Do sítio Vermelho:
Diversas organizações do movimento negro promovem, na quarta-feira (13), às 18 horas, o ato “Por que o senhor atirou em mim?” contra o genocídio da juventude negra. A frase foi a última dita por Douglas Rodrigues, um jovem de 17 anos morto pelo policial militar Luciano Pires, de 31 anos, na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, na tarde de domingo (27/10), com uma bala no peito.
Travestida de acidente, a violência policial é dirigida. Tem cor e endereço, assim como Douglas, são jovens negros e de periferias. Em 2010, 49.932 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. Destas, 70,6% eram negras. Só na cidade de São Paulo, 624 jovens foram vítimas de homicídio em 2011, sendo 57% formada por negros.
O ato tem concentração às 18 horas em frente da Escola Estadual Professor Victor dos Santos Cunha, na Rua João Simão de Castro, 280, na Vila Sabrina.
"Parece que em São Paulo, ser pobre, negro e morador de periferia é crime punido com pena de morte. Mas, o Brasil não tem pena de morte e mesmo assim só a PM de SP mata mais do que a dos EUA", diz um trecho do texto da convocação da atividade que questiona: "A Polícia Militar obedece a um comando, que obedece a um Secretário que é subordinado a um Governador. Quem vai responder por tantos mortos?"
Entre as organizações presentes no evento estão: Unegro, Mães de Maio, Uneafro Brasil,
Articulação Política das Juventudes Negras, Levante Popular da Juventude, Coletivo Arrua, Bocada Forte Hip Hop, entre outros.
Desmilitarização
Uma das propostas defendidas durante o ato será a desmilitarização da Polícia Militar, cujos integrantes atualmente não respondem como civis. Se cometem crimes, eles são submetidos a um tribunal especial, o Tribunal Militar. De acordo com dados divulgados na página da campanha de mesmo nome - "Campanha Por que o senhor atirou em mim?" -, os próprios policiais concordam: 70% dos soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar são a favor da desmilitarização. Entre os oficiais, 54% são a favor de transformações do modelo atual.
Diversas organizações do movimento negro promovem, na quarta-feira (13), às 18 horas, o ato “Por que o senhor atirou em mim?” contra o genocídio da juventude negra. A frase foi a última dita por Douglas Rodrigues, um jovem de 17 anos morto pelo policial militar Luciano Pires, de 31 anos, na Vila Medeiros, zona norte de São Paulo, na tarde de domingo (27/10), com uma bala no peito.
Travestida de acidente, a violência policial é dirigida. Tem cor e endereço, assim como Douglas, são jovens negros e de periferias. Em 2010, 49.932 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. Destas, 70,6% eram negras. Só na cidade de São Paulo, 624 jovens foram vítimas de homicídio em 2011, sendo 57% formada por negros.
O ato tem concentração às 18 horas em frente da Escola Estadual Professor Victor dos Santos Cunha, na Rua João Simão de Castro, 280, na Vila Sabrina.
"Parece que em São Paulo, ser pobre, negro e morador de periferia é crime punido com pena de morte. Mas, o Brasil não tem pena de morte e mesmo assim só a PM de SP mata mais do que a dos EUA", diz um trecho do texto da convocação da atividade que questiona: "A Polícia Militar obedece a um comando, que obedece a um Secretário que é subordinado a um Governador. Quem vai responder por tantos mortos?"
Entre as organizações presentes no evento estão: Unegro, Mães de Maio, Uneafro Brasil,
Articulação Política das Juventudes Negras, Levante Popular da Juventude, Coletivo Arrua, Bocada Forte Hip Hop, entre outros.
Desmilitarização
Uma das propostas defendidas durante o ato será a desmilitarização da Polícia Militar, cujos integrantes atualmente não respondem como civis. Se cometem crimes, eles são submetidos a um tribunal especial, o Tribunal Militar. De acordo com dados divulgados na página da campanha de mesmo nome - "Campanha Por que o senhor atirou em mim?" -, os próprios policiais concordam: 70% dos soldados, cabos, sargentos e subtenentes da Polícia Militar são a favor da desmilitarização. Entre os oficiais, 54% são a favor de transformações do modelo atual.
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