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“Democracia implica instituições sólidas, estáveis; Legislativo e Executivo eleitos de forma direta e no pleno exercício das suas responsabilidades; judiciário independente; imprensa livre e partidos políticos representativos de ideias e princípios de grupos sociais. Estas são conquistas das quais não podemos abdicar.”
Você imagina quem escreveu o parágrafo anterior? Pasme: Aécio Neves, em sua coluna segundeira.
A pretexto de discutir a urgência de defesa da democracia, criticar os excessos em manifestações populares e mandar recados, à direita e à esquerda, o senador Neves nos lega a pérola acima.
Talvez atordoado com a vinda de Lula a Minas Gerais, na sexta-feira (14/02), para apresentar, à militância petista e aos possíveis partidos aliados, a pré-candidatura de Fernando Pimentel ao governo do estado, o senador ausente de seu torrão natal, escreve mais um de seus textos caleidoscópicos, prenhe de insinuações e com “oferecimentos” para os diversos gostos da política.
Para quem governou Minas Gerais e deixou como herança a ausência de instituições sólidas e estáveis; um judiciário que não julga questões relativas ao seu governo; um ministério público tolhido em suas funções, pela ação dos procuradores-chefes por ele nomeados; uma imprensa que sofre censura econômica; partidos de apoio ao governo tucano sem qualquer representatividade de ideias, frente à base social que pretendem representar, Aécio Neves fez um exercício teatral digno de registro.
Ou melhor, seu texto é o picadeiro do circo de frases soltas e enunciados insinceros. Ele ocupa o centro desse picadeiro, aspirando a condição de mágico, de ilusionista ou hipnotizador. Ele acha que vai, mais uma vez, enganar parcelas significativas do eleitorado.
Não passará. A “fadiga de material” tucana é evidente: o PSDB vive o drama de não poder explicitar seus instintos mais íntimos, ou seja, a defesa da privatização total das esferas da sociabilidade, pelo simples fato de que seu ideário fracassou no mundo inteiro; sua experiência pessoal em Minas Gerais o levará ao fundo do poço, porque o estado está quebrado; e, principalmente, ele não “passará” porque os avanços e propostas hegemônicas no país são reconhecidos.
Ou seja, não nos resta outra opção do que antecipar a entrega do troféu Óleo de Peroba 2014, sem mesmo a conclusão de seu segundo mês. É seu Aécio Neves, pelo parágrafo destacado em epígrafe.
Ps.: parabéns por ter se referido ao golpe de 64... como golpe de 64. Ainda que lentamente você está aprendendo.
Alguém lê o que ele escreve? Com certeza nenhum professor mineiro.
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