Por Cadu Amaral, em seu blog:
“Operação Banqueiro” lançado pela Geração Editorial relata em 464 páginas (14 páginas são os agradecimentos e o índice onomástico) os andamentos da Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF) conduzida, até o início do desfecho, pelo então delegado Protógenes Queiroz. O alvo da investigação era o banqueiro Daniel Dantas e suas manobras fiscais e políticas para obter o controle de boa parte das empresas de telecomunicações do país após as privatizações promovidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).
A obra é de autoria do jornalista Rubens Valente, da Folha de S. Paulo que acompanhou todos os passos da Satiagraha. Ele teve acesso a documentos até então jamais revelados e conseguiu o depoimento de vários personagens ligados, direta e indiretamente, ao caso.
Ao se debruçar sobre as páginas do “Operação Banqueiro” o leitor toma conhecimento de toda uma rede de espionagem e chantagens promovidas pelo banqueiro Daniel Dantas a pessoas do centro do Poder no Brasil, e não somente no governo FHC.
Com medo de prováveis retaliações do governo petista – fruto de imaginação paranoica – devido aos confrontos de seu banco, o Opportunity, com diretores dos Fundos de Pensão que na época de FHC eram membros dos conselhos e após a vitória de Lula – alguns deles – passaram a presidir.
Dantas montou, através de uma empresa privada estadunidense de espionagem chamada Kroll uma rede escutas telefônicas que o ajudaram a transportá-lo da condição de acusado a acusador. Tudo com a ajuda de setores da imprensa, tanto aqui no Brasil quanto no exterior.
Dantas, através de parceiros mandava e-mails a FHC e Serra, candidato à Presidência da República em 2002 cobrando acordos para garantir seus objetivos com uma postura no mínimo arrogante. Para tentar ter o mesmo tipo de relação com o governo Lula – ou pelo menos evitar o que na sua cabeça tinha certeza – as retaliações dos conflitos dos tempos do antecessor do petista.
A partir de determinado momento, entra em cena Gilmar Mendes ainda na Advocacia-Geral da União. Sua passagem na obra de Valente segue até sua presidência no Supremo Tribunal Federal e os “estranhos” Habeas Corpus concedidos a Daniel Dantas. Dantas chegou a ser preso pela Operação Satriagaha.
O autor faz até um breve relato da história pessoal de Mendes no Mato Grosso do Sul, política e econômica, e a influência que construiu em Brasília desde os tempos do governo Collor.
Rubens Valente conseguiu dar a sua obra um clima de thriller policial, mas não há ficção em sua obra. O leitor também toma conhecimento dos bastidores da disputa de poder no interior da PF e os embates ocorridos durante a operação conduzida por Queiroz. Essa é uma obra sobre um momento importante da História brasileira que, devido a aproximação temporal, ainda não tem o devido valor.
É sabido que Dantas mantém até hoje uma enorme influência no Estado brasileiro e na mídia. Com certeza está entre as pessoas que realmente mandam no Brasil.
Daniel Dantas é baiano e em sua família o coronelismo é presente desde seus ancestrais. Ele era considerado cria de Antônio Carlos Magalhães (ACM) pelos tucanos do governo FHC.
Para não estragar a leitura de quem pretende adquirir o livro, paramos por aqui. Vale muito a leitura de “Operação Banqueiro”!
Clique aqui e leia o primeiro capítulo do livro
“Operação Banqueiro” lançado pela Geração Editorial relata em 464 páginas (14 páginas são os agradecimentos e o índice onomástico) os andamentos da Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF) conduzida, até o início do desfecho, pelo então delegado Protógenes Queiroz. O alvo da investigação era o banqueiro Daniel Dantas e suas manobras fiscais e políticas para obter o controle de boa parte das empresas de telecomunicações do país após as privatizações promovidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).
A obra é de autoria do jornalista Rubens Valente, da Folha de S. Paulo que acompanhou todos os passos da Satiagraha. Ele teve acesso a documentos até então jamais revelados e conseguiu o depoimento de vários personagens ligados, direta e indiretamente, ao caso.
Ao se debruçar sobre as páginas do “Operação Banqueiro” o leitor toma conhecimento de toda uma rede de espionagem e chantagens promovidas pelo banqueiro Daniel Dantas a pessoas do centro do Poder no Brasil, e não somente no governo FHC.
Com medo de prováveis retaliações do governo petista – fruto de imaginação paranoica – devido aos confrontos de seu banco, o Opportunity, com diretores dos Fundos de Pensão que na época de FHC eram membros dos conselhos e após a vitória de Lula – alguns deles – passaram a presidir.
Dantas montou, através de uma empresa privada estadunidense de espionagem chamada Kroll uma rede escutas telefônicas que o ajudaram a transportá-lo da condição de acusado a acusador. Tudo com a ajuda de setores da imprensa, tanto aqui no Brasil quanto no exterior.
Dantas, através de parceiros mandava e-mails a FHC e Serra, candidato à Presidência da República em 2002 cobrando acordos para garantir seus objetivos com uma postura no mínimo arrogante. Para tentar ter o mesmo tipo de relação com o governo Lula – ou pelo menos evitar o que na sua cabeça tinha certeza – as retaliações dos conflitos dos tempos do antecessor do petista.
A partir de determinado momento, entra em cena Gilmar Mendes ainda na Advocacia-Geral da União. Sua passagem na obra de Valente segue até sua presidência no Supremo Tribunal Federal e os “estranhos” Habeas Corpus concedidos a Daniel Dantas. Dantas chegou a ser preso pela Operação Satriagaha.
O autor faz até um breve relato da história pessoal de Mendes no Mato Grosso do Sul, política e econômica, e a influência que construiu em Brasília desde os tempos do governo Collor.
Rubens Valente conseguiu dar a sua obra um clima de thriller policial, mas não há ficção em sua obra. O leitor também toma conhecimento dos bastidores da disputa de poder no interior da PF e os embates ocorridos durante a operação conduzida por Queiroz. Essa é uma obra sobre um momento importante da História brasileira que, devido a aproximação temporal, ainda não tem o devido valor.
É sabido que Dantas mantém até hoje uma enorme influência no Estado brasileiro e na mídia. Com certeza está entre as pessoas que realmente mandam no Brasil.
Daniel Dantas é baiano e em sua família o coronelismo é presente desde seus ancestrais. Ele era considerado cria de Antônio Carlos Magalhães (ACM) pelos tucanos do governo FHC.
Para não estragar a leitura de quem pretende adquirir o livro, paramos por aqui. Vale muito a leitura de “Operação Banqueiro”!
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