Por Renato Rovai, em seu blog:
A mãe que trabalha de manicure e faxineira comprou um lindo relógio de presente de Natal para o marido, que é empreiteiro.
O filho, de 16 anos, que trabalha com o pai, pediu pra dar uma volta com o presente novo. Queria mostrar pros amigos. Saiu de casa e em menos de 30 minutos estava de volta.
Tinha sido assaltado.
Um carro da PM parou os garotos, deu uma blitz e um dos policiais ficou indignado com o que viu.
- Como você tem um relógio desses, garoto? Ladrãozinho, né?
O garoto tentou explicar que era do pai.
Não adiantou.
Tomou um chacoalhão e ainda viu o policial levar os 30 reais que tinha na carteira.
Voltou para casa desolado, com raiva e chorando.
A mãe me contou essa história hoje pela manhã, remediada.
É comum, me disse.
Garotos de periferia que saem bem vestidos e são parados em blitz costumam ser assaltados e apanhar da polícia.
São tratados como malandros.
Ladrãzinhos.
Os rolezinhos que assustam os frequentadores de shopping centers são café pequeno. Sobremesas do que essa garotada passa diariamente.
E são apenas um alerta.
Um grito de existência.
Por enquanto eles só estão pedindo para que se respeite o direito deles à diversão. A poder fazer seus bailes funks sem serem atormentados e agredidos.
Atendê-los o quanto antes, entender por que eles tem um ódio imenso da polícia e tentar criar uma nova situação é fundamental.
É bizarro que a gente considere esse apartheid social algo normal.
Feliz Natal para todos.
A mãe que trabalha de manicure e faxineira comprou um lindo relógio de presente de Natal para o marido, que é empreiteiro.
O filho, de 16 anos, que trabalha com o pai, pediu pra dar uma volta com o presente novo. Queria mostrar pros amigos. Saiu de casa e em menos de 30 minutos estava de volta.
Tinha sido assaltado.
Um carro da PM parou os garotos, deu uma blitz e um dos policiais ficou indignado com o que viu.
- Como você tem um relógio desses, garoto? Ladrãozinho, né?
O garoto tentou explicar que era do pai.
Não adiantou.
Tomou um chacoalhão e ainda viu o policial levar os 30 reais que tinha na carteira.
Voltou para casa desolado, com raiva e chorando.
A mãe me contou essa história hoje pela manhã, remediada.
É comum, me disse.
Garotos de periferia que saem bem vestidos e são parados em blitz costumam ser assaltados e apanhar da polícia.
São tratados como malandros.
Ladrãzinhos.
Os rolezinhos que assustam os frequentadores de shopping centers são café pequeno. Sobremesas do que essa garotada passa diariamente.
E são apenas um alerta.
Um grito de existência.
Por enquanto eles só estão pedindo para que se respeite o direito deles à diversão. A poder fazer seus bailes funks sem serem atormentados e agredidos.
Atendê-los o quanto antes, entender por que eles tem um ódio imenso da polícia e tentar criar uma nova situação é fundamental.
É bizarro que a gente considere esse apartheid social algo normal.
Feliz Natal para todos.
Isso já era muito comum aqui em Porto Alegre, no bairro partenon(na periferia da cidade)lá pelos anos 70 na época da ditadura. As pessoas eram frequentemente roubadas e ameaçadas pela polícia numa simples batida.
ResponderExcluirUm absurdo não deve justificar outros...
ResponderExcluir"Por enquanto eles só estão pedindo para que se respeite o direito deles à diversão. A poder fazer seus bailes funks sem serem atormentados e agredidos"
ResponderExcluirSinceramente,moro na periferia de São Paulo. Sou petista desde sempre. Só que quem defende o "direito" a esse tipo de "diversão" não sabe do que está falando. Aqui,os bailes funk são promovidos por traficantes e acobertados por quem deveria zelar pela segurança. As janelas de lares(todos pobres) são sacudidas por um barulho INFERNAL e invadidas pelo que a mente mais promíscua consegue conceber. Meninas drogadas,bêbadas,prostituidas...algazarra,terror. As famílias(todas pobres),ilhadas e reféns de marginais. Nos pontos de ônibus às cinco horas da manhã de segunda-feira ,trabalhadores (todos pobres) sem terem conseguido um segundo para cochilar,ler um livro,dialogar com a família...NADA. Não, decididamente é preciso rever esses conceitos. Pobreza nunca foi e não é sinônimo de devassidão. São Paulo está entregue aos bandidos. essa é a verdade. Bandidos de todos os naipes... pobres jovens que ainda encontram quem defenda esse "direito"...