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Essa briga eu vou assistir comendo pipocas! Caiu a ficha em Marina Silva de que a sua presença na campanha presidencial tem como objetivo, para a mídia, apenas produzir um segundo turno.
Não há interesse em deixar que o PSB tome o lugar dos tucanos como principal força de oposição ao PT. A direita quer, aí sim, que o PSB se alie ao PSDB, servindo de linha auxiliar no primeiro turno e de um aliado entusiástico no segundo.
Marina percebeu ainda que a tendência, até o momento, é que ela e Campos sejam marginalizados. Sem tempo de TV, e com uma presença na internet muito menor do que se alardeava, PSB e Rede precisam, mais que tudo, da grande mídia. Essa é a provável razão de posicionamentos cada vez mais pró-mercado de Campos, às vezes mais liberais que os neoliberais, como a defesa da autonomia do Banco Central, rechaçada até mesmo pela Febrapan. No entanto, a grande mídia está fechada com o PSDB, legenda com a qual a mídia tem relação orgânica. Não se sabe se os jornalões são o braço midiático do PSDB ou se o PSDB é um braço político da mídia.
Não resta outra saída para Marina e Campos senão bater no PSDB, para despertar o eleitorado crítico ao tucanato e disputar uma vaga no segundo turno. O antipetismo duro, radicalizado, vota no PSDB, então não adianta apenas bater no PT, porque eles dificilmente herdarão esses votos. Eles tem que bater no PSDB, para acender também o anti-tucanismo, e pegar voto dos que não querem tucanos.
Com PSDB e PSB brigando, Dilma, por sua vez, ganha um pouco de tempo e espaço para respirar.
*****
Marina diz que Aécio quer transformar Campos em linha auxiliar do PSDB
POR RODRIGO RODRIGUES, no Terra Magazine
A ex-senadora Marina Silva (Rede) rebateu nesta sexta-feira (09) as declarações de Aécio Neves que recomendou a ela “humildade” por declarar que o tucano sairá perdedor no segundo turno, caso dispute com Dilma Rousseff (PT) a cadeira de presidente.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Aécio afirmou que Marina não pode “dividir a oposição e fazer o jogo do PT”.
Para Marina, Aécio é quem sofre de falta de humildade, ao querer transformar as outras candidaturas presidenciais em “linha auxiliar da campanha dele”.
“O PSDB e o PT são forças tão poderosas que acham que já tem até o direito de ganhar eleição sem disputar. Só que precisam combinar isso com o eleitor”, ironizou Marina Silva. “Humildade não é só discurso, é postura. Se ele {Aécio} tivesse colocado isso em prática, não estaria tentando tratar as outras candidaturas apenas como linha auxiliar da candidatura dele, como se já tivesse no segundo turno”, rebateu.
A vice de Campos na chapa do PSB-Rede afirma que os adversários precisam dar importância ao debate de ideias do primeiro turno e dialogar de verdade com o eleitor, sem uso de máquina partidária e salto alto.
“A nenhum de nós é dado o direito de querer transformar as demais candidaturas em linha auxiliar da sua. É muito fácil os dois barrancos – que tentam confinar as eleições e a disputa eleitoral em apenas duas opções, ficarem dizendo que a água que tenta cavar o seu leito está sendo arrogante. As margens é que tentam nos barrar de caminhar na nossa jornada. Como gotas d’água, nós estamos apenas querendo nosso direito natural de fazer o próprio caminho”, filosofou a ex-senadora petista.
Marina participou ao lado de Eduardo Campos de uma reunião do PSB-Rede para tratar do programa de governo dos dois na área de energia elétrica. O evento aconteceu no Itaim Bibi, em São Paulo, onde os dois ouviram pedidos de entidades do setor e traçaram planos de atuação no setor.
Não há interesse em deixar que o PSB tome o lugar dos tucanos como principal força de oposição ao PT. A direita quer, aí sim, que o PSB se alie ao PSDB, servindo de linha auxiliar no primeiro turno e de um aliado entusiástico no segundo.
Marina percebeu ainda que a tendência, até o momento, é que ela e Campos sejam marginalizados. Sem tempo de TV, e com uma presença na internet muito menor do que se alardeava, PSB e Rede precisam, mais que tudo, da grande mídia. Essa é a provável razão de posicionamentos cada vez mais pró-mercado de Campos, às vezes mais liberais que os neoliberais, como a defesa da autonomia do Banco Central, rechaçada até mesmo pela Febrapan. No entanto, a grande mídia está fechada com o PSDB, legenda com a qual a mídia tem relação orgânica. Não se sabe se os jornalões são o braço midiático do PSDB ou se o PSDB é um braço político da mídia.
Não resta outra saída para Marina e Campos senão bater no PSDB, para despertar o eleitorado crítico ao tucanato e disputar uma vaga no segundo turno. O antipetismo duro, radicalizado, vota no PSDB, então não adianta apenas bater no PT, porque eles dificilmente herdarão esses votos. Eles tem que bater no PSDB, para acender também o anti-tucanismo, e pegar voto dos que não querem tucanos.
Com PSDB e PSB brigando, Dilma, por sua vez, ganha um pouco de tempo e espaço para respirar.
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Marina diz que Aécio quer transformar Campos em linha auxiliar do PSDB
POR RODRIGO RODRIGUES, no Terra Magazine
A ex-senadora Marina Silva (Rede) rebateu nesta sexta-feira (09) as declarações de Aécio Neves que recomendou a ela “humildade” por declarar que o tucano sairá perdedor no segundo turno, caso dispute com Dilma Rousseff (PT) a cadeira de presidente.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Aécio afirmou que Marina não pode “dividir a oposição e fazer o jogo do PT”.
Para Marina, Aécio é quem sofre de falta de humildade, ao querer transformar as outras candidaturas presidenciais em “linha auxiliar da campanha dele”.
“O PSDB e o PT são forças tão poderosas que acham que já tem até o direito de ganhar eleição sem disputar. Só que precisam combinar isso com o eleitor”, ironizou Marina Silva. “Humildade não é só discurso, é postura. Se ele {Aécio} tivesse colocado isso em prática, não estaria tentando tratar as outras candidaturas apenas como linha auxiliar da candidatura dele, como se já tivesse no segundo turno”, rebateu.
A vice de Campos na chapa do PSB-Rede afirma que os adversários precisam dar importância ao debate de ideias do primeiro turno e dialogar de verdade com o eleitor, sem uso de máquina partidária e salto alto.
“A nenhum de nós é dado o direito de querer transformar as demais candidaturas em linha auxiliar da sua. É muito fácil os dois barrancos – que tentam confinar as eleições e a disputa eleitoral em apenas duas opções, ficarem dizendo que a água que tenta cavar o seu leito está sendo arrogante. As margens é que tentam nos barrar de caminhar na nossa jornada. Como gotas d’água, nós estamos apenas querendo nosso direito natural de fazer o próprio caminho”, filosofou a ex-senadora petista.
Marina participou ao lado de Eduardo Campos de uma reunião do PSB-Rede para tratar do programa de governo dos dois na área de energia elétrica. O evento aconteceu no Itaim Bibi, em São Paulo, onde os dois ouviram pedidos de entidades do setor e traçaram planos de atuação no setor.
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