Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Está cada vez mais nítido que o acordo de delação premiada que se deve fazer para esclarecer o pagamento de propinas pela Siemens no Brasil não é com a empresa, mas com seu ex-presidente, Adilson Primo.
Presidiu a empresa por toda a primeira década de 200 e sabe de tudo o que se passava ali.
Seu advogado, o espertíssimo Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, sabe que essa história de que ele assinou sem ler os papéis da conta em Luxemburgo, que a própria empresa quis fazer desaparecer sem deixar pistas, não vai colar nem com SuperBonder.
Primo jamais iria usar os serviços da própria Siemens para abrir uma conta se estivesse roubando a própria Siemens.
E muito menos a Siemens alemã despejaria dinheiro nela, se não fosse com alguma finalidade negocial.
Se fosse um desvio pessoal de dinheiro não se mobilizaria um trinca – dois dirigentes da empresa e um advogado internacional, para mandar Sergio de Bonna, controller da Siemens, colher uma simples rubrica numa ficha de encerramento de conta, como publica hoje o Estadão.
A história é inverossímil, de cabo a rabo.
Está evidente que a Siemens quer enfiar esta patranha nas costas de pessoas físicas.
E a imprensa está aceitando este jogo, porque não quer ver que a grande beneficiária de negócios ilícitos não é a figura de Primo nem os operadores das consultorias offshore contratadas pela empresa.
É a Siemens, que abiscoitou contratos de bilhões.
E, claro, quem os concedeu por propina.
A Justiça da Alemanha e a dos EUA, que não são “bobinhas” como a imprensa brasileira não livrou a empresa por lá, embora tenha também apurado a responsabilidade criminal dos agentes de sua corrupção.
A conta em Luxemburgo é “troco”, com seus US$ 7 ou 8 milhões.
Pode até ser “comissão”, mas não é o bolo.
O trem pagador andou por outros trilhos e Adílson Primo sabe em que estações ele parou.
Por mais que tenham pingado uns trocados – trocados de milhões – para ele, quem comeu o bolo foram outros, os que concediam vantagens à empresa.
Primo vai ter de escolher e seu advogado sabe disso.
Ou entrega o esquema em troca de uma delação premiada – o que a Siemens está tentando fazer contra ele, com o acordo de leinência com o Cade – ou vai confraternizar com o ex-colega de faculdade José Roberto Arruda no xilindró.
E porque Primo não fala?
Ele está esperando para ver o que o peso político das gares onde parou o trensalão da Siemens consegue fazer.
Se o Ministro Marco Aurélio Mello mandar devolver o inquérito a São Paulo, fica mais fácil desarmar o homem-bomba.
Está cada vez mais nítido que o acordo de delação premiada que se deve fazer para esclarecer o pagamento de propinas pela Siemens no Brasil não é com a empresa, mas com seu ex-presidente, Adilson Primo.
Presidiu a empresa por toda a primeira década de 200 e sabe de tudo o que se passava ali.
Seu advogado, o espertíssimo Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, sabe que essa história de que ele assinou sem ler os papéis da conta em Luxemburgo, que a própria empresa quis fazer desaparecer sem deixar pistas, não vai colar nem com SuperBonder.
Primo jamais iria usar os serviços da própria Siemens para abrir uma conta se estivesse roubando a própria Siemens.
E muito menos a Siemens alemã despejaria dinheiro nela, se não fosse com alguma finalidade negocial.
Se fosse um desvio pessoal de dinheiro não se mobilizaria um trinca – dois dirigentes da empresa e um advogado internacional, para mandar Sergio de Bonna, controller da Siemens, colher uma simples rubrica numa ficha de encerramento de conta, como publica hoje o Estadão.
A história é inverossímil, de cabo a rabo.
Está evidente que a Siemens quer enfiar esta patranha nas costas de pessoas físicas.
E a imprensa está aceitando este jogo, porque não quer ver que a grande beneficiária de negócios ilícitos não é a figura de Primo nem os operadores das consultorias offshore contratadas pela empresa.
É a Siemens, que abiscoitou contratos de bilhões.
E, claro, quem os concedeu por propina.
A Justiça da Alemanha e a dos EUA, que não são “bobinhas” como a imprensa brasileira não livrou a empresa por lá, embora tenha também apurado a responsabilidade criminal dos agentes de sua corrupção.
A conta em Luxemburgo é “troco”, com seus US$ 7 ou 8 milhões.
Pode até ser “comissão”, mas não é o bolo.
O trem pagador andou por outros trilhos e Adílson Primo sabe em que estações ele parou.
Por mais que tenham pingado uns trocados – trocados de milhões – para ele, quem comeu o bolo foram outros, os que concediam vantagens à empresa.
Primo vai ter de escolher e seu advogado sabe disso.
Ou entrega o esquema em troca de uma delação premiada – o que a Siemens está tentando fazer contra ele, com o acordo de leinência com o Cade – ou vai confraternizar com o ex-colega de faculdade José Roberto Arruda no xilindró.
E porque Primo não fala?
Ele está esperando para ver o que o peso político das gares onde parou o trensalão da Siemens consegue fazer.
Se o Ministro Marco Aurélio Mello mandar devolver o inquérito a São Paulo, fica mais fácil desarmar o homem-bomba.
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