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Merval Pereira, o “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL) e um dos expoentes da nova direita nativa, faz de tudo para justificar a postura arbitrária de Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Num passado recente, o colunista de O Globo se entusiasmou com a possível candidatura do ministro para a sucessão presidencial de 2014. Depois, diante dos seus atos tresloucados e narcisistas, o jornalista até vacilou e recuou. Agora, porém, ele voltou à carga para defender as prisões dos “mensaleiros” decretadas por Joaquim Barbosa.
Neste esforço, Merval Pereira utiliza argumentos risíveis. Expressão do conservadorismo das elites brasileiras e frequentador assíduo dos seus espaços requintados, ele insinua que as esquerdas é que representam as classes dominantes. Em seu artigo desta quarta-feira (20), o colunista esbraveja: “Nada mais peculiar às elites privilegiadas do que este escândalo que parentes e apoiadores petistas da trinca de líderes condenados do mensalão fazem diante da dura realidade de suas prisões”.
Merval Pereira está indignado com os protestos crescentes contra as prisões ilegais e midiáticas e tenta se travestir de representante do povão. “Tudo indica que [os mensaleiros] não acreditavam que o desfecho ocorresse um dia, confiantes nas manobras protelatórias que sempre deram certo para os ricos e poderosos escaparem do cumprimento das penas atrás das grades. Como sempre, a elite encontra caminhos especiais, que existem só para elas, para amenizar seus pesares”. Sua argumentação forçada é patética!
Para ele, os líderes petistas encarcerados no Complexo da Papuda, em Brasília, são presos comuns e não merecem compaixão – nem sequer dos seus familiares e apoiadores. “Fingir-se de preso político é uma maneira de escamotear a verdade, continuar vivendo uma fantasia que há muito já foi rasgada nos duros embates da realidade política. Nem o PT é um partido revolucionário, nem seus líderes estão atrás das grades por questões políticas”. Para o adorador da “pátria da democracia” dos EUA, presos políticos só existem em Cuba e na China.
O mote principal do texto é defender a postura truculenta de Joaquim Barbosa e rechaçar qualquer pressão da sociedade. “O movimento político que o PT promove para desmoralizar o presidente do Supremo Tribunal Federal e, em consequência, todo o processo que levou para a prisão os mensaleiros de muito deixou de ser uma mera reação natural de perdedores. A intenção política é desautorizar o STF. Os privilégios defendidos para a trinca de condenados - dos demais presos, não se sabe de um protesto sequer - já se mostram abusivos nestes primeiros dias”.
Merval Pereira, que “ficou decepcionado” com o seu amigo demo Demóstenes Torres e que sempre cultivou amizades com figuras mais sujas do que pau de galinheiro, agora exige total rigor contra os petistas. “Mesmo a situação de José Genoíno, que deve ser resolvida com a decretação de prisão domiciliar devido aos cuidados especiais de que necessita, não deixa de ser uma regalia, já que devem existir centenas, se não milhares, de presos na mesma situação de saúde frágil que não encontram o caminho da prisão domiciliar, ou nem mesmo têm domicílio”. Haja rancor!
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Esse e o Ataulfo Medieval Pereira. Um pobre coiado!
ResponderExcluirHaja rancor, mesmo! Parece que o deputado Chico Alencar (Psol), ex-petista, concorda com o Merval em alguns pontos, quando diz que este julgamento não é político; segundo um desses jornais.
ResponderExcluirHá um rancor aí também?! Acredito que sim.
Elisa
ResponderExcluirBOMBA, BOMBA, BOMBA... Acreditem se quiser! O Editorial da Folha de São Paulo de 21/11/13! Alguma 'BOMBA MAIOR' ESTÁ NA IMINÊNCIA DE EXPLODIR NO PAÍS!...
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Editorial: O outro mensalão
21/11/2013 - 03h00
Enquanto se discutem e se executam os trâmites finais do julgamento do mensalão, ainda patina no Supremo Tribunal Federal a análise de outro simbólico caso de corrupção --e que, segundo a denúncia, ocorreu em 1998, muito antes dos crimes cometidos no começo do governo Lula.
Trata-se do chamado mensalão tucano, ou mineiro, esquema de desvio de recursos públicos tão semelhante --ainda que em escala mais restrita-- ao congênere petista que o Ministério Público Federal viu ali "a origem e o laboratório" dos atos praticados em 2003 e 2004 sob a liderança de José Dirceu, no Planalto.
Acredita-se que personagens hoje bastante conhecidos e recentemente condenados pelo STF já executassem em favor do PSDB de Minas Gerais as mesmas operações que depois colocariam a serviço do PT no plano federal.
O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, bem como seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, aparece na acusação aliado ao hoje senador Clésio Andrade (PMDB) para articular um mecanismo criminoso de financiamento da campanha pela reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB).
Pelo menos R$ 3,5 milhões teriam sido desviados dos cofres do Estado de Minas para a campanha de Azeredo, mediante contratos fraudulentos de patrocínio; em seguida, empréstimos do Banco Rural teriam servido para dissimular a fonte ilícita dos recursos.
Embora a decisão caiba ao Supremo, o ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, acredita que "vários delitos graves foram comprovados".
Sua denúncia, apresentada em 2007 e aceita pelo STF em 2009, descreve situações que envolveram Azeredo e Walfrido dos Mares Guia --à época vice de Azeredo e candidato a deputado federal pelo PTB, depois ministro de Lula--, apontado como um dos organizadores da campanha tucana.
Personagens sem direito ao foro privilegiado também foram listados pelo Ministério Público Federal. Serão julgados nas instâncias inferiores, já que a ação do mensalão tucano, ao contrário do petista, foi desmembrada. O núcleo político responderá perante o STF.
Questionado por esta Folha, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo do mensalão tucano no STF, afirmou que julgará o caso o mais depressa que o devido processo legal permitir. Espera-se que seja exatamente assim.
Após o desfecho do processo do mensalão petista, a Suprema Corte brasileira não pode dar espaço à interpretação de que funciona em regimes distintos de acordo com a coloração partidária dos acusados.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/11/1374283-editorial-o-outro-mensalao.shtml
Chico Alencar conhece täo bem Jose Genuíno, sabe do seu caráter e da sua honestidade, mas para contar votinhs nas eleicöes de 2014, vale dar entrevistas nos jornais e dizer o que näo sente, e nem pensa.
ResponderExcluirUm dos "arquitetos" do golpe de 1964 foi o argumento contra o "comunismo". Merval - e a direita, em geral - transplantou as mentes mumificadas da direita golpista de 1964. A História, hoje, faz justiça aos Heróis que lutaram contra a ditadura civil-militar, enquanto seus mentores amesquinham-se perante a humanidade. Os Heróis estão presos pelo poder corrompido de um Judiciário vassalo das elites. Lutaremos contra. Espernearemos, se for preciso. Merval é lixo. Nem para reciclar presta.
ResponderExcluirNão entendo pois Lula, Dirceu, e inúmeros outros Petistas agora são da elite. Como podem criticar a elite brasileira?
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