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Numa pomposa solenidade, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu nesta terça-feira (10) a cadeira número 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL). O novo "imortal", vestindo seu fardão aristocrático, fez um discurso gorduroso, cheio de platitudes, no qual teorizou sobre a crise da democracia no país. Os jornalões e as emissoras de tevê adoraram o ritual e bajularam FHC, "O príncipe da privataria" - conforme o título do livro recém-lançado pelo jornalista Palmério Dória.
Segundo relato entusiasmado da Folha tucana, "na cerimônia de posse mais concorrida dos últimos anos na Academia Brasileira de Letras", o ex-presidente "apontou as insuficiências da democracia no Brasil. Entre os convidados estavam o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, o cantor Gilberto Gil e os principais nomes do PSDB: o governador Geraldo Alckmin (SP), o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador José Serra (SP)".
"O evento aconteceu no salão nobre do Petit Trianon, o prédio histórico que serve de sede para a Academia, no centro do Rio. Vestindo o fardão de acadêmico, o ex-presidente iniciou seu discurso falando sobre a 'importância dos rituais', como aquele de que tomava parte, e fazendo referência a sua mulher, Ruth Cardoso (1930-2008)... Ao fim do discurso, FHC assinou o livro de posse e recebeu os tradicionais adereços que compõem o figurino da ABL: o colar com uma medalha, entregue por Nélida Piñon; o diploma, entregue pelo historiador José Murilo de Carvalho, e a espada, dada por Eduardo Portella - que substituiu na função o decano da ABL, José Sarney".
"O evento aconteceu no salão nobre do Petit Trianon, o prédio histórico que serve de sede para a Academia, no centro do Rio. Vestindo o fardão de acadêmico, o ex-presidente iniciou seu discurso falando sobre a 'importância dos rituais', como aquele de que tomava parte, e fazendo referência a sua mulher, Ruth Cardoso (1930-2008)... Ao fim do discurso, FHC assinou o livro de posse e recebeu os tradicionais adereços que compõem o figurino da ABL: o colar com uma medalha, entregue por Nélida Piñon; o diploma, entregue pelo historiador José Murilo de Carvalho, e a espada, dada por Eduardo Portella - que substituiu na função o decano da ABL, José Sarney".
Ainda segundo os relatos da mídia amiga, o "imortal" jurou de pé junto que "o desenvolvimento, a democracia, a liberdade e a igualdade eram e continuam a ser nossa obsessão. A esses objetivos dediquei meus esforços como intelectual e tentei alcançá-los em minha prática política". Sobre os recentes protestos de rua, FHC disse que "a ampliação da democracia e da liberdade de informação choca-se com as insuficiências da República. À inadequação das instituições acrescenta-se sua desmoralização, agravada por episódios de corrupção".
Durante o triste reinado de FHC, o Brasil afundou numa grave crise econômica, ficando de joelhos para o FMI; o desemprego bateu recordes; os direitos trabalhistas foram surrupiados; o Exército foi acionado para aniquilar uma greve dos petroleiros e a violência dizimou assentados do MST; vários casos de corrupção foram denunciados e arquivados pelo Judiciário, com a cumplicidade da mídia tucana. O livro de Palmério Dória revela alguns destes crimes, como na compra de votos para sua reeleição. A ABL, que antes já havia tornado "imortal" o erudito Merval Pereira, da golpista Rede Globo, evita estas histórias comprometedoras nos seus rituais. A mídia amiga também!
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5 comentários:
Pois eh... FHC discursou sobre a importancia dos ritiuais, sobre a democracia, liberdade e igualdade... Enfim, parece ter sido um ritual de maconaria.
Miro... isso é piada pronta.... o número da cadeira do "imortal" é o mesmo da plataforma que ele afundou com sua desastrosa condução do país e da petrobrás???? o acaso é muito justo
Cadeira 36 X Plataforma P 36 ---- FHC vai afundar a Academia Brasileira de Letras.... bem feito
Gostaria de ver a cara do João Ubaldo nessa solenidade
Para quem concorda com métodos orientais de combate à corrupção, como cortar mãos e outras penalidades, fica difícil aceitar que FHC ainda continue perambulando ileso por aí e com tanta empáfia.
Em qualquer país sério ele estaria, no mínimo, preso por tudo que já fez. Por muito menos, na América Latina, o mexicano Salinas Gortari, o boliviano Louzada, o peruano Fujimori, o argentino Menem e outros foram julgados e ficaram presos, ou então arranjaram meios (lícitos ou não) de fugir da justiça.
Aqui, não, FHC continua tranquilo, dando opiniões e se preparando para continuar seu plano sórdido (parodiando Renato Russo).
Para quem ainda se interessa e quer saber mais sobre o legado de FHC e seus companheiros, recomendo ler:
- O Brasil Privatizado de Aloysio Biondi;
- A Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr.; e
- O Príncipe da Privataria de Palmério Dória.
Se depois de ler sobre o assunto, você não se indignar, recomendo renovar sua assinatura de Veja e viver feliz, assistindo à Rede Globo.
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