Por Cadu Amaral, em seu blog:
O Senado uruguaio aprovou a legalização do uso de maconha. Seguindo o modelo holandês, o uso no pequeno país sul-americano será regulamentado com a definição de quantidade, locais de consumo, plantio e quem poderá fazer uso da erva.
Com o feito, o Uruguai se torna o primeiro país do subcontinente a aprovar tal medida, se contrapondo a lógica falida de “guerra às drogas” imposta pelas grandes economias.
Entre as inúmeras falácias sobre a maconha está a de que ela é porta de entrada para outras drogas, argumento bem comum usado por quem defende sua proibição.
A campanha contra a maconha surgiu na década de 1930 do século XX nos Estados Unidos. Harry Jacob Anslinger do Narcotic Bureau of Prohibition (Birô de Proibição de Narcóticos – tradução livre) comandou a desinformação a fim de garantir a criminalização de seu uso.
O próprio Tio Sam já reconheceu, em 1972, que toda a campanha contra a maconha foi baseada em premissas falsas. E a American Medical Association (Associação Americana de Medicina) também concluiu que ela não possui nenhum componente que seja condutor ao consumo de outras drogas. Está tudo muito bem explicado por Wálter Fanganielo Maierovitch na edição 779 de Carta Capital.
No Brasil a maconha já chegou a ser vendida em farmácias para combater cefaleia, insônia e mal estar. Trazida pelos colonizadores europeus, logo ela se difundiu entre os escravos. Ela foi criminalizada no país em 1936.
Além da indústria têxtil, pois o cânhamo – um parente próximo da maconha – serve para fazer tecidos. Outras indústrias que atuaram – e atuam – para a sua criminalização são o álcool, tabaco e farmácia.
Ao invés de usar a maconha para aliviar o sintoma de uma dor de cabeça ou como recreação, toma-se um analgésico ou se bebe álcool. Mas se a erva tivesse caído no gosto da elite branca talvez a história fosse diferente.
Reflita sobre quantas mortes por overdose de maconha você vê nos noticiários. Estudos apontam que a quantidade para sofre uma overdose com o uso da erva é de quatro quilos. Isso são quatro mil vezes mais do que a quantidade usada normalmente por quem consome maconha. Quem teria capacidade de fumar tudo isso?
O óbvio ululante é que quem ataca as medidas de liberação ao uso da maconha como se isso fosse transformar populações inteiras viciadas em drogas não está nem um pouco interessado em saúde pública, pois não há uma única fala ou linha escrita sobre o uso das drogas de nosso dia a dia. Ninguém diz nada do consumo de cerveja ou uísque. Nem mesmo do consumo de remédios, analgésicos, pílulas termogênicas bastante usadas em academias ou mesmo sobre o consumo excessivo de cafeína.
Drogas não faltam nas prateleiras dos supermercados e drogarias. Nas esquinas em bares e restaurantes. Como também o que não falta é a hipocrisia de quem ainda dissemina mitos sobre o uso da cannabis.
Não sabem, boa parte desses, que apenas servem de exército ideológico de poderosos setores econômicos, inclusive a indústria da “guerra às drogas”. Tudo em nome da moralidade, mas a serviço da hipocrisia. O Uruguai é um exemplo a ser seguido, principalmente por tratar o tema de frente sem contos da carochinha.
O Senado uruguaio aprovou a legalização do uso de maconha. Seguindo o modelo holandês, o uso no pequeno país sul-americano será regulamentado com a definição de quantidade, locais de consumo, plantio e quem poderá fazer uso da erva.
Com o feito, o Uruguai se torna o primeiro país do subcontinente a aprovar tal medida, se contrapondo a lógica falida de “guerra às drogas” imposta pelas grandes economias.
Entre as inúmeras falácias sobre a maconha está a de que ela é porta de entrada para outras drogas, argumento bem comum usado por quem defende sua proibição.
A campanha contra a maconha surgiu na década de 1930 do século XX nos Estados Unidos. Harry Jacob Anslinger do Narcotic Bureau of Prohibition (Birô de Proibição de Narcóticos – tradução livre) comandou a desinformação a fim de garantir a criminalização de seu uso.
O próprio Tio Sam já reconheceu, em 1972, que toda a campanha contra a maconha foi baseada em premissas falsas. E a American Medical Association (Associação Americana de Medicina) também concluiu que ela não possui nenhum componente que seja condutor ao consumo de outras drogas. Está tudo muito bem explicado por Wálter Fanganielo Maierovitch na edição 779 de Carta Capital.
No Brasil a maconha já chegou a ser vendida em farmácias para combater cefaleia, insônia e mal estar. Trazida pelos colonizadores europeus, logo ela se difundiu entre os escravos. Ela foi criminalizada no país em 1936.
Além da indústria têxtil, pois o cânhamo – um parente próximo da maconha – serve para fazer tecidos. Outras indústrias que atuaram – e atuam – para a sua criminalização são o álcool, tabaco e farmácia.
Ao invés de usar a maconha para aliviar o sintoma de uma dor de cabeça ou como recreação, toma-se um analgésico ou se bebe álcool. Mas se a erva tivesse caído no gosto da elite branca talvez a história fosse diferente.
Reflita sobre quantas mortes por overdose de maconha você vê nos noticiários. Estudos apontam que a quantidade para sofre uma overdose com o uso da erva é de quatro quilos. Isso são quatro mil vezes mais do que a quantidade usada normalmente por quem consome maconha. Quem teria capacidade de fumar tudo isso?
O óbvio ululante é que quem ataca as medidas de liberação ao uso da maconha como se isso fosse transformar populações inteiras viciadas em drogas não está nem um pouco interessado em saúde pública, pois não há uma única fala ou linha escrita sobre o uso das drogas de nosso dia a dia. Ninguém diz nada do consumo de cerveja ou uísque. Nem mesmo do consumo de remédios, analgésicos, pílulas termogênicas bastante usadas em academias ou mesmo sobre o consumo excessivo de cafeína.
Drogas não faltam nas prateleiras dos supermercados e drogarias. Nas esquinas em bares e restaurantes. Como também o que não falta é a hipocrisia de quem ainda dissemina mitos sobre o uso da cannabis.
Não sabem, boa parte desses, que apenas servem de exército ideológico de poderosos setores econômicos, inclusive a indústria da “guerra às drogas”. Tudo em nome da moralidade, mas a serviço da hipocrisia. O Uruguai é um exemplo a ser seguido, principalmente por tratar o tema de frente sem contos da carochinha.
O Uruguai é um país que não se pode levar à sério. Lá foram feitos 2 (dois) plebicitos que decidiram pela manutenção da anistia. Após os plebicitos o legislativo por apenas 16 votos decidiu o contrário.
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