Por Carlos Mercuri, no sítio SPressoSP:
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem utilizado, ultimamente, a “tática do avestruz” quando se trata de dar respostas a questões que afetam a população do Estado. O cidadão espera, mais do que pronunciamentos, soluções para os problemas graves que vem enfrentando nas áreas de segurança, transporte, saúde, educação e abastecimento – encargos do governo estadual. Mas o que vem se tornando frequente é o sumiço do governador quando a situação fica crítica ou explicações enviesadas.
Foi o que aconteceu nesta terça-feira (4) com o pânico na linha 3-Vermelha do Metrô. Milhares de passageiros ficaram presos nos trens, superlotados e com ar-condicionado ligado, parados mais de quarenta minutos por alguma falha que levou mais do que o tempo suportável para ser resolvida. O que Alckmin disse a respeito? Você ouviu ou leu? Nem eu.
Como resposta, uma nota oficial da companhia e entrevistas do seu secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, responsabilizando o usuário pelo caos. Ambos chamaram as pessoas que acionaram os botões de emergência, que permitiram as portas serem abertas e as pessoas saírem daquele forno, de “vândalos”.
No caso da chacina em Campinas, em janeiro, quando 12 pessoas foram executadas em um intervalo de cinco horas, com suspeitas de que tenha havido participação de policiais militares nos crimes, o governador saiu-se com o trivial: “Se for confirmado o envolvimento de PMs, eles serão presos, processados nas esferas cível e penal, e expulsos da Polícia Militar”. Até o momento, quase um mês após, as investigações só resultaram na prisão de cinco policiais, suspeitos de um 13º assassinato nos mesmos dia e local dos demais.
O mesmo acontece com os problemas no abastecimento de água. Depois de responsabilizar a população pela falta de água no litoral no fim do ano passado, o governador e a companhia de economia mista que cuida do seu fornecimento em São Paulo, Sabesp, jogam nas costas do cidadão a solução para o problema: economizar, senão vai ter racionamento depois do dia 15, ameaçou ontem o governador. Evidentemente que não se pode defender o desperdício, mas é necessário dizer que boa parte do problema está na falta de investimentos da Sabesp na manutenção dos reservatórios e ampliação da oferta, como indicaram especialistas ouvidos pelo SPressoSP e outros veículos de informação.
Até mesmo no caso do ataque a seu filho e neta nesta semana o governador evitou manifestar-se de imediato. A informação foi sonegada por ele e sua equipe desde o momento em que aconteceu, na noite de domingo (2), até o fim da tarde de segunda-feira (3). Assessores procurados pela imprensa negaram que tenha havido o fato e a notícia só foi confirmada e liberada quando o governador julgou conveniente.
A tática do avestruz pode ser boa para fugir do enfrentamento de situações difíceis, quando se espera respostas e eficiência. Mas demonstra o pouco compromisso e respeito que o governante tem com os cidadãos.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem utilizado, ultimamente, a “tática do avestruz” quando se trata de dar respostas a questões que afetam a população do Estado. O cidadão espera, mais do que pronunciamentos, soluções para os problemas graves que vem enfrentando nas áreas de segurança, transporte, saúde, educação e abastecimento – encargos do governo estadual. Mas o que vem se tornando frequente é o sumiço do governador quando a situação fica crítica ou explicações enviesadas.
Foi o que aconteceu nesta terça-feira (4) com o pânico na linha 3-Vermelha do Metrô. Milhares de passageiros ficaram presos nos trens, superlotados e com ar-condicionado ligado, parados mais de quarenta minutos por alguma falha que levou mais do que o tempo suportável para ser resolvida. O que Alckmin disse a respeito? Você ouviu ou leu? Nem eu.
Como resposta, uma nota oficial da companhia e entrevistas do seu secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, responsabilizando o usuário pelo caos. Ambos chamaram as pessoas que acionaram os botões de emergência, que permitiram as portas serem abertas e as pessoas saírem daquele forno, de “vândalos”.
No caso da chacina em Campinas, em janeiro, quando 12 pessoas foram executadas em um intervalo de cinco horas, com suspeitas de que tenha havido participação de policiais militares nos crimes, o governador saiu-se com o trivial: “Se for confirmado o envolvimento de PMs, eles serão presos, processados nas esferas cível e penal, e expulsos da Polícia Militar”. Até o momento, quase um mês após, as investigações só resultaram na prisão de cinco policiais, suspeitos de um 13º assassinato nos mesmos dia e local dos demais.
O mesmo acontece com os problemas no abastecimento de água. Depois de responsabilizar a população pela falta de água no litoral no fim do ano passado, o governador e a companhia de economia mista que cuida do seu fornecimento em São Paulo, Sabesp, jogam nas costas do cidadão a solução para o problema: economizar, senão vai ter racionamento depois do dia 15, ameaçou ontem o governador. Evidentemente que não se pode defender o desperdício, mas é necessário dizer que boa parte do problema está na falta de investimentos da Sabesp na manutenção dos reservatórios e ampliação da oferta, como indicaram especialistas ouvidos pelo SPressoSP e outros veículos de informação.
Até mesmo no caso do ataque a seu filho e neta nesta semana o governador evitou manifestar-se de imediato. A informação foi sonegada por ele e sua equipe desde o momento em que aconteceu, na noite de domingo (2), até o fim da tarde de segunda-feira (3). Assessores procurados pela imprensa negaram que tenha havido o fato e a notícia só foi confirmada e liberada quando o governador julgou conveniente.
A tática do avestruz pode ser boa para fugir do enfrentamento de situações difíceis, quando se espera respostas e eficiência. Mas demonstra o pouco compromisso e respeito que o governante tem com os cidadãos.
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