Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:
Completa-se um ano da reeleição do Obama e nada indica que seu mandato será distinto do primeiro. Nada de terminar com Guantanamo, as guerras do Iraque e do Afeganistão não amainam, não desencalha a reforma da saúde e não consegue aprovar a nova lei de imigração. Muito cedo o Obama virou pato manco. É como se seu mandato começasse a terminar precocemente.
Até no plano da política internacional as coisas estão longe do que Obama planejava. No começo do ano, tinha em perspectiva um ataque à Síria, que debilitasse o governo do Assad, acreditando que retomaria as negociações de Genebra, com o suposto da saída do presidente atual como condição.
Obama não conseguiu crias as condições politicas para militarizar o conflito, como os EUA costumam fazer. Perdeu o apoio da Grã Bretanha, dos norte-americanos, até mesmo dos militares dos EUA. Teve que se somar à iniciativa russa de negociações de paz, que se afirmam como a via de solução do conflito sírio.
O passo seguinte, que seria o de passar da derrota do governo do Assad ao isolamento do Irã e a abertura da via para o ataque ao Irã, não pôde concretizar-se. Ao contrário, o que parecia impossível no começo do ano, se concretiza: negociações diretas dos EUA com o Irã. Nos dois casos, Síria e Irã, se está prestes à assinatura de acordos de paz, para desespero de Israel, da Arábia Saudita e do Kuait.
A projeção da Rússia como agente de negociações de paz no mundo e a da imagem de Putin como líder mais poderoso do que Obama, complementam um quadro internacional que teve inflexões importantes nestes últimos meses.
Não faltasse todo esse cenário, os escândalos de espionagem denunciados por Snowden, não param de provocar desgastes aos EUA, até com seus aliados mais próximos, como a Alemanha a França e o México.
Muito precocemente Obama parece ter esgotado completamente os sonhos com que foi eleito há cinco anos e com as esperanças com que foi reeleito há um ano. Entram os EUA em ano de eleições parlamentares e os cenários presidenciais começam a ser desenhados, entre um novo líder republicano e a nova tentativa de Hilary para ser a candidata dos democratas.
Para quem foi eleito como o primeiro presidente norte-americano, depois do desgaste de George Bush, numa bela campanha, o fim do mandato de Obama é melancólico, sem nem sequer garantir que poderá eleger seu sucessor. Mais um sintoma do longo processo de decadência da hegemonia norte-americana no mundo. Também no plano político – além do econômico – se desenha o mundo multipolar do século XXI.
Completa-se um ano da reeleição do Obama e nada indica que seu mandato será distinto do primeiro. Nada de terminar com Guantanamo, as guerras do Iraque e do Afeganistão não amainam, não desencalha a reforma da saúde e não consegue aprovar a nova lei de imigração. Muito cedo o Obama virou pato manco. É como se seu mandato começasse a terminar precocemente.
Até no plano da política internacional as coisas estão longe do que Obama planejava. No começo do ano, tinha em perspectiva um ataque à Síria, que debilitasse o governo do Assad, acreditando que retomaria as negociações de Genebra, com o suposto da saída do presidente atual como condição.
Obama não conseguiu crias as condições politicas para militarizar o conflito, como os EUA costumam fazer. Perdeu o apoio da Grã Bretanha, dos norte-americanos, até mesmo dos militares dos EUA. Teve que se somar à iniciativa russa de negociações de paz, que se afirmam como a via de solução do conflito sírio.
O passo seguinte, que seria o de passar da derrota do governo do Assad ao isolamento do Irã e a abertura da via para o ataque ao Irã, não pôde concretizar-se. Ao contrário, o que parecia impossível no começo do ano, se concretiza: negociações diretas dos EUA com o Irã. Nos dois casos, Síria e Irã, se está prestes à assinatura de acordos de paz, para desespero de Israel, da Arábia Saudita e do Kuait.
A projeção da Rússia como agente de negociações de paz no mundo e a da imagem de Putin como líder mais poderoso do que Obama, complementam um quadro internacional que teve inflexões importantes nestes últimos meses.
Não faltasse todo esse cenário, os escândalos de espionagem denunciados por Snowden, não param de provocar desgastes aos EUA, até com seus aliados mais próximos, como a Alemanha a França e o México.
Muito precocemente Obama parece ter esgotado completamente os sonhos com que foi eleito há cinco anos e com as esperanças com que foi reeleito há um ano. Entram os EUA em ano de eleições parlamentares e os cenários presidenciais começam a ser desenhados, entre um novo líder republicano e a nova tentativa de Hilary para ser a candidata dos democratas.
Para quem foi eleito como o primeiro presidente norte-americano, depois do desgaste de George Bush, numa bela campanha, o fim do mandato de Obama é melancólico, sem nem sequer garantir que poderá eleger seu sucessor. Mais um sintoma do longo processo de decadência da hegemonia norte-americana no mundo. Também no plano político – além do econômico – se desenha o mundo multipolar do século XXI.
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