Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A pesquisa Datafolha que iria abalar a República acaba de ser divulgada, e os resultados estão longe dos sonhos dourados que nutriram a oposição e os especuladores da Bolsa.
Dilma cai de quatro a seis pontos, dependendo do cenário da pesquisa, sem ou com os chamados candidatos “nanicos”.
A queda de seis pontos no cenário mais completo, de 44 para 38 pontos, não é suficiente, porém, para impedir a vitória da Presidenta no primeiro turno.
É que Dilma perde votos para…. ninguém. Aécio Neves permanece com 16 pontos e Eduardo Campos sobe apenas um de nove para dez, o que fica na metade da margem de erro, de dois pontos e se explica facilmente por seu programa de televisão ter sido feito poucos dias antes das entrevistas.
Somados, fazem 26 por cento. E com os seis pontos dos pequenos candidatos, isso dá 32, ainda seis pontos abaixo de igualar o que aparece para Dilma, que teria 54,35 dos eleitores que têm candidato.
Aliás, é curioso como o Datafolha ancorou Dilma exatamente no meio da pesquisa Ibope que deu 40%, no dia 20, para a candidata e a do dia 27, que deu 36% para a Presidenta. Rigorosamente ao alcance da margem de erro das duas pesquisas esquizofrênicas do instituto de Carlos Augusto Montenegro.
Ou seja, tecnicamente, o resultado do Datafolha é igual aos resultados do Ibope.
As perspectivas para Aécio e Campos de crescerem à medida em que aumentar a sua taxa de conhecimento também não parecem promissoras: ambos têm a mesma taxa de rejeição de Dilma, cujo conhecimento se aproxima de 100%.
O mais importante nesse resultado é que nem fazendo muita força e aproveitando o pior momento de Dilma, com a elevação de preços provocada pela seca e a tempestade desencadeada na mídia sobre a Petrobras, a dupla Aécio-Campos não desatola de seus baixos índices de popularidade.
É o famoso “nem a pau, Juvenal”.
Aécio ainda terá a máquina, mas Eduardo não tem mais nada, a não ser a presença incômoda de Marina, que não só não lhe transferiu nada como, ainda por cima, levou um bilu-bilu do Datafolha, com uma ligeira subida nos índices, sempre maiores que o dobro de Eduardo Campos.
Isso teria um efeito de fazer roncar o estômago da estranha aliança PSB-Rede, se não soubéssemos como Marina não é personalista, vaidosa e muito menos tem um projeto pessoal, não é?
Se ela fosse assim e tendo que engolir uma tucanagem atrás da outra do PSB, a gente poderia até achar que vai ter pega lá dentro da gentil “nova política”.
De tudo isso fica, a rigor, nada.
As pesquisas não são confiáveis, embora sirvam de indicativo, quanto têm uma tendência clara.
A mídia não é confiável, até porque nem mesmo uma tendência clara tem, tem é uma campanha clara.
A base aliada não é confiável e, embora deva ser mantida, só não é mais traiçoeira por falta de com quem trair.
A única coisa confiável são as nossas próprias forças, nossos princípios, os resultados concretos deste período de 11 anos de mudanças, o carisma de Lula e sua capacidade de politizar no melhor sentido as eleições.
Entre passado e futuro.
PS. Anotem aí. Já-já as pesquisas vão revelar a influência da crise de água em São Paulo. Os jornais não falam, mas as torneiras da entrada de “água da rua” já começam a assobiar de manhã, mostrando que os canos ficaram vazios à noite. Falei com meu filho, que mora na área abastecida pelo Cantareira, num trecho mais alto da cidade, no pé da Serra da Cantareira que me relatou que vários vizinhos já estão percebendo que a coisa ficou feia.
A pesquisa Datafolha que iria abalar a República acaba de ser divulgada, e os resultados estão longe dos sonhos dourados que nutriram a oposição e os especuladores da Bolsa.
Dilma cai de quatro a seis pontos, dependendo do cenário da pesquisa, sem ou com os chamados candidatos “nanicos”.
A queda de seis pontos no cenário mais completo, de 44 para 38 pontos, não é suficiente, porém, para impedir a vitória da Presidenta no primeiro turno.
É que Dilma perde votos para…. ninguém. Aécio Neves permanece com 16 pontos e Eduardo Campos sobe apenas um de nove para dez, o que fica na metade da margem de erro, de dois pontos e se explica facilmente por seu programa de televisão ter sido feito poucos dias antes das entrevistas.
Somados, fazem 26 por cento. E com os seis pontos dos pequenos candidatos, isso dá 32, ainda seis pontos abaixo de igualar o que aparece para Dilma, que teria 54,35 dos eleitores que têm candidato.
Aliás, é curioso como o Datafolha ancorou Dilma exatamente no meio da pesquisa Ibope que deu 40%, no dia 20, para a candidata e a do dia 27, que deu 36% para a Presidenta. Rigorosamente ao alcance da margem de erro das duas pesquisas esquizofrênicas do instituto de Carlos Augusto Montenegro.
Ou seja, tecnicamente, o resultado do Datafolha é igual aos resultados do Ibope.
As perspectivas para Aécio e Campos de crescerem à medida em que aumentar a sua taxa de conhecimento também não parecem promissoras: ambos têm a mesma taxa de rejeição de Dilma, cujo conhecimento se aproxima de 100%.
O mais importante nesse resultado é que nem fazendo muita força e aproveitando o pior momento de Dilma, com a elevação de preços provocada pela seca e a tempestade desencadeada na mídia sobre a Petrobras, a dupla Aécio-Campos não desatola de seus baixos índices de popularidade.
É o famoso “nem a pau, Juvenal”.
Aécio ainda terá a máquina, mas Eduardo não tem mais nada, a não ser a presença incômoda de Marina, que não só não lhe transferiu nada como, ainda por cima, levou um bilu-bilu do Datafolha, com uma ligeira subida nos índices, sempre maiores que o dobro de Eduardo Campos.
Isso teria um efeito de fazer roncar o estômago da estranha aliança PSB-Rede, se não soubéssemos como Marina não é personalista, vaidosa e muito menos tem um projeto pessoal, não é?
Se ela fosse assim e tendo que engolir uma tucanagem atrás da outra do PSB, a gente poderia até achar que vai ter pega lá dentro da gentil “nova política”.
De tudo isso fica, a rigor, nada.
As pesquisas não são confiáveis, embora sirvam de indicativo, quanto têm uma tendência clara.
A mídia não é confiável, até porque nem mesmo uma tendência clara tem, tem é uma campanha clara.
A base aliada não é confiável e, embora deva ser mantida, só não é mais traiçoeira por falta de com quem trair.
A única coisa confiável são as nossas próprias forças, nossos princípios, os resultados concretos deste período de 11 anos de mudanças, o carisma de Lula e sua capacidade de politizar no melhor sentido as eleições.
Entre passado e futuro.
PS. Anotem aí. Já-já as pesquisas vão revelar a influência da crise de água em São Paulo. Os jornais não falam, mas as torneiras da entrada de “água da rua” já começam a assobiar de manhã, mostrando que os canos ficaram vazios à noite. Falei com meu filho, que mora na área abastecida pelo Cantareira, num trecho mais alto da cidade, no pé da Serra da Cantareira que me relatou que vários vizinhos já estão percebendo que a coisa ficou feia.
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