Por José Dirceu, em seu blog:
A mídia e boa parte de seus articulistas, apanhados de surpresa pelo “casamento” Marina Silva-Eduardo Campos (Rede Sustentabilidade-PSB) na sexta-feira passada, inicialmente falaram de apoio da ex-senadora à candidatura do governador de Pernambuco ao Palácio do Planalto no ano que vem.
Agora, alimentados por líderes dos dois lados, vêm com outras histórias, de que Marina será a vice de Campos; ou ele vice numa chapa dela; ou ainda que nada impede que a aliança feita agora seja rompida mais à frente para a ex-senadora apoiar outra força ou tomar outro rumo.
Tudo indica, portanto, que os problemas decorrentes da filiação da ex-senadora ao PSB estão apenas começando e que já aflora principalmente esta questão: quem será de fato o cabeça de chapa para o Planalto em 2014. A questão existe e não adianta negar, ou afirmar, como fazem algumas lideranças do PSB, que isso é coisa do governo ou da mídia.
O que fazer com as grandes divergências?
O que fazer com as incompatibilidades entre os dois partidos começando pela área ambiental e pelo Código Florestal, questões tão caras a Marina Silva? Na aprovação do Código no Congresso, o PSB se aliou à bancada ruralista. O que fazer com os palanques estaduais? O PSB é aliado do PSDB nos principais Estados, e é governo onde o tucanato governa, a começar por São Paulo, Minas e Paraná.
Como explicar para a maioria da Rede Sustentabilidade e do eleitorado a aliança e a candidatura de Marina Silva à vice-presidência da República? Como compatibilizar as candidaturas a deputado nos Estados e ao Senado que, como sabemos, é como se fosse uma eleição majoritária e, no ano que vem, só há uma vaga em disputa por Estado?
O que fazer com a candidatura tucana do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Planalto, já que um dos dois, Marina ou Eduardo Campos, estará disputando o mesmo cargo? E com o PSDB? O que farão a Rede e o PSB com o PSDB em campanha pela presidência da República e pelos governos estaduais? Terão a mesma flexibilidade que o PSB teve em 2012 na campanha eleitoral em São Paulo, quando deixaram rapidamente o governo Alckmin, foram para a oposição e, passada a eleição, voltaram para o governo de Geraldinho?
Aécio e sua candidatura coadjuvantes da dupla Marina-Eduardo Campos
São questões que se colocam cada vez mais latentes no dia a dia. Nossa direita, essa que controla a mídia – Rede Globo, Organizações Globo e seus comentaristas e articulistas à frente -, ficou eufórica e assumiu com entusiasmo a aliança PSB-Rede. Por quê? Porque está órfã de pai e mãe com o fracasso da candidatura Aécio. O senador mineiro e sua candidatura ao Planalto podem acabar virando coadjuvantes ou linha auxiliar de Campos-Marina.
Nossa direita aderiu porque vê na chapa Marina-Campos um novo FHC que sirva aos seus interesses e pôr fim nos derrote. É uma missão difícil dada à solidez do apoio popular, social e não apenas eleitoral, ao PT, ao ex-presidente Lula e ao governo Dilma Rousseff.
Fora o fato que a saída de Marina do páreo da disputa pela presidência – se isso efetivamente acontecer – vai beneficiar a presidenta Dilma como candidata à reeleição. Nada indica que o povo quer mudar de rumo e de governo. Pelo contrário. E estão aí as pesquisas a confirmar o que digo.
Agora, alimentados por líderes dos dois lados, vêm com outras histórias, de que Marina será a vice de Campos; ou ele vice numa chapa dela; ou ainda que nada impede que a aliança feita agora seja rompida mais à frente para a ex-senadora apoiar outra força ou tomar outro rumo.
Tudo indica, portanto, que os problemas decorrentes da filiação da ex-senadora ao PSB estão apenas começando e que já aflora principalmente esta questão: quem será de fato o cabeça de chapa para o Planalto em 2014. A questão existe e não adianta negar, ou afirmar, como fazem algumas lideranças do PSB, que isso é coisa do governo ou da mídia.
O que fazer com as grandes divergências?
O que fazer com as incompatibilidades entre os dois partidos começando pela área ambiental e pelo Código Florestal, questões tão caras a Marina Silva? Na aprovação do Código no Congresso, o PSB se aliou à bancada ruralista. O que fazer com os palanques estaduais? O PSB é aliado do PSDB nos principais Estados, e é governo onde o tucanato governa, a começar por São Paulo, Minas e Paraná.
Como explicar para a maioria da Rede Sustentabilidade e do eleitorado a aliança e a candidatura de Marina Silva à vice-presidência da República? Como compatibilizar as candidaturas a deputado nos Estados e ao Senado que, como sabemos, é como se fosse uma eleição majoritária e, no ano que vem, só há uma vaga em disputa por Estado?
O que fazer com a candidatura tucana do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Planalto, já que um dos dois, Marina ou Eduardo Campos, estará disputando o mesmo cargo? E com o PSDB? O que farão a Rede e o PSB com o PSDB em campanha pela presidência da República e pelos governos estaduais? Terão a mesma flexibilidade que o PSB teve em 2012 na campanha eleitoral em São Paulo, quando deixaram rapidamente o governo Alckmin, foram para a oposição e, passada a eleição, voltaram para o governo de Geraldinho?
Aécio e sua candidatura coadjuvantes da dupla Marina-Eduardo Campos
São questões que se colocam cada vez mais latentes no dia a dia. Nossa direita, essa que controla a mídia – Rede Globo, Organizações Globo e seus comentaristas e articulistas à frente -, ficou eufórica e assumiu com entusiasmo a aliança PSB-Rede. Por quê? Porque está órfã de pai e mãe com o fracasso da candidatura Aécio. O senador mineiro e sua candidatura ao Planalto podem acabar virando coadjuvantes ou linha auxiliar de Campos-Marina.
Nossa direita aderiu porque vê na chapa Marina-Campos um novo FHC que sirva aos seus interesses e pôr fim nos derrote. É uma missão difícil dada à solidez do apoio popular, social e não apenas eleitoral, ao PT, ao ex-presidente Lula e ao governo Dilma Rousseff.
Fora o fato que a saída de Marina do páreo da disputa pela presidência – se isso efetivamente acontecer – vai beneficiar a presidenta Dilma como candidata à reeleição. Nada indica que o povo quer mudar de rumo e de governo. Pelo contrário. E estão aí as pesquisas a confirmar o que digo.
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