A Bahia vive desde ontem (15) uma nova onda de violência patrocinada por policiais. A categoria protesta contra o que foi proposto no Plano de Modernização da Polícia Militar, apresentado pelo governador Jaques Wagner na semana passada.
À frente do movimento, mais uma vez o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, vereador pelo PSDB eleito por 14,8 mil votos.
Prisco chegou a ir para a cadeia em 2012 depois que uma reportagem do Fantástico revelou que ele negociava atos de vandalismo durante aquela paralisação. É um personagem conhecido. Provavelmente se fosse filiado a um partido de esquerda ou de centro-esquerda seria um personagem midiático associado à palavra “vandalismo” ou adjetivos do gênero.
Foi justamente em uma greve, de 2002, que o soldado Prisco despontou para a carreira política. Em 2005, fundou a Associação Nacional dos Praças Policiais e Bombeiros (Anaspra) e começou a participar de greves em outros estados, como no Rio Grande do Norte, em 2007, e Santa Catarina, em 2008. O piso salarial dos PMs na Bahia é de R$ 2.637,20, o décimo melhor do país em comparação aos outros estados.
Prisco corre o Brasil liderando greves de policiais. Mas, em São Paulo e em Minas Gerais, nada de encontros com policiais. Só bate-papos com dirigentes partidários. Curioso, não?
Uma greve política para pavimentar a candidatura de um ex-policial há muito demitido. A paralisação deixou um rastro de mortes e prejuízos ao comércio baiano. Não foi respeitada nem a Semana Santa dos católicos.
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