Por José Dirceu, em seu blog:
O sempre presidenciável tucano José Serra chegou tarde com essas suas críticas ao troca-troca de partidos das últimas semanas, classificado por ele como “mercado partidário”. Em palestra na federação das associações comerciais do Rio Grande do Sul, ontem, em Porto Alegre, ele afirmou que “tempo de TV no Brasil e verba do fundo partidário viraram mercadoria”. Errou feio, ainda, ao acusar o governo Dilma Rousseff de “cúmplice” da prática.
Chegou tarde porque o Congresso já proibiu a venda de mandatos – votou o projeto anteontem -, criada, ao contrário do que ele diz, não com a “cumplicidade” do governo Dilma, mas pela justiça, pelo Tribunal Superior eleitoral (TSE) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao liquidarem a fidelidade partidária.
O balcão de negócios de compra e venda de mandatos que vigorou no país não tem nada a ver com a presidenta e o governo. O PT, por exemplo, sempre se opôs. Tanto que não houve mudança de parlamentares seus para outros partidos. E nós aqui nesse blog fomos dos primeiros a denunciar a decisão da justiça eleitoral para beneficiar inicialmente o PSD no ano passado.
Na sucessão, Lula disse e fez o óbvio, e Serra sabe disso
Serra erra de novo ao atribuir ao ex-presidente Lula a antecipação do debate eleitoral. “No Brasil, virou uma doença. O primeiro vírus quem botou foi o Lula. É uma tremenda antecipação (da campanha)”, disse. Ora, foram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. ao lançar a candidatura Aécio Neves contra a de José Serra, e a ex-senadora Marina Silv,a ao se movimentar ostensivamente como presidenciável, que precipitaram a sucessão de 2014.
Anteciparam o debate, aliás, com todo apoio da mídia, que começou a disseminar a informação de que o ex-presidente Lula seria candidato ao Planalto, obrigando-o, então, a dizer que não era e que a presidenta Dilma era candidata à reeleição. O ex-presidente disse e fez o óbvio, Serra sabe, mas insiste em apontá-lo como deflagrador de uma campanha que, na verdade, foi antecipada por FHC e Marina Silva.
Já ao responder sobre a possibilidade de ainda concorrer à Presidência da República em 2014, Serra invocou o exemplo do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que definiu sua candidatura pouco meses antes da eleição em 2007, para afirmar que não vê a necessidade de precipitação. Lembrou, também, que seu adversário interno, senador Aécio Neves (PSDB-MG), já declarou que a decisão sobre a candidatura tucana só ocorrerá em março. Ora, a candidatura Aécio está lançada por FHC há quase um ano…
Serra pensa que a política espera suas decisões e seu tempo
Cita Sarkozy como exemplo porque gostaria muito que Aécio já não fosse o candidato. Para ele, José Serra, decidir na 25ª hora, depois do festival de marolas que sempre patrocina, se é ou não candidato a presidente. Deixou claro que para ele tudo está indefinido ainda e só será decidido em 2014. De qualquer forma, sua colocação – e esperança – revela que ele ainda pensa em ser. Aécio que se cuide…
Por fim, Serra, em vez de reconhecer seus erros continua neles. Continua contra a política de integração continental defendida pelo país e contra as relações Brasil-Bolívia. Classificou o MERCOSUL como uma “bobagem”. Está contra o bloco econômico do Sul, fala contra como se este fosse um mero acordo comercial, como se a Argentina, Uruguai e Paraguai não fossem importantes politicamente, como se a estabilidade regional não afetasse o Brasil.
Pior são suas declarações sobre a Bolívia e o tráfico de drogas, seu desprezo pelos países do MERCOSUL, por outros países do continente como a Bolívia e a Venezuela, seu pouco caso pela Palestina, que ele não considera sequer um país, logo uma nação – é, ele falou mal da causa palestina, também, afirmando, “nem sei se (a Palestina) tem economia”… E ele ainda quer ser presidente do Brasil…
O balcão de negócios de compra e venda de mandatos que vigorou no país não tem nada a ver com a presidenta e o governo. O PT, por exemplo, sempre se opôs. Tanto que não houve mudança de parlamentares seus para outros partidos. E nós aqui nesse blog fomos dos primeiros a denunciar a decisão da justiça eleitoral para beneficiar inicialmente o PSD no ano passado.
Na sucessão, Lula disse e fez o óbvio, e Serra sabe disso
Serra erra de novo ao atribuir ao ex-presidente Lula a antecipação do debate eleitoral. “No Brasil, virou uma doença. O primeiro vírus quem botou foi o Lula. É uma tremenda antecipação (da campanha)”, disse. Ora, foram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. ao lançar a candidatura Aécio Neves contra a de José Serra, e a ex-senadora Marina Silv,a ao se movimentar ostensivamente como presidenciável, que precipitaram a sucessão de 2014.
Anteciparam o debate, aliás, com todo apoio da mídia, que começou a disseminar a informação de que o ex-presidente Lula seria candidato ao Planalto, obrigando-o, então, a dizer que não era e que a presidenta Dilma era candidata à reeleição. O ex-presidente disse e fez o óbvio, Serra sabe, mas insiste em apontá-lo como deflagrador de uma campanha que, na verdade, foi antecipada por FHC e Marina Silva.
Já ao responder sobre a possibilidade de ainda concorrer à Presidência da República em 2014, Serra invocou o exemplo do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que definiu sua candidatura pouco meses antes da eleição em 2007, para afirmar que não vê a necessidade de precipitação. Lembrou, também, que seu adversário interno, senador Aécio Neves (PSDB-MG), já declarou que a decisão sobre a candidatura tucana só ocorrerá em março. Ora, a candidatura Aécio está lançada por FHC há quase um ano…
Serra pensa que a política espera suas decisões e seu tempo
Cita Sarkozy como exemplo porque gostaria muito que Aécio já não fosse o candidato. Para ele, José Serra, decidir na 25ª hora, depois do festival de marolas que sempre patrocina, se é ou não candidato a presidente. Deixou claro que para ele tudo está indefinido ainda e só será decidido em 2014. De qualquer forma, sua colocação – e esperança – revela que ele ainda pensa em ser. Aécio que se cuide…
Por fim, Serra, em vez de reconhecer seus erros continua neles. Continua contra a política de integração continental defendida pelo país e contra as relações Brasil-Bolívia. Classificou o MERCOSUL como uma “bobagem”. Está contra o bloco econômico do Sul, fala contra como se este fosse um mero acordo comercial, como se a Argentina, Uruguai e Paraguai não fossem importantes politicamente, como se a estabilidade regional não afetasse o Brasil.
Pior são suas declarações sobre a Bolívia e o tráfico de drogas, seu desprezo pelos países do MERCOSUL, por outros países do continente como a Bolívia e a Venezuela, seu pouco caso pela Palestina, que ele não considera sequer um país, logo uma nação – é, ele falou mal da causa palestina, também, afirmando, “nem sei se (a Palestina) tem economia”… E ele ainda quer ser presidente do Brasil…
O título da matéria está errado, o título correto é: O Serra continua atrasado!, pois até com a bolinha (ops! "BOMBA" que jogaram na cabeça dele em 2010 teve o efeito retardado...
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