Editorial do sítio Vermelho:
Ainda sob a ameaça de um grupo de senadores dos Estados Unidos, entra em vigor o acordo nuclear entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mais a Alemanha). O espectro das sanções contra os persas ainda ronda o cenário das negociações sobre o seu programa nuclear, mas a diplomacia ganha uma chance significativa.
Cada vez mais carente de apoio à posição de agressão hegemonista, os Estados Unidos não se convenceram ainda de que se trata de uma falácia a certeza que têm sobre os seus direitos excepcionais, que justificariam a atuação policial e imperialista sobre o mundo. Para os senadores que pressionam por mais sanções – em concerto com o lobby israelense nos EUA – é exatamente a “ameaça” o que dissuade países como o Irã de suas posturas “radicais” e leva seus governantes à mesa de negociações.
Entretanto, o chamado do governo do presidente Hassan Rouhani à diplomacia já ecoava alto e sufocava os brados da Casa Branca sobre a “grande ameaça” iraniana à segurança mundial, com as acusações até hoje não demonstradas sobre o desenvolvimento de um programa nuclear de fim bélico.
Representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da qual o Irã é membro desde a década de 1970, chegaram ao país no fim de semana para as inspeções mais detalhadas com as quais o governo persa comprometeu-se, e que devem resultar na garantia para que o Ocidente suspenda sanções. Assim, é posto em marcha o Plano de Ação Conjunta, anunciado em novembro pelo Irã e o G5+1, que também implica a redução do enriquecimento de urânio (de 20% para 5%) ao nível suficiente para a produção energética, finalidade declarada do programa nuclear iraniano.
Apesar da pressão pelo desmantelamento do programa e das instalações nucleares do Irã, assim como a reafirmação do apoio a Israel caso este sinta que é necessário atacar ditas instalações, os senadores dos EUA ficam atrelados à parte estadunidense no acordo: o alívio das sanções impostas contra os persas por um período de seis meses, até que um pacto conclusivo seja assinado.
Enquanto isso, a Organização de Energia Atômica do Irã reuniu-se com os enviados da AIEA para discutir aspectos técnicos da execução do acordo, e o governo persa reafirma o compromisso com a diplomacia, mas adverte os EUA para o não cumprimento da sua parte no plano.
O mundo terá mais uma prova de que a agenda norte-americana não entende o compromisso com a paz, colocará o avanço da diplomacia em risco e provocará a volta de um período em que a agressão era iminente, arrastando toda a região para a violência e tornando o planeta mais ciente de que a maquinaria de guerra estadunidense dificilmente é desligada.
Mas o combustível para o avanço do plano diplomático e para o comprometimento com o diálogo ainda não acabou, enquanto diversos atores internacionais continuam impulsionando a questão com o objetivo de um entendimento conclusivo, que garanta ao Irã seus direitos a um programa nuclear de fins civis e proteja o país da agressão imperialista.
Ainda sob a ameaça de um grupo de senadores dos Estados Unidos, entra em vigor o acordo nuclear entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mais a Alemanha). O espectro das sanções contra os persas ainda ronda o cenário das negociações sobre o seu programa nuclear, mas a diplomacia ganha uma chance significativa.
Cada vez mais carente de apoio à posição de agressão hegemonista, os Estados Unidos não se convenceram ainda de que se trata de uma falácia a certeza que têm sobre os seus direitos excepcionais, que justificariam a atuação policial e imperialista sobre o mundo. Para os senadores que pressionam por mais sanções – em concerto com o lobby israelense nos EUA – é exatamente a “ameaça” o que dissuade países como o Irã de suas posturas “radicais” e leva seus governantes à mesa de negociações.
Entretanto, o chamado do governo do presidente Hassan Rouhani à diplomacia já ecoava alto e sufocava os brados da Casa Branca sobre a “grande ameaça” iraniana à segurança mundial, com as acusações até hoje não demonstradas sobre o desenvolvimento de um programa nuclear de fim bélico.
Representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da qual o Irã é membro desde a década de 1970, chegaram ao país no fim de semana para as inspeções mais detalhadas com as quais o governo persa comprometeu-se, e que devem resultar na garantia para que o Ocidente suspenda sanções. Assim, é posto em marcha o Plano de Ação Conjunta, anunciado em novembro pelo Irã e o G5+1, que também implica a redução do enriquecimento de urânio (de 20% para 5%) ao nível suficiente para a produção energética, finalidade declarada do programa nuclear iraniano.
Apesar da pressão pelo desmantelamento do programa e das instalações nucleares do Irã, assim como a reafirmação do apoio a Israel caso este sinta que é necessário atacar ditas instalações, os senadores dos EUA ficam atrelados à parte estadunidense no acordo: o alívio das sanções impostas contra os persas por um período de seis meses, até que um pacto conclusivo seja assinado.
Enquanto isso, a Organização de Energia Atômica do Irã reuniu-se com os enviados da AIEA para discutir aspectos técnicos da execução do acordo, e o governo persa reafirma o compromisso com a diplomacia, mas adverte os EUA para o não cumprimento da sua parte no plano.
O mundo terá mais uma prova de que a agenda norte-americana não entende o compromisso com a paz, colocará o avanço da diplomacia em risco e provocará a volta de um período em que a agressão era iminente, arrastando toda a região para a violência e tornando o planeta mais ciente de que a maquinaria de guerra estadunidense dificilmente é desligada.
Mas o combustível para o avanço do plano diplomático e para o comprometimento com o diálogo ainda não acabou, enquanto diversos atores internacionais continuam impulsionando a questão com o objetivo de um entendimento conclusivo, que garanta ao Irã seus direitos a um programa nuclear de fins civis e proteja o país da agressão imperialista.
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