Editorial do jornal Brasil de Fato:
A comunidade internacional acompanha atentamente o ritual fúnebre de Nelson Mandela. O líder negro sul-africano é um símbolo da luta política contra o apartheid,regime de segregação racial que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994. “Estou feliz e, ao mesmo tempo, profundamente triste em poder voltar a Soweto. O que me entristece é ver que vocês continuam sofrendo sob o sistema desumano do apartheid.”
Depois de quase 28 anos preso, esta foi a primeira frase de Mandela no reencontro com seu povo ao sair da prisão em fevereiro de 1990.
O legado de Mandela foi construído ao longo de uma militância dedicada a servir ao povo sulafricano. Em Johanesburgo existe uma inscrição que resume bem a trajetória de vida desse grande lutador do povo: “Mandela: Companheiro. Dirigente. Prisioneiro. Negociador.Homem de Estado”.
O legado de Mandela expressa a lutados povos por justiça social, atualiza e dignifica a luta contra o preconceito racial. Isto parece óbvio,mas é justamente isto que o dispositivo midiático conservador tenta omitir. Mandela, na perspectivadas elites, seria um consenso entre as classes sociais.
Ou seja, a mídia conservadora resume o legado de Mandela enquanto ativista da luta pela liberdade. Mas sabemos que Mandela foi um personagem fundamental no processo de descolonização da África. Enfrentou o imperialismo britânico, sofreu o preconceito racial e a repressão da então primeira ministra da Inglaterra Margareth Thatcher. Escondem que Mandela era um aliado fiel de Cuba e Fidel Castro.
Por isso a cerimônia de despedida de Nelson Mandela que contará com presença de vários chefes de Estado, tende a ser um festival de hipocrisia. O presidente estadunidense Barack Obama certamente estará representando a CIA e sua política de apoio direto ao regime nefasto do apartheid. O chefe de Estado inglês levará as condolências da dama de ferro do neoliberalismo, Margareth Thatcher.
Muitos atacam o legado do líder sul-africano afirmando que ele patrocinou o neoliberalismo na África do Sul. Estes setores esquecem que Mandela chegou na presidência em 1994 no auge do avanço do neoliberalismo e num momento em que as experiências socialistas tinham acabado. Com certeza não se deram conta de que se tratava de uma nova correlação de forças naquele momento de ofensiva do capital. Mandela foi obrigado a pactuar acordos com a elite branca no campo da economia.
Ou seja, a correlação de forças obrigou Mandela e seu partido, o Congresso Nacional Africano, a fazer concessões no campo da economia para garantir o fim do apartheid.
Certamente o legado de Mandela proporcionará forças para que as futuras gerações sul-africanas completem a tarefa de seu líder negro e avancem mais no campo da luta por justiça social. E que a simbologia de Mandela contagie a luta dos povos pela transformação social.
A comunidade internacional acompanha atentamente o ritual fúnebre de Nelson Mandela. O líder negro sul-africano é um símbolo da luta política contra o apartheid,regime de segregação racial que vigorou na África do Sul entre 1948 e 1994. “Estou feliz e, ao mesmo tempo, profundamente triste em poder voltar a Soweto. O que me entristece é ver que vocês continuam sofrendo sob o sistema desumano do apartheid.”
Depois de quase 28 anos preso, esta foi a primeira frase de Mandela no reencontro com seu povo ao sair da prisão em fevereiro de 1990.
O legado de Mandela foi construído ao longo de uma militância dedicada a servir ao povo sulafricano. Em Johanesburgo existe uma inscrição que resume bem a trajetória de vida desse grande lutador do povo: “Mandela: Companheiro. Dirigente. Prisioneiro. Negociador.Homem de Estado”.
O legado de Mandela expressa a lutados povos por justiça social, atualiza e dignifica a luta contra o preconceito racial. Isto parece óbvio,mas é justamente isto que o dispositivo midiático conservador tenta omitir. Mandela, na perspectivadas elites, seria um consenso entre as classes sociais.
Ou seja, a mídia conservadora resume o legado de Mandela enquanto ativista da luta pela liberdade. Mas sabemos que Mandela foi um personagem fundamental no processo de descolonização da África. Enfrentou o imperialismo britânico, sofreu o preconceito racial e a repressão da então primeira ministra da Inglaterra Margareth Thatcher. Escondem que Mandela era um aliado fiel de Cuba e Fidel Castro.
Por isso a cerimônia de despedida de Nelson Mandela que contará com presença de vários chefes de Estado, tende a ser um festival de hipocrisia. O presidente estadunidense Barack Obama certamente estará representando a CIA e sua política de apoio direto ao regime nefasto do apartheid. O chefe de Estado inglês levará as condolências da dama de ferro do neoliberalismo, Margareth Thatcher.
Muitos atacam o legado do líder sul-africano afirmando que ele patrocinou o neoliberalismo na África do Sul. Estes setores esquecem que Mandela chegou na presidência em 1994 no auge do avanço do neoliberalismo e num momento em que as experiências socialistas tinham acabado. Com certeza não se deram conta de que se tratava de uma nova correlação de forças naquele momento de ofensiva do capital. Mandela foi obrigado a pactuar acordos com a elite branca no campo da economia.
Ou seja, a correlação de forças obrigou Mandela e seu partido, o Congresso Nacional Africano, a fazer concessões no campo da economia para garantir o fim do apartheid.
Certamente o legado de Mandela proporcionará forças para que as futuras gerações sul-africanas completem a tarefa de seu líder negro e avancem mais no campo da luta por justiça social. E que a simbologia de Mandela contagie a luta dos povos pela transformação social.
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