Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O Estadão publica a notícia de que “o Ministério Público Estadual pediu nesta terça-feira, dia 3, ao governo de São Paulo a suspensão de seis contratos de reforma de trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Assinados entre 2008 e 2010, eles somam, segundo o MPE, R$ 2,47 bilhões. O objetivo do promotor Marcelo Milani, que investiga a possível improbidade administrativa na execução dos contratos, é convencer o governo a abrir sindicância para que seja feita a apuração de supostos prejuízos causados pela atuação de cartel metroferroviário nos contratos.
Ele ainda alega que os valores das reformas dos trens teriam ficado semelhante ao preço de trens novos. Além disso, problemas técnicos foram constatados, de acordo com o MPE, nos trens reformados em vistoria feita nos pátios do Metrô. Os problemas teriam obrigado que 36 composições permanecessem paralisadas naquelas duas linhas.”
“Entre 2008 e 2010″, traduzindo: “durante o Governo José Serra”…
A matéria também não cita com quais empresas estes contratos foram firmados.
A gente esclarece: Consórcio Modertrem (Alstom e Siemens), Consórcio BTT (Bombardier, Tejofran e Temoinsa), Consórcio Reformas Metrô (Alstom e IESA) e Consórcio MTTRENS (MPE, Trans Sistemas e Temoinsa).
Embora o contrato tenha sido licitado com quatro consórcios, ele foi repartido em acertos contratuais sepatados com as dez empresas integrantes deles, o que elevou em R$ 875 milhões (ou mais de 50%) o valor original de R$ 1,7 bilhão.
Ou seja, cada um dos 98 trens passou de R$ 17,36 milhões para R$ 25 milhões. Mesmo que parte das correções seja inflacionária, o resultado é um trem de segunda mão até mais caro que um novo.
Porque é isso que se vê aqui nesta matéria do SBT publicada em maio do ano passado, quando a denúncia foi levada ao Ministério Público Estadual de São Paulo.
Que, um ano e meio depois, resolveu tomar uma atitude.
Nem trem atrasa tanto, não é?
PS. Assim que acabo de escrever, vem a notícia de que o Tribunal de Justiça confirmou a decisão do juiz de primeira instância que mandou o Governador Geraldo Alckmin refazer a ação que apresentou sobre o caso do “trensalão”. Traduzindo do juridiquês, o juiz determinou que houvesse menos pantomima no pedido de Alckmin.
O Estadão publica a notícia de que “o Ministério Público Estadual pediu nesta terça-feira, dia 3, ao governo de São Paulo a suspensão de seis contratos de reforma de trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Assinados entre 2008 e 2010, eles somam, segundo o MPE, R$ 2,47 bilhões. O objetivo do promotor Marcelo Milani, que investiga a possível improbidade administrativa na execução dos contratos, é convencer o governo a abrir sindicância para que seja feita a apuração de supostos prejuízos causados pela atuação de cartel metroferroviário nos contratos.
Ele ainda alega que os valores das reformas dos trens teriam ficado semelhante ao preço de trens novos. Além disso, problemas técnicos foram constatados, de acordo com o MPE, nos trens reformados em vistoria feita nos pátios do Metrô. Os problemas teriam obrigado que 36 composições permanecessem paralisadas naquelas duas linhas.”
“Entre 2008 e 2010″, traduzindo: “durante o Governo José Serra”…
A matéria também não cita com quais empresas estes contratos foram firmados.
A gente esclarece: Consórcio Modertrem (Alstom e Siemens), Consórcio BTT (Bombardier, Tejofran e Temoinsa), Consórcio Reformas Metrô (Alstom e IESA) e Consórcio MTTRENS (MPE, Trans Sistemas e Temoinsa).
Embora o contrato tenha sido licitado com quatro consórcios, ele foi repartido em acertos contratuais sepatados com as dez empresas integrantes deles, o que elevou em R$ 875 milhões (ou mais de 50%) o valor original de R$ 1,7 bilhão.
Ou seja, cada um dos 98 trens passou de R$ 17,36 milhões para R$ 25 milhões. Mesmo que parte das correções seja inflacionária, o resultado é um trem de segunda mão até mais caro que um novo.
Porque é isso que se vê aqui nesta matéria do SBT publicada em maio do ano passado, quando a denúncia foi levada ao Ministério Público Estadual de São Paulo.
Que, um ano e meio depois, resolveu tomar uma atitude.
Nem trem atrasa tanto, não é?
PS. Assim que acabo de escrever, vem a notícia de que o Tribunal de Justiça confirmou a decisão do juiz de primeira instância que mandou o Governador Geraldo Alckmin refazer a ação que apresentou sobre o caso do “trensalão”. Traduzindo do juridiquês, o juiz determinou que houvesse menos pantomima no pedido de Alckmin.
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