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Do blog
de Zé Dirceu
Em novo
capítulo de protelação para manter o ex-ministro José Dirceu preso em regime
fechado no presídio da Papuda, o juiz da Vara de Execuções Penais de Brasília
Bruno Ribeiro toma uma decisão contraditória e encaminha ao presidente do
Supremo, Joaquim Barbosa, com quase um mês de atraso, o pedido do Ministério
Público do DF para que se quebre indiscriminadamente sigilos telefônicos ainda
com o propósito de investigar o suposto telefonema recebido por José Dirceu no
presídio.
Além de
uma clara contradição com o encerramento das investigações conduzidas pela
própria Vara, o pedido é extremamente genérico e sem a fundamentação exigida
por lei, pleiteando que todas as ligações – de cinco operadoras de telefonia
móvel – feitas/recebidas da região da Papuda para a Bahia, de 1 a 16 de
janeiro, sejam encaminhadas ao Ministério Público.
O
intuito de protelar a regularização do regime semiaberto de José Dirceu
torna-se indisfarçável: o pedido pouco razoável do MPDF foi apresentado à VEP
em 26 de fevereiro, porém o juiz Bruno Ribeiro só o despachou em 28 de março,
quando já havia se declarado impedido de decidir o caso, repassando a decisão
para o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa.
O
encaminhamento ocorre depois que a própria VEP encerrou sua investigação sobre
a suposta ‘falta disciplinar’, chegando à mesma conclusão emitida ainda em
janeiro pela Secretaria de Segurança Pública do DF: o ex-ministro nunca fez
qualquer telefonema de dentro da Papuda.
No dia
11 de março, o juiz Bruno Ribeiro, na presença de um representante do MP,
interrogou José Dirceu por videoconferência e ouviu dele a mesma resposta: em
nenhum momento fez uso de celular nas dependências do presídio. O ex-ministro
também negou o recebimento de qualquer tipo de regalia. Após o interrogatório,
a Vara de Execuções Penais encerrou o caso sem objeção por parte do Ministério
Público.
No
último dia 2, diante do silêncio e demora para se cumprir um direito assegurado
ao nosso cliente pela Constituição e pela Lei de Execuções Penais, encaminhamos
ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pedido de
prioridade na análise do caso por se tratar de um cidadão idoso. A petição
reitera que o pedido de trabalho externo foi apresentado em 19 de dezembro do
ano passado e já obteve parecer favorável da Seção Psicossocial e do Ministério
Público do Distrito Federal. Diz ainda que a investigação sobre a suposta falta
disciplinar está cabalmente encerrada e que a Procuradoria-Geral da República,
ciente da apuração, não solicitou diligências nem tampouco apresentou
argumentos contrários ao pedido de trabalho externo.
José
Luis Oliveira Lima
Rodrigo Dall’Acqua
Rodrigo Dall’Acqua
Pergunto: O que irá acontecer com os caluniadores que fizeram essas falsas acusações? O sr. JB vai dar que tratamento a esses que mentiram para a Justiça, pois se não existem provas como também classifica-los? E aí Folha? Protegida, hein! Será que está é a DEMOCRACIA tão falada pelos seus senhores de Washington?
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