Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:
A forte chuva que caiu sobre a capital federal no início da tarde deste sábado (22) foi suficiente para por fim à tentativa de reedição local da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, marcada para ter início às 15 horas, em frente ao 32º Grupo de Artilharia de Campanha, no Setor Militar Urbano de Brasília.
Meia hora após o horário marcado, doze pessoas disputavam abrigo contra a chuva no ponto de ônibus em frente ao local da concentração, enquanto algumas outras aguardavam em seis carros estacionados na área. Eram jovens, brancos e usavam roupas com motivos militares ou portavam bandeiras do Brasil. O carro de som ficou estacionado do outro lado da pista, inutilizado. Nenhum dos participantes chegou exibir faixas ou cartazes.
A baixa adesão se repetiu na maioria das 200 cidades do país que também tentaram reeditar a marcha que ajudou os militares a tomarem o poder em 1964, dando início a mais longa ditadura da história recente do país. Em Belo Horizonte, cerca de 50 pessoas participaram do ato que pede a volta da ditadura militar. No Recife, uma média de 30. Em Natal, foram nove os manifestantes.
No Rio de Janeiro, a Polícia estimou em 150 os presentes: entre eles, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que irá discursar a favor da ditadura na sessão solene que será realizada pela Câmara dos Deputados para marcar os 50 anos do golpe.
Em São Paulo, o maior ato do país agregou aproximadamente mil pessoas no que Roberto Brilhante classificou, na Carta Maior, como um carnaval fora de época. Mas um outro protesto, batizado de Marcha Antifascista, reuniu número equivalente de participantes que se contrapunham à primeira.
Nas redes sociais, o fracasso da reedição da Marcha pela Família virou motivo de chacota. Foram inúmeros os memes criados pelos internautas para criticar o ato. “Marcha com Deus e o Diabo na Terra do Sol”, satirizava um. “Marcha pela Família Adams”, “Marcha pela Família Flintstones, pela volta à Idade da Pedra”, “Marcha pela Família Caymmi, rumo à Maracangalha”, ironizavam outros.
Na página oficial do evento no Facebook, os organizadores ainda não fizeram um balanço da reedição nacional. As últimas postagens ainda se referem aos detalhes do protesto que, segundo os organizadores, era uma homenagem ao grande evento de 1964 e uma forma da sociedade pedir “intervenção militar constitucional” no país, seja lá o que for que isso signifique.
Em vídeo postado no último dia 20 para rebater as críticas ao evento, os organizadores Celso Brasil e Cristina Peviani convidavam os manifestantes contrários a aparecerem com um jargão muito comum entre policiais militares, em especial os das chamadas tropas de elite. “Sejam bem-vindos os mascaradinhos que quiserem bagunçar: é ‘faca na caveira’ pra vocês”.
A forte chuva que caiu sobre a capital federal no início da tarde deste sábado (22) foi suficiente para por fim à tentativa de reedição local da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, marcada para ter início às 15 horas, em frente ao 32º Grupo de Artilharia de Campanha, no Setor Militar Urbano de Brasília.
Meia hora após o horário marcado, doze pessoas disputavam abrigo contra a chuva no ponto de ônibus em frente ao local da concentração, enquanto algumas outras aguardavam em seis carros estacionados na área. Eram jovens, brancos e usavam roupas com motivos militares ou portavam bandeiras do Brasil. O carro de som ficou estacionado do outro lado da pista, inutilizado. Nenhum dos participantes chegou exibir faixas ou cartazes.
A baixa adesão se repetiu na maioria das 200 cidades do país que também tentaram reeditar a marcha que ajudou os militares a tomarem o poder em 1964, dando início a mais longa ditadura da história recente do país. Em Belo Horizonte, cerca de 50 pessoas participaram do ato que pede a volta da ditadura militar. No Recife, uma média de 30. Em Natal, foram nove os manifestantes.
No Rio de Janeiro, a Polícia estimou em 150 os presentes: entre eles, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que irá discursar a favor da ditadura na sessão solene que será realizada pela Câmara dos Deputados para marcar os 50 anos do golpe.
Em São Paulo, o maior ato do país agregou aproximadamente mil pessoas no que Roberto Brilhante classificou, na Carta Maior, como um carnaval fora de época. Mas um outro protesto, batizado de Marcha Antifascista, reuniu número equivalente de participantes que se contrapunham à primeira.
Nas redes sociais, o fracasso da reedição da Marcha pela Família virou motivo de chacota. Foram inúmeros os memes criados pelos internautas para criticar o ato. “Marcha com Deus e o Diabo na Terra do Sol”, satirizava um. “Marcha pela Família Adams”, “Marcha pela Família Flintstones, pela volta à Idade da Pedra”, “Marcha pela Família Caymmi, rumo à Maracangalha”, ironizavam outros.
Na página oficial do evento no Facebook, os organizadores ainda não fizeram um balanço da reedição nacional. As últimas postagens ainda se referem aos detalhes do protesto que, segundo os organizadores, era uma homenagem ao grande evento de 1964 e uma forma da sociedade pedir “intervenção militar constitucional” no país, seja lá o que for que isso signifique.
Em vídeo postado no último dia 20 para rebater as críticas ao evento, os organizadores Celso Brasil e Cristina Peviani convidavam os manifestantes contrários a aparecerem com um jargão muito comum entre policiais militares, em especial os das chamadas tropas de elite. “Sejam bem-vindos os mascaradinhos que quiserem bagunçar: é ‘faca na caveira’ pra vocês”.
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