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Um leitor me chamou a atenção e fui buscar os resultados da pesquisa espontânea do Datafolha.
E o resultado, embora não tenha contradições com o da pesquisa estimulada, apresenta um quadro de significativa consolidação dos votos em Dilma Rousseff.
A menção espontânea de voto em Dilma fica em 20%, dentro da margem de erro em relação às pesquisas de novembro e de fevereiro, onde marcou 22%.
O segundo lugar tem um tríplice empate, entre Lula, Aécio e Marina Silva, com 3%, ficando Eduardo Campos logo a seguir, com 2%.
Nenhum deles se move, também, ou o faz dentro da margem de erro estatística.
Olhando o gráfico a nítida impressão que se tem – sempre com as necessárias reservas diante destas pesquisas – é a de que que os eleitores que declaravam voto em Dilma estão à espera de algo para se definirem.
Talvez que a Presidenta volte a exibir a autoridade que sempre teve e dando menos bola a essa cantilena de que o “excessivo intervencionismo estatal” é a fonte dos problemas de seu governo.
Pode ser, até, que aqui e ali seja necessário deixar as forças de mercado se ajustarem.
Mas esta não é a regra – porque só se ajustam com mais ganhos – nem é esse o desejo da população, que está pagando com o bolso os efeitos de um clima de pessimismo econômico irreal.
O número de eleitores ainda não decididos é alto para o que seria de esperar a essa altura: 52%
E não estão olhando para Aécio ou Eduardo Campos.
Estão olhando para Dilma.
Voto na Sra. DILMA até depois de morto!
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ResponderExcluirDe minha parte acho que as esquerdas radicais deveriam votar em Aécio e levar Dilma ao segundo turno.
Só assim haveria boas negociações sobre salario mínimo e fator previenciario.
Recomeçou a novela das pesquisas
ResponderExcluirHá exatos quatro anos a blogosfera se agitava por causa de uma disparidade entre as pesquisas de intenção de voto para presidente da República. Nas médias gerais, Dilma Rousseff aparecia com cerca de 28%, enquanto José Serra oscilava ao redor de 35%. No primeiro turno, seis meses depois, a petista receberia 47% dos votos e o tucano, 33%.
Também as reações aos levantamentos se repetem agora. A mídia corporativa finge que ignora as especificidades do momento e comemora a suposta viabilização do combalido oposicionismo. Os governistas, um tanto apavorados demais, ecoam um catastrofismo que só favorece os adversários. E, novamente, a campanha eleitoral sequer começou.
Até as esquisitices do último Datafolha são requentadas e manjadíssimas. Seu questionário é um primor de parcialidade, independente da ordem das perguntas. Não há qualquer menção à máfia dos cartéis do PSDB paulista, por exemplo.
No fundo, o que o instituto está medindo é a eficácia da campanha jornalística negativa dirigida nas últimas semanas contra o governo federal. Como em todo bom projeto publicitário, as estatísticas visam municiar os próximos passos da grande imprensa, redefinindo prioridades e corrigindo rumos. Também serve para que os marqueteiros dos candidatos da oposição afinem discursos e plataformas.
Mas, repito, nada disso é novo ou surpreendente. A militância precisa apenas ter em mente que se trata de um processo autogerador de factóides político-eleitorais: o noticiário fornece o mote da pesquisa, que por sua vez alimenta o noticiário. No final das contas, acertando curvas aqui e ali, os levantamentos vão acabar convergindo para um resultado mais ou menos “real”. Acredita neles, e na imprensa, quem quer.
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