Por Altamiro Borges
O sempre suspeito Ibope antecipou a divulgação da sua pesquisa eleitoral, já que estranhamente ela vazou na coluna Radar, hospedada na tão suspeita revista Veja. O resultado deve atiçar os ânimos provocadores da oposição e da sua mídia. Ela aponta o crescimento de 3% das intenções de voto da presidenta Dilma Rousseff, que subiu de 37%, em abril, para 40%. Ela mostra também o crescimento de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, que subiu seis pontos (de 14% para 20%), e de Eduardo Campos, que cresceu cinco (de 6% para 11%). Para os velhos e novos oposicionistas, o problema é que, mantido este quadro, Dilma Rousseff pode vencer a eleição já no primeiro turno.
Aécio e Campos até tentaram disfarçar alegria com os números do Ibope. Mas a mídia amiga já emitiu o sinal de alerta. “Na simulação divulgada, Dilma venceria no primeiro turno, já que a somatória de todos os outros candidatos atinge 36%, contra 40% da presidente”, registrou a Folha. Segundo o jornalão tucano, o quadro eleitoral apontaria uma inflexão. “No começo de maio, a pesquisa Datafolha mostrou que a chance de a presidente Dilma vencer no primeiro turno havia diminuído devido ao crescimento das intenções de voto de Aécio Neves (PSDB-MG)”. No mesmo rumo, o Estadão destacou que “Dilma se recupera após propaganda”, mas ainda depositou suas fichas na possibilidade do segundo turno.
“A sequência de programas partidários na TV despertou mais eleitores para a eleição presidencial e derrubou a parcela de votos brancos e nulos, que estava no patamar mais alto da história recente. Última a aparecer na propaganda, Dilma Rousseff (PT) melhorou de 37% para 40% sua taxa de intenção de votos entre abril e maio, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira. Seus adversários diretos, porém, cresceram mais, o que eleva as chances de segundo turno”, afirma a reportagem assinada por José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti e Lucas de Abreu Maia. O problema, porém, que o PSDB e o PSB também exibiram recentemente suas propagandas eleitorais.
Para a oposição, seja a velhaca neoliberal ou a novata pragmática, o tempo corre. Ela sabe que precisa abortar o crescimento das intenções de voto em Dilma Rousseff antes do horário eleitoral gratuito de rádio e tevê. Com base nas alianças costuradas até agora, a presidenta terá quase metade do tempo de exibição neste período, o que lhe permitirá expor os avanços do seu governo e alertar a sociedade sobre os “fantasmas do passado”. A mídia oposicionista terá reduzido o seu espaço de manipulação da sociedade. Neste sentido, a tendência é que o resultado do Ibope atice ainda mais as ações provocadoras e desestabilizadores nas próximas semanas, que prometem fortes emoções.
Ao vazar os resultados da pesquisa na manhã desta quinta-feira, a coluna Radar da revista Veja já deu a senha: “De agora até o fim da Copa, é mais do que improvável que estes números mudem – exceto, claro, se acontecer algo muito significativo durante o evento. Ou seja, é com esses números que os três principais candidatos começarão a disputa em agosto, quando sobe a temperatura de campanha”. O que será que esta revista, um exemplo de neutralidade e imparcialidade, entende como “algo muito significativo durante” a Copa do Mundo? Até os mais ingênuos precisam ficar espertos nos próximos dias para não serem utilizados como massa de manobra da oposição de direita no Brasil.
*****
Leia também:
- A mídia e os dois Brasis
- O jornalismo "incomparável" de O Globo
- A mídia e a baderna organizada
- Anti-Copa e o antijornalismo
- Aécio Neves e a editora da Folha
O sempre suspeito Ibope antecipou a divulgação da sua pesquisa eleitoral, já que estranhamente ela vazou na coluna Radar, hospedada na tão suspeita revista Veja. O resultado deve atiçar os ânimos provocadores da oposição e da sua mídia. Ela aponta o crescimento de 3% das intenções de voto da presidenta Dilma Rousseff, que subiu de 37%, em abril, para 40%. Ela mostra também o crescimento de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, que subiu seis pontos (de 14% para 20%), e de Eduardo Campos, que cresceu cinco (de 6% para 11%). Para os velhos e novos oposicionistas, o problema é que, mantido este quadro, Dilma Rousseff pode vencer a eleição já no primeiro turno.
Aécio e Campos até tentaram disfarçar alegria com os números do Ibope. Mas a mídia amiga já emitiu o sinal de alerta. “Na simulação divulgada, Dilma venceria no primeiro turno, já que a somatória de todos os outros candidatos atinge 36%, contra 40% da presidente”, registrou a Folha. Segundo o jornalão tucano, o quadro eleitoral apontaria uma inflexão. “No começo de maio, a pesquisa Datafolha mostrou que a chance de a presidente Dilma vencer no primeiro turno havia diminuído devido ao crescimento das intenções de voto de Aécio Neves (PSDB-MG)”. No mesmo rumo, o Estadão destacou que “Dilma se recupera após propaganda”, mas ainda depositou suas fichas na possibilidade do segundo turno.
“A sequência de programas partidários na TV despertou mais eleitores para a eleição presidencial e derrubou a parcela de votos brancos e nulos, que estava no patamar mais alto da história recente. Última a aparecer na propaganda, Dilma Rousseff (PT) melhorou de 37% para 40% sua taxa de intenção de votos entre abril e maio, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira. Seus adversários diretos, porém, cresceram mais, o que eleva as chances de segundo turno”, afirma a reportagem assinada por José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti e Lucas de Abreu Maia. O problema, porém, que o PSDB e o PSB também exibiram recentemente suas propagandas eleitorais.
Para a oposição, seja a velhaca neoliberal ou a novata pragmática, o tempo corre. Ela sabe que precisa abortar o crescimento das intenções de voto em Dilma Rousseff antes do horário eleitoral gratuito de rádio e tevê. Com base nas alianças costuradas até agora, a presidenta terá quase metade do tempo de exibição neste período, o que lhe permitirá expor os avanços do seu governo e alertar a sociedade sobre os “fantasmas do passado”. A mídia oposicionista terá reduzido o seu espaço de manipulação da sociedade. Neste sentido, a tendência é que o resultado do Ibope atice ainda mais as ações provocadoras e desestabilizadores nas próximas semanas, que prometem fortes emoções.
Ao vazar os resultados da pesquisa na manhã desta quinta-feira, a coluna Radar da revista Veja já deu a senha: “De agora até o fim da Copa, é mais do que improvável que estes números mudem – exceto, claro, se acontecer algo muito significativo durante o evento. Ou seja, é com esses números que os três principais candidatos começarão a disputa em agosto, quando sobe a temperatura de campanha”. O que será que esta revista, um exemplo de neutralidade e imparcialidade, entende como “algo muito significativo durante” a Copa do Mundo? Até os mais ingênuos precisam ficar espertos nos próximos dias para não serem utilizados como massa de manobra da oposição de direita no Brasil.
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4 comentários:
Pronto, Dilma ganhando teremos mais 4 anos de assistencialismo. Passaremos de 60 milhoes para 80 milhoes de beneficiários do assistencialismo governamental. Mas é isso que os "cumpanheiros" querem, o povo enchendo o bucho às custas do dinheiro dos outros......
Tanto o Ibope como o Datafolha não têm nenhuma credibilidade. Seus números precisam ser analisados com muito cuidado.
A Dilma deve estar beirando os 45 % e o Aécio não passa de 17 %. O Eduardo deve estar com 9 ou 10 %.
A vergonha maior é o JN nunca divulgar a pesquisa do Ibope contratada por eles, quando a Dilma está na frente. Isso é jornalismo isento e livre ???!!!
Para mim, o vazamento da pesquisa no Radar, da Veja, não foi gratuito. Quis tirar o impacto da subida da Dilma e evitar que a pesquisa fosse anunciada em primeira mão pelo PIG televisivo. Isso explica o fato de o Jornal Nacional não ter mencionado a parte principal da pesquisa.
Ótimo conteúdo camarada.
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