Editorial do sítio Vermelho:
A pesquisa Ibope/Estadão divulgada na última quinta-feira (23), como toda sondagem eleitoral, retrata um momento do quadro político que, por óbvio, pode sofrer alterações. Mas a contundência dos dados revelados lança luz sobre alguns fenômenos que precisam ser considerados pelos campos em disputa.
O dado mais saliente é que a presidenta Dilma Rousseff, naturalmente candidata à reeleição, venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje contra todos os potenciais adversários, o mesmo ocorrendo com as projeções de segundo turno. Os pré-candidatos oposicionistas Aécio Neves e José Serra, pelo PSDB, e Marina Silva e Eduardo Campos, pelo PSB, seriam fragorosamente derrotados.
Os motivos para tal prognóstico são óbvios. O povo brasileiro julga que a presidenta da República está fazendo um bom mandato e, malgrado as dificuldades, está levando adiante a obra iniciada pelo ex-presidente Lula em 2003. Continua avançando o programa de erradicação da miséria e em geral o País segue trilhando o caminho das mudanças. Erraram copiosamente os aprendizes de feiticeiro que previram a derrocada do mandato presidencial devido a problemas no âmbito da economia e às questões políticas e sociais que emergiram no leito das manifestações de rua em junho e julho últimos. Naquele instante, os índices de popularidade e aprovação do governo de Dilma Rousseff tinham registrado abrupta queda, cenário no qual proliferaram os pescadores de águas turvas.
Pesam a favor da presidenta o comportamento democrático que adotou perante as manifestações, a postura altaneira que demonstrou em face do imperialismo estadunidense no caso da espionagem, a coragem com que adotou o Programa Mais Médicos, enfrentando mesquinhos interesses corporativistas e a visão estreita da oposição, e mesmo o resultado do controverso leilão do campo petrolífero de Libra. Seria ocioso e exaustivo relacionar todos os êxitos do governo, que formam o pano de fundo da boa avaliação popular.
O outro aspecto saliente do quadro eleitoral, que os dados da pesquisa Ibope/Estadão tendem a acirrar, diz respeito às contradições no seio de cada bloco oposicionista. No PSDB intensifica-se uma luta sem quartel entre Aécio Neves e José Serra, a despeito de Aécio se exibir como candidato preferido pela maioria dos ocupantes de cargos executivos e legislativos do partido e de ter sido ungido pelo ex-presidente FHC, este Midas ao revés. Aécio perde-se cada vez mais no vazio das suas ideias, na pobreza de suas formulações, na indigência da sua atividade política. Escolheu como mantra a defesa do passado, a glorificação do governo de FHC, o elogio das privatizações. Perde cada vez mais terreno porque faz um discurso diametralmente oposto às expectativas da população. Serra procura avançar nesse terreno, exibindo as fragilidades do adversário e pretendendo ser o que melhores condições reúne para liderar a oposição conservadora e neoliberal. O ex-governador de São Paulo está em plena ofensiva na luta interna do PSDB, sentindo-se agora turbinado pelas indicações da pesquisa Ibope/Estadão.
No outro agrupamento oposicionista, formado pela dupla Marina Silva e Eduardo Campos, apesar do jogo de aparências, instalou-se a confusão geral. A disputa entre ambos pela prerrogativa da candidatura em nome do PSB, na verdade em nome da aliança PSB/Rede, é cada vez mais intensa, contradição que a pesquisa também incrementa, pois vai tornando-se cada vez mais claro que a candidatura do governador pernambucano poderá sofrer contundente derrota nas urnas. A pesquisa indica que ele tem menos da metade das intenções de voto da ex-senadora do Acre.
Do ponto de vista da mensagem política dos quatro pré-candidatos, os ataques a Dilma, ao PT, à esquerda, a oposição sistemática aos projetos e medidas patrióticos e populares do governo, estão afastando-os ainda mais do povo brasileiro e corroborando a formação de um cenário que prenuncia o seu fracasso e consolida a tendência de se tornarem uma oposição em frangalhos.
Isto não significa que a campanha eleitoral será fácil para as forças da democracia, do desenvolvimento, da soberania nacional e do progresso social, lideradas pela presidenta Dilma Rousseff, nomeadamente a esquerda, que se mantém em sua base de sustentação. Como toda eleição presidencial no Brasil, será uma luta política dura, que exigirá discernimento estratégico-tático, unidade e mobilização do povo. Estarão em jogo os destinos do País, que poderá dar mais um passo na luta por transformações políticas e sociais de fundo.
A pesquisa Ibope/Estadão divulgada na última quinta-feira (23), como toda sondagem eleitoral, retrata um momento do quadro político que, por óbvio, pode sofrer alterações. Mas a contundência dos dados revelados lança luz sobre alguns fenômenos que precisam ser considerados pelos campos em disputa.
O dado mais saliente é que a presidenta Dilma Rousseff, naturalmente candidata à reeleição, venceria no primeiro turno se as eleições fossem hoje contra todos os potenciais adversários, o mesmo ocorrendo com as projeções de segundo turno. Os pré-candidatos oposicionistas Aécio Neves e José Serra, pelo PSDB, e Marina Silva e Eduardo Campos, pelo PSB, seriam fragorosamente derrotados.
Os motivos para tal prognóstico são óbvios. O povo brasileiro julga que a presidenta da República está fazendo um bom mandato e, malgrado as dificuldades, está levando adiante a obra iniciada pelo ex-presidente Lula em 2003. Continua avançando o programa de erradicação da miséria e em geral o País segue trilhando o caminho das mudanças. Erraram copiosamente os aprendizes de feiticeiro que previram a derrocada do mandato presidencial devido a problemas no âmbito da economia e às questões políticas e sociais que emergiram no leito das manifestações de rua em junho e julho últimos. Naquele instante, os índices de popularidade e aprovação do governo de Dilma Rousseff tinham registrado abrupta queda, cenário no qual proliferaram os pescadores de águas turvas.
Pesam a favor da presidenta o comportamento democrático que adotou perante as manifestações, a postura altaneira que demonstrou em face do imperialismo estadunidense no caso da espionagem, a coragem com que adotou o Programa Mais Médicos, enfrentando mesquinhos interesses corporativistas e a visão estreita da oposição, e mesmo o resultado do controverso leilão do campo petrolífero de Libra. Seria ocioso e exaustivo relacionar todos os êxitos do governo, que formam o pano de fundo da boa avaliação popular.
O outro aspecto saliente do quadro eleitoral, que os dados da pesquisa Ibope/Estadão tendem a acirrar, diz respeito às contradições no seio de cada bloco oposicionista. No PSDB intensifica-se uma luta sem quartel entre Aécio Neves e José Serra, a despeito de Aécio se exibir como candidato preferido pela maioria dos ocupantes de cargos executivos e legislativos do partido e de ter sido ungido pelo ex-presidente FHC, este Midas ao revés. Aécio perde-se cada vez mais no vazio das suas ideias, na pobreza de suas formulações, na indigência da sua atividade política. Escolheu como mantra a defesa do passado, a glorificação do governo de FHC, o elogio das privatizações. Perde cada vez mais terreno porque faz um discurso diametralmente oposto às expectativas da população. Serra procura avançar nesse terreno, exibindo as fragilidades do adversário e pretendendo ser o que melhores condições reúne para liderar a oposição conservadora e neoliberal. O ex-governador de São Paulo está em plena ofensiva na luta interna do PSDB, sentindo-se agora turbinado pelas indicações da pesquisa Ibope/Estadão.
No outro agrupamento oposicionista, formado pela dupla Marina Silva e Eduardo Campos, apesar do jogo de aparências, instalou-se a confusão geral. A disputa entre ambos pela prerrogativa da candidatura em nome do PSB, na verdade em nome da aliança PSB/Rede, é cada vez mais intensa, contradição que a pesquisa também incrementa, pois vai tornando-se cada vez mais claro que a candidatura do governador pernambucano poderá sofrer contundente derrota nas urnas. A pesquisa indica que ele tem menos da metade das intenções de voto da ex-senadora do Acre.
Do ponto de vista da mensagem política dos quatro pré-candidatos, os ataques a Dilma, ao PT, à esquerda, a oposição sistemática aos projetos e medidas patrióticos e populares do governo, estão afastando-os ainda mais do povo brasileiro e corroborando a formação de um cenário que prenuncia o seu fracasso e consolida a tendência de se tornarem uma oposição em frangalhos.
Isto não significa que a campanha eleitoral será fácil para as forças da democracia, do desenvolvimento, da soberania nacional e do progresso social, lideradas pela presidenta Dilma Rousseff, nomeadamente a esquerda, que se mantém em sua base de sustentação. Como toda eleição presidencial no Brasil, será uma luta política dura, que exigirá discernimento estratégico-tático, unidade e mobilização do povo. Estarão em jogo os destinos do País, que poderá dar mais um passo na luta por transformações políticas e sociais de fundo.
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