Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
O Cafezinho vem investigando uma série de indícios de irregularidades que estariam ocorrendo há anos no interior de uma das maiores estatais de São Paulo, a FURP, o laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado.
Segundo diversos funcionários contatados pelo blog, há uma crescente indignação interna com os desmandos, corrupção e negligência no órgão. Finalmente, os funcionários conseguiram se organizar e enviaram uma carta-denúncia ao Ministério Público, reunindo todos os indícios e evidências de corrupção que conseguiram obter.
Caso essas irregularidades sejam comprovadas, falamos em desvios de centenas de milhões de reais, praticados sistematicamente ao longo de muitos anos.
Considerando que Geraldo Alckmin é médico, e que o maior problema do Brasil, segundo todas as pesquisas, é a saúde pública, temos aqui um escândalo que pode atingir proporções bíblicas e não apenas comprometer a reeleição do atual governador, como respingar na campanha presidencial de 2014, atingindo Aécio Neves.
Os funcionários criticam não apenas a ocorrência de desvios; a gestão do órgão também é duramente questionada: “poucos produtos estão sendo produzidos atualmente e, o mais grave, estão obsoletos. A Furp está totalmente ultrapassada na sua linha de produtos em relação ao mercado.”
Os funcionários que fizeram a denúncia, todavia, não têm motivação política. Ao contrário, tudo que desejam é uma gestão ética e competente, independente de quem seja o partido no governo.
Neste link, você poderá ler a Carta de Encaminhamento ao Ministério Público, assinada apenas como “Funcionários do FURP”, na qual eles pedem às autoridades competentes que investiguem as irregularidades no órgão.
Trechos da carta:
“Estamos encaminhando em anexo uma denúncia contendo indícios e evidências de corrupção que estão ocorrendo há muito tempo na Fundação para o Remédio Popular – Furp. Esse documento é uma pequena amostra da situação em que a Fundação se encontra. Muitas outras irregularidades estão ocorrendo. (…) Pedimos, de uma vez por todas, que esses diretores, assessores e o superintendente sejam afastados e que sejam feitas investigações completas nas contas da empresa, em todos os contratos e também na parte técnica. Com base nos resultados, que os responsáveis sejam púnicos e suas ramificações espalhadas pela Furp também sejam identificadas e providências sejam tomadas.
(…) Chega a ser espantoso o descaso do Governo do Estado de São Paulo com a situação da Furp. Suas contas não são avaliadas, sua gestão não é aprimorada e se chegou ao ponto que está.
(…) Queremos a Furp de volta. Queremos bons administradores. Queremos voltar a ter orgulho de trabalhar em uma fundação que contribui para a melhoria da saúde da população. Queremos voltar a trabalhar com dignidade e sermos respeitados como profissionais. Esta empresa não é dos políticos e seus comparsas. Esta empresa é
do povo.”
Neste outro link, você encontrará a íntegra do relatório escrito pelos funcionários, reunindo todos os indícios de superfaturamento, corrupção, licitações fraudulentas e negligência, no interior da FURP.
As denúncias envolvem algumas fornecedoras de serviços e equipamentos à Furp, como a Docprint, a Power Segurança e Vigilância, a RV Consult Transportes e Logística, a Convida, a Provence Construtora, e a Guima Conseco.
Os nomes que podem estar envolvidos em desvios, segundo a denúncia dos próprios funcionários, são os seguintes:
“O assessor técnico Gustavo Alexandre de Oliveira tem como papel principal na Furp defender os interesses das empresas privadas que querem fazer negócios na Furp. É ele quem recebe os fornecedores em sua sala, articula as áreas responsáveis e fecha os contratos (porém não assina). Depois disso, ele também é responsável por garantir o pagamento ao fornecedor.
É necessário urgentemente afastar esse assessor e toda a direção da Furp e investigar as possíveis propinas que eles estejam recebendo. Além dele, existem outros funcionários contribuindo para isso, a saber: Damião Amaral da Silva, recém diretor administrativo, Valmir Nogueira de Lima, gerente de vendas (contrato da RV), Antonio Nogueira Sobrinho, assessor de engenharia, entre outros que podem estar sendo beneficiados com esses contratos milionários.”
As denúncias envolvem todo o tipo de mutreta imaginável num órgão público: superfaturamento de serviços prestados, fraude em licitações, serviços pagos e não realizados, negligência criminosa. A relação de problemas listada pelos funcionários, segundo eles, é apenas uma amostra. Some-se a tudo isso, a falta de respeito para com os funcionários, que recebem alimentação de qualidade duvidosa, não participam dos debates sobre planos de carreira, e sofrem com uma estrutura cada vez mais precária.
Todos os anexos citados na denúncia estão aqui. São documentos internos da FURP (relatórios, licitações, contratos, fotos das obras não executadas, etc), obtidos com exclusividade pelo Cafezinho.
O Cafezinho vem investigando uma série de indícios de irregularidades que estariam ocorrendo há anos no interior de uma das maiores estatais de São Paulo, a FURP, o laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado.
Segundo diversos funcionários contatados pelo blog, há uma crescente indignação interna com os desmandos, corrupção e negligência no órgão. Finalmente, os funcionários conseguiram se organizar e enviaram uma carta-denúncia ao Ministério Público, reunindo todos os indícios e evidências de corrupção que conseguiram obter.
Caso essas irregularidades sejam comprovadas, falamos em desvios de centenas de milhões de reais, praticados sistematicamente ao longo de muitos anos.
Considerando que Geraldo Alckmin é médico, e que o maior problema do Brasil, segundo todas as pesquisas, é a saúde pública, temos aqui um escândalo que pode atingir proporções bíblicas e não apenas comprometer a reeleição do atual governador, como respingar na campanha presidencial de 2014, atingindo Aécio Neves.
Os funcionários criticam não apenas a ocorrência de desvios; a gestão do órgão também é duramente questionada: “poucos produtos estão sendo produzidos atualmente e, o mais grave, estão obsoletos. A Furp está totalmente ultrapassada na sua linha de produtos em relação ao mercado.”
Os funcionários que fizeram a denúncia, todavia, não têm motivação política. Ao contrário, tudo que desejam é uma gestão ética e competente, independente de quem seja o partido no governo.
Neste link, você poderá ler a Carta de Encaminhamento ao Ministério Público, assinada apenas como “Funcionários do FURP”, na qual eles pedem às autoridades competentes que investiguem as irregularidades no órgão.
Trechos da carta:
“Estamos encaminhando em anexo uma denúncia contendo indícios e evidências de corrupção que estão ocorrendo há muito tempo na Fundação para o Remédio Popular – Furp. Esse documento é uma pequena amostra da situação em que a Fundação se encontra. Muitas outras irregularidades estão ocorrendo. (…) Pedimos, de uma vez por todas, que esses diretores, assessores e o superintendente sejam afastados e que sejam feitas investigações completas nas contas da empresa, em todos os contratos e também na parte técnica. Com base nos resultados, que os responsáveis sejam púnicos e suas ramificações espalhadas pela Furp também sejam identificadas e providências sejam tomadas.
(…) Chega a ser espantoso o descaso do Governo do Estado de São Paulo com a situação da Furp. Suas contas não são avaliadas, sua gestão não é aprimorada e se chegou ao ponto que está.
(…) Queremos a Furp de volta. Queremos bons administradores. Queremos voltar a ter orgulho de trabalhar em uma fundação que contribui para a melhoria da saúde da população. Queremos voltar a trabalhar com dignidade e sermos respeitados como profissionais. Esta empresa não é dos políticos e seus comparsas. Esta empresa é
do povo.”
Neste outro link, você encontrará a íntegra do relatório escrito pelos funcionários, reunindo todos os indícios de superfaturamento, corrupção, licitações fraudulentas e negligência, no interior da FURP.
As denúncias envolvem algumas fornecedoras de serviços e equipamentos à Furp, como a Docprint, a Power Segurança e Vigilância, a RV Consult Transportes e Logística, a Convida, a Provence Construtora, e a Guima Conseco.
Os nomes que podem estar envolvidos em desvios, segundo a denúncia dos próprios funcionários, são os seguintes:
“O assessor técnico Gustavo Alexandre de Oliveira tem como papel principal na Furp defender os interesses das empresas privadas que querem fazer negócios na Furp. É ele quem recebe os fornecedores em sua sala, articula as áreas responsáveis e fecha os contratos (porém não assina). Depois disso, ele também é responsável por garantir o pagamento ao fornecedor.
É necessário urgentemente afastar esse assessor e toda a direção da Furp e investigar as possíveis propinas que eles estejam recebendo. Além dele, existem outros funcionários contribuindo para isso, a saber: Damião Amaral da Silva, recém diretor administrativo, Valmir Nogueira de Lima, gerente de vendas (contrato da RV), Antonio Nogueira Sobrinho, assessor de engenharia, entre outros que podem estar sendo beneficiados com esses contratos milionários.”
As denúncias envolvem todo o tipo de mutreta imaginável num órgão público: superfaturamento de serviços prestados, fraude em licitações, serviços pagos e não realizados, negligência criminosa. A relação de problemas listada pelos funcionários, segundo eles, é apenas uma amostra. Some-se a tudo isso, a falta de respeito para com os funcionários, que recebem alimentação de qualidade duvidosa, não participam dos debates sobre planos de carreira, e sofrem com uma estrutura cada vez mais precária.
Todos os anexos citados na denúncia estão aqui. São documentos internos da FURP (relatórios, licitações, contratos, fotos das obras não executadas, etc), obtidos com exclusividade pelo Cafezinho.
Tudo o que o governador alckmin - da Opus Dei - faz, é em nome de deus. Do deus-mercado, lógico!
ResponderExcluirEscândalos mais um e mais outro, já bem antes de Ademar a expressão “rouba mas faz” ou de Getúlo, “país rico, o que se rouba a noite se cria de manhã”.
ResponderExcluirNão existe outra forma de se apropriar do dinheiro público, que não seja por meio de uma nota, de um recibo.
Percorrendo o caminho das notas muitos cenários e neles muitas cenas e tudo devidamente registrado em processo. Percorrendo as entranhas de um processo, em geral as contas sempre estão correta, e parece ser que as fiscalizações centram suas vidas, só ai.
O cartel Siemens/Alston é exemplo: os preços, as contas, as notas, tudo correto e a fiscalização certificou a idoneidade. No entanto no pagamento da nota se esvaziou o cofre. “Negócio bom é o negócio que todos ganham e ficam felizes”.
Em São Paulo tenho algumas dúvidas tipo: Se a frota de carros é alugada, quanto a processos e contas nenhuma dúvida, mas a quantidade de carros alugados é compatível, nada impede que uma estatal tenha mais carros alugados do que funcionários, atendendo a interesses alheios a empresa, que seja vinculado a secretaria onde a empresa está lotada; o mesmo com a terceirização, a contratação da responsável e o salário recebido pelo profissional; a CDHU, nunca será privatizada, porque repassa valores às empreiteiras, os processos seguramente a disposição da fiscalização, no entanto se compararmos os valores, por unidade construída, mesmo aplicando média e outras argumentações estatísticas, repassado às empreiteiras antes e depois do PAC, seguramente se encontrará uma inflação assustadora...
Esta fiscalização deveria ser feita pelo legislativo, uma de suas atribuições. Creio ser absurdo cobrar do Tribunal de Contas fiscalizaçõe política.
Alckmin é um grande homem. ele vai pedir de volta para o Estado de São Paulo, via justiça, o dinheiro que ele mesmo desviou no trensalãotucano. Que sacada!
ResponderExcluirAcredito que o pior são os maquinários quanto as instalações são boas, quanto ao governo deveria privatizar mais esse cabide de emprego.
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