quinta-feira, 13 de março de 2014

Polícia Federal multa 14 bancos

Por Altamiro Borges

Na 100ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), ocorrida na quarta-feira (12) em Brasília, a Polícia Federal decidiu aplicar multas de R$ 5,312 milhões contra 14 bancos por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário. O Banco do Brasil foi multado em R$ 1,545 milhão, seguido do Itaú com R$ 1,188 milhão, do Santander com R$ 745 mil, da Caixa Econômica Federal com R$ 738 mil e do Bradesco com R$ 679 mil. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a decisão confirma o desprezo dos bilionários bancos com a segurança dos clientes e dos bancários.

Segundo a PF, os bancos penalizados descumpriram a lei federal nº 7.102/83 e as portarias do próprio órgão. As principais irregularidades foram equipamentos inoperantes, número insuficiente e falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, transporte de valores feito por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras. Várias agências do Rio de Janeiro foram multadas por abrirem as suas portas com apenas um vigilante, durante uma greve da categoria, o que viola frontalmente a lei nº 7.102/83, que exige a presença de no mínimo dois vigilantes.

Veja o montante de multas por banco:

- Banco do Brasil - R$ 1.545.753,66

- Itaú - R$ 1.188.924,24

- Santander - R$ 745.574,59

- Caixa Econômica Federal - R$ 738.108,50

- Bradesco - R$ 679.565,10

- HSBC - R$ 180.895,96

- Banrisul - R$ 95.765,32

- Mercantil do Brasil - R$ 31.923,19

- Banese - R$ 26.601,06

- Banco do Nordeste - R$ 26.601,06

- Citibank - R$ 21.282,13

- Banestes - R$ 10.641,06

- Banco de Brasília - R$ 10.641,06

- Safra - R$ 10.641,06

Total - R$ 5.312.918,02

"Essas multas comprovam que os bancos não priorizam a segurança dos estabelecimentos", salienta Ademir Wiederkehr, representante da Contraf na CCASP. "Os bancos consideram segurança como custo que pode ser reduzido para turbinar ainda mais os seus lucros, em vez de cumprir a legislação e fazer investimentos para prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida dos bancários, vigilantes e clientes". A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT é a porta-voz dos bancários. A Febraban representa os bancos. Foi a primeira reunião da CCASP em 2014. A próxima foi agendada para o dia 7 de maio.

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