domingo, 3 de novembro de 2013

Snowden lança "manifesto pela verdade"

Por Altamiro Borges

Edward Snowden, o ex-técnico da CIA que revelou a máquina de espionagem dos EUA e encontra-se asilado na Rússia, divulgou neste domingo (3) "um manifesto pela verdade" em que propõe medidas para limitar as ações ilegais de monitoramento de cidadãos no mundo. Conforme realça, a sociedade "não pode esquecer que a espionagem em massa é um problema global e requer uma solução global... Temos a obrigação moral de preocupar-nos para que nossas leis e valores limitem os programas de espionagem e protejam os direitos humanos".

Para o ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA), as ações de espionagem dos EUA "não são só uma ameaça para a esfera privada", mas também minam "a liberdade de expressão". Neste sentido, ele defende que os governos dos países vigiados firmem um acordo mundial para inibir estas ações. "O debate que querem evitar tem agora lugar em países de todo o mundo. Em vez de ocasionar prejuízo, o aproveitamento agora deste novo conhecimento público vai ser claro, porque agora se propõem reformas tanto na política, quanto na supervisão, como nas leis".

No manifesto, Snowden também critica "alguns governos" - citando explicitamente os de Washington e Londres - que promovem uma verdadeira caçada contra quem denuncia os seus crimes. Para ele, a "campanha de perseguição" contra ele visa eliminar o debate público sobre a espionagem. Ao final, ele repete uma frase que usou em recente carta enviada ao governo alemão: "Quem diz a verdade não comete nenhum delito".
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