza, educação e, principalmente,
informações embasadas sobre o mentirão. Faço faculdade de Direito e é um
antro de reaças. Temos que agir para esclarecer, e "ganhar" a
juventude.
Concordo, Jorge Pereira. Porém, se os estudantes de Direito nada tiverem aprendido com essa aula - de graça - de Celso de Mello, então eles podem se juntar aos chincaneiros que politizaram a justiça e judicializam a política. O povo sim, precisa ser informado. Mas, estudante de Direito que não vê nada na grandeza da fala de Celso de Mello, então, pode-se juntar aos médicos hipócritas e racistas que querem anular a Politica Social -"Mais Médicos" - por interesses mesquinhos.
ResponderExcluiros reacionários e quintas colunas deste país amargaram mais uma derrota diante da verdadeira opinião pública, ou seja aqueles que votaram no PT e apoiam o governo Dilma. Os verdadeiros patriotas, a mídia alternativa, os blogs "sujos", os militantes da esquerda autêntica, e todos aqueles que acreditam na Soberania nacional e na Democracia estão de Parabéns pelo esforço e pela luta. Valeu Miro!
ResponderExcluirNeste longo intervalo de uma semana, o ministro Celso de Mello deve ter refletido profundamente sobre as consequências do seu voto. Se rejeitasse os embargos, claro, seria mimado, incensado por toda a velha mídia, aí incluídos O Globo, a Folha de São Paulo, o Estadão, além da famigerada VEJA. Votando, como votou, pela aceitação dos embargos infringentes, perde pontos junto à velha mídia, mas credencia-se junto à comunidade jurídica nacional como um juiz independente, que não se rende, ou pelo menos não se rendeu à quase insuportável pressão midiática. Credencia-se também diante da História como o juiz que teve a coragem de afrontar todo um aparato de comunicação que buscava negar aos réus da AP 470 o direito à possibilidade de uma revisão de suas condenações. O ministro teve a sabedoria de se apegar firmemente à Constituição, e de forma tão convincente, que não deixou margem a qualquer contestação. Quem assistiu à sua pregação não tem dúvida de que, negar o direito dos réus ao embargos, seria ferir de morte o Estado Democrático de Direito. De quebra, ainda mandou um recado direto à Veja, que o pressionou de forma mais afrontosa e desavergonhada em seu último número.
ResponderExcluirRealmente, um ato de coragem de Celso de Mello. Quanto à carcomídia, o resultado de ontem nos mostra que ela está perdendo seu poder de maneira mais acelerada do que imaginávamos.
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