Por Nirlando Beirão, na revista CartaCapital:
A primeira vez que vi Danilo Gentili foi na noite em que Dilma Rousseff ganhou a eleição presidencial e, à saída da festa num hotel em Brasília, um repórter grandalhão e afoito, brandindo aquele microfone covarde do CQC, tentou acuar, humilhar e insultar o ex-presidente José Sarney, que deixava o recinto.
Houve um certo chega-pra-lá e ouvi o bisbilhoteiro bradar, é censura, é censura, enquanto tirava o time. Não senti o menor ímpeto de me solidarizar com o bobalhão. Sarney traz todos os pecados da oligarquia, mas merece respeito como ex-presidente e ser humano.
Como não sou assíduo do CQC, custei a descobrir o nome do indigitado. Percebo hoje que subiu na vida, ganhou programa próprio e status de instant celebrity. Inscreve-se, a si mesmo, na categoria dos stand-up comedians, praga que anda grassando no Brasil.
O programa dele (The Noite, às 0h15 de segunda a sexta, na mesma emissora da intelectual Rachel Sheherazade) mimetiza o clássico talk show dos americanos. A grosseria intrínseca de uma personalidade doentia promete para ele um luminoso futuro na tevê.
Esta semana, de mobilização coletiva em torno do grandioso gesto antirracista do lateral Dani Alves, esse Gentili foi ironicamente beneficiado por um juiz carioca que o absolveu de uma injúria feita a um internauta negro. O objeto da injúria foi... uma banana. O meritíssimo não viu nada demais. No Brasil do doutor Pereira e desse Gentili, o racismo ainda é visto como uma piada.
A primeira vez que vi Danilo Gentili foi na noite em que Dilma Rousseff ganhou a eleição presidencial e, à saída da festa num hotel em Brasília, um repórter grandalhão e afoito, brandindo aquele microfone covarde do CQC, tentou acuar, humilhar e insultar o ex-presidente José Sarney, que deixava o recinto.
Houve um certo chega-pra-lá e ouvi o bisbilhoteiro bradar, é censura, é censura, enquanto tirava o time. Não senti o menor ímpeto de me solidarizar com o bobalhão. Sarney traz todos os pecados da oligarquia, mas merece respeito como ex-presidente e ser humano.
Como não sou assíduo do CQC, custei a descobrir o nome do indigitado. Percebo hoje que subiu na vida, ganhou programa próprio e status de instant celebrity. Inscreve-se, a si mesmo, na categoria dos stand-up comedians, praga que anda grassando no Brasil.
O programa dele (The Noite, às 0h15 de segunda a sexta, na mesma emissora da intelectual Rachel Sheherazade) mimetiza o clássico talk show dos americanos. A grosseria intrínseca de uma personalidade doentia promete para ele um luminoso futuro na tevê.
Esta semana, de mobilização coletiva em torno do grandioso gesto antirracista do lateral Dani Alves, esse Gentili foi ironicamente beneficiado por um juiz carioca que o absolveu de uma injúria feita a um internauta negro. O objeto da injúria foi... uma banana. O meritíssimo não viu nada demais. No Brasil do doutor Pereira e desse Gentili, o racismo ainda é visto como uma piada.
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