Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
No meio do feriadão de 1º de Maio, sexta e sábado, o PT promove seu 14º Encontro Nacional em São Paulo, no momento mais difícil dos seus 34 anos de vida. Não bastasse a enxurrada de problemas enfrentados pelo governo Dilma, tanto no campo político, com rachaduras na aliança, como no econômico, em que os índices negativos se multiplicam, agora surgem sinais evidentes de uma divisão interna, que pode prejudicar não só a reeleição da presidente, mas as chances do partido nas eleições estaduais e seu próprio projeto de poder.
O ex-presidente Lula repetiu, pela milésima vez, no final de semana, em entrevista à televisão portuguesa RTP, que não vai concorrer a nenhum cargo nas eleições deste ano e apoiará a sua sucessora: "Não vou ser candidato. Vou para a rua fazer campanha para Dilma". Mas não adianta: a turma do "volta Lula", que junta setores do partido mais ligados ao ex-presidente a empresários descontentes com o governo Dilma, não desiste de criticar os rumos da administração federal e alimentar o noticiário que insiste em jogar um contra o outro, na tentativa de enfraquecer ambos e, portanto, o PT.
Dilma e Lula estarão juntos no encontro, com a participação de 800 delegados, que devem aprovar as diretrizes do programa de governo da presidente para um possível segundo mandato. É a oportunidade que os dois terão para mostrar uma unidade partidária que no momento está, de fato, mais ameaçada por divergências internas, manifestadas publicamente no caso da Petrobras, do que pelos adversários na disputa eleitoral.
A esta altura, faltando pouco mais de cinco meses para as eleições, não basta reclamar do partidarismo da mídia a serviço da oposição. Sempre foi assim, mas os problemas enfrentados pelo governo e pelo partido são reais e é preciso dizer claramente o que o PT pretende fazer com a capengante economia, caso conquiste mais um mandato, que o deixaria 20 anos no poder central.
O próprio Lula, numa entrevista concedida a um grupo de blogueiros, no início do mês, cobrou da presidente o anúncio de medidas concretas para melhorar a economia, mas o governo parece travado, jogando na retranca, como se já tivesse feito tudo o que era possível para controlar a inflação e retomar o crescimento com mais força, os grandes desafios do momento, que podem ser decisivos na eleição de outubro.
Ainda nesta segunda-feira, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, projetou um crescimento do PIB de apenas 2,3% este ano, abaixo da própria previsão feita anteriormente pelo governo, que já era decepcionante (2,5%). A segunda má notícia do dia, que vem se somar a todas as outras das últimas semanas, é o crescimento de 7,4% na inadimplência das empresas, em relação ao mesmo período do ano passado. E uma ala do PR já está anunciando que vai retirar o apoio a Dilma na reeleição.
Diante deste quadro desfavorável, sendo bombardeada por todos os lados, inclusive por membros do seu partido e da base aliada, o governo Dilma mantém um obsequioso silêncio, que só deverá ser quebrado pelo discurso da presidente no 1º de Maio, em rede nacional de rádio e televisão. Ministros e assessores próximos da presidente no Palácio do Planalto agora não falam mais nem em "off" quando perguntados sobre a reação do governo aos cada vez mais duros ataques da oposição.
O cenário em que os petistas se reunirão no final de semana, guardadas as devidas proporções, me lembra um pouco a crise vivida pela então prefeita de São Paulo Luiza Erundina, no final dos anos 80, que atribuía as dificuldades da sua administração ao partido e vice-versa. Depois de 11 anos e quatro meses no Palácio do Planalto, o PT se vê agora diante do dilema de defender a continuidade num país que quer mudanças, o oposto do que aconteceu na campanha de 2002, no final do governo FHC, quando Lula se elegeria presidente pela primeira vez, vencendo o tucano José Serra. A diferença é que agora o PT está no governo.
O ex-presidente Lula repetiu, pela milésima vez, no final de semana, em entrevista à televisão portuguesa RTP, que não vai concorrer a nenhum cargo nas eleições deste ano e apoiará a sua sucessora: "Não vou ser candidato. Vou para a rua fazer campanha para Dilma". Mas não adianta: a turma do "volta Lula", que junta setores do partido mais ligados ao ex-presidente a empresários descontentes com o governo Dilma, não desiste de criticar os rumos da administração federal e alimentar o noticiário que insiste em jogar um contra o outro, na tentativa de enfraquecer ambos e, portanto, o PT.
Dilma e Lula estarão juntos no encontro, com a participação de 800 delegados, que devem aprovar as diretrizes do programa de governo da presidente para um possível segundo mandato. É a oportunidade que os dois terão para mostrar uma unidade partidária que no momento está, de fato, mais ameaçada por divergências internas, manifestadas publicamente no caso da Petrobras, do que pelos adversários na disputa eleitoral.
A esta altura, faltando pouco mais de cinco meses para as eleições, não basta reclamar do partidarismo da mídia a serviço da oposição. Sempre foi assim, mas os problemas enfrentados pelo governo e pelo partido são reais e é preciso dizer claramente o que o PT pretende fazer com a capengante economia, caso conquiste mais um mandato, que o deixaria 20 anos no poder central.
O próprio Lula, numa entrevista concedida a um grupo de blogueiros, no início do mês, cobrou da presidente o anúncio de medidas concretas para melhorar a economia, mas o governo parece travado, jogando na retranca, como se já tivesse feito tudo o que era possível para controlar a inflação e retomar o crescimento com mais força, os grandes desafios do momento, que podem ser decisivos na eleição de outubro.
Ainda nesta segunda-feira, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, projetou um crescimento do PIB de apenas 2,3% este ano, abaixo da própria previsão feita anteriormente pelo governo, que já era decepcionante (2,5%). A segunda má notícia do dia, que vem se somar a todas as outras das últimas semanas, é o crescimento de 7,4% na inadimplência das empresas, em relação ao mesmo período do ano passado. E uma ala do PR já está anunciando que vai retirar o apoio a Dilma na reeleição.
Diante deste quadro desfavorável, sendo bombardeada por todos os lados, inclusive por membros do seu partido e da base aliada, o governo Dilma mantém um obsequioso silêncio, que só deverá ser quebrado pelo discurso da presidente no 1º de Maio, em rede nacional de rádio e televisão. Ministros e assessores próximos da presidente no Palácio do Planalto agora não falam mais nem em "off" quando perguntados sobre a reação do governo aos cada vez mais duros ataques da oposição.
O cenário em que os petistas se reunirão no final de semana, guardadas as devidas proporções, me lembra um pouco a crise vivida pela então prefeita de São Paulo Luiza Erundina, no final dos anos 80, que atribuía as dificuldades da sua administração ao partido e vice-versa. Depois de 11 anos e quatro meses no Palácio do Planalto, o PT se vê agora diante do dilema de defender a continuidade num país que quer mudanças, o oposto do que aconteceu na campanha de 2002, no final do governo FHC, quando Lula se elegeria presidente pela primeira vez, vencendo o tucano José Serra. A diferença é que agora o PT está no governo.
Caro Ricardo, é inimaginável, que o povo queira mudanças, à la lampedusa, pois, com gente do nível de Aécio Neves, Eduardo Campos, Marina Silva. Êsse pessoal, todo êle advindo da UDN, à exceção da Marina que costeou o alambrado do PT, ela é evangélica e aliada dos capitais dos perfumes e fragrâncias,dizia advindos da ARENA, do PDS, do PFL e do DEM, é o fim da picada. Em. 2003, quando só assumiu porque assinou a tal da " Carta aos Brasileiros ", uma tremenda pressão de barra, com os bancos americanos a manipular o dólar,que foi a R$ 4,00, o salário mínimo era de exatos R$ 200,00. Hoje, em 2014 é 724,00, com Dilma já anunciando para 2015, R$ 780,00, e com O GLOBO dos perversos e corruptosd MARINHOS a demonizá-lo. Ora, só se o cotidiano desmentir-me, e êle, Ricardo, não irá fazê-lo. Não há mais volta, e, observe, Dilma vitoriosa, e, até, antes, com a obtenção em número necessário, constitucionalmente falando, das assinaturas que nos levem à uma constituinte exclusiva e,aí,sim, Soberana, a operacionalizar, óbvio blindada por quarentenas adequadas à impedir as astúcias das espúrias jogadas dos interesses conflitantes: no mínimo 10 anos fora da vida pública para os que vierem a compô-la e a legislá-la. Ela poderia, então, respaldada pelas urnas, reavivar reformas pelas quais tanto Jango se bateu, e, os gorilas golpistas, e corruptos, como KRUEL, aliados à FIESP da CONDOR e da OBAN, e, em Minas aos latifundiários, maioria proxenetas e especuladores da terra, resposáveis por nos posicionar,hoje, uma nação com essa dimensão territorial, e contudo, a quarta mais desigual, socialmente, da América do Sul. Saudações do " Planta do Deserto ", ao qual basta apenas e tão somente, a sustentá-lo, o orvalho do alvorecer...
ResponderExcluir