Por Pedro Luiz Teixeira de Camargo (Peixe), no site Vermelho:
No último sábado, dia 24 de maio, toda a imprensa parou para cobrir a final da Copa dos Campeões da Europa, a chamada Champions Cup. Um belo jogo onde se teve até gol espírita aos 48 minutos da segunda etapa levando o jogo para a prorrogação. Somado ao desgaste físico do Atlético e ao peso da camisa do Real Madrid em decisões, vimos a equipe branca da capital espanhola levantar sua décima taça desta competição, credenciando os merengues a participarem do Mundial de Clubes da Fifa.
Entretanto, um fato mais curioso que a chegada do time treinado por Simeone a esta final me chamou a atenção durante a semana que antecedeu esta partida: o comportamento da imprensa esportiva brasileira.
Assim como muitos brasileiros e brasileiros sofrem do complexo de vira-latas (eternizado por Nélson Rodrigues) também a mídia e seus cronistas de futebol (em sua maioria) parecem ter os mesmos sintomas desta “doença”.
O local que abrigou a final, o famoso estádio da Luz de Portugal, reconstruído para a Eurocopa de 2003, foi saudado aos quatro ventos como exemplo do que há de mais moderno! Entretanto, a maior parte destes mesmos cronistas, não disse que os novos estádios brasileiros são mais modernos que este local. Aí eu me pergunto: Por que omitiram esta informação? Porque somente no Programa do polêmico Neto, no Bandsports vimos de maneira clara às comparações entre esta arena esportiva e as nossas?
Outro exemplo de subserviência esportiva, que poderíamos pensar como outra modalidade de neocolonialismo cultural, o neocolonialismo futebolístico, também pôde ser notado ao longo da semana que antecedeu a este jogo.
Nenhum dos comentaristas que lá estavam, ousaram comentar sobre as promiscuas relações entre a direção de grandes clubes europeus com a Máfia Europeia (como o Milan da Itália e seu chefão Sílvio Berlusconi) ou mesmo sobre as difíceis condições econômicas vividas pela classe trabalhadora tanto em Portugal, sede da final, como na Espanha, país de onde vieram os dois finalistas.
Cabe destacar ainda a surpresa com que observaram que também lá, no dito 1° Mundo existiam cambistas! O jornalista que o abordou parecia estar vendo um marciano, tamanho o Complexo de Inferioridade que se portava durante a entrevista.
É inegável que o futebol europeu, possui um poderio econômico maior que o nosso, mas por que não se investiga sobre os investidores obscuros de times até então medianos, como PSG, Mônaco e Chelsea, ou ainda sobre a situação do Málaga da Espanha, que de novo rico, passou a clube falido em apenas duas temporadas?
Pois bem, a resposta é simples, lá como cá, o futebol ainda é governado por pessoas de passado e presente duvidosos, muitos, inclusive, possuindo relações estreitas com empresários e políticos corruptos, ou seja, não é exclusividade da CBF ou do futebol brasileiro tantos problemas organizacionais extra campo...
Temos muito que melhorar, especialmente no quesito violência nos estádios e calendário, afinal de contas não faz sentido sermos o único país do mundo a não seguir o calendário da bola, perdendo muitos jogadores durante o fim do primeiro semestre, que deveria ser o fim da competição nacional.
Enfim, mudanças precisam ser feitas, mas a estrutura é semelhante, até mesmo no quesito transparência, pois tanto a Uefa como a Conmebol, pecam muito em suas prestações de contas...
Mas, a pergunta que não quer calar é: Por que os nossos locutores e comentaristas não mostraram a verdadeira Europa? Por que ficar nos reduzindo a sub colônias futebolísticas?
Tá na hora do Ministério da Saúde desenvolver uma vacina anti Complexo de Vira Lata, pois, sinceramente, com esta mídia subserviente, anda ficando cada vez mais chato se assistir futebol...
No último sábado, dia 24 de maio, toda a imprensa parou para cobrir a final da Copa dos Campeões da Europa, a chamada Champions Cup. Um belo jogo onde se teve até gol espírita aos 48 minutos da segunda etapa levando o jogo para a prorrogação. Somado ao desgaste físico do Atlético e ao peso da camisa do Real Madrid em decisões, vimos a equipe branca da capital espanhola levantar sua décima taça desta competição, credenciando os merengues a participarem do Mundial de Clubes da Fifa.
Entretanto, um fato mais curioso que a chegada do time treinado por Simeone a esta final me chamou a atenção durante a semana que antecedeu esta partida: o comportamento da imprensa esportiva brasileira.
Assim como muitos brasileiros e brasileiros sofrem do complexo de vira-latas (eternizado por Nélson Rodrigues) também a mídia e seus cronistas de futebol (em sua maioria) parecem ter os mesmos sintomas desta “doença”.
O local que abrigou a final, o famoso estádio da Luz de Portugal, reconstruído para a Eurocopa de 2003, foi saudado aos quatro ventos como exemplo do que há de mais moderno! Entretanto, a maior parte destes mesmos cronistas, não disse que os novos estádios brasileiros são mais modernos que este local. Aí eu me pergunto: Por que omitiram esta informação? Porque somente no Programa do polêmico Neto, no Bandsports vimos de maneira clara às comparações entre esta arena esportiva e as nossas?
Outro exemplo de subserviência esportiva, que poderíamos pensar como outra modalidade de neocolonialismo cultural, o neocolonialismo futebolístico, também pôde ser notado ao longo da semana que antecedeu a este jogo.
Nenhum dos comentaristas que lá estavam, ousaram comentar sobre as promiscuas relações entre a direção de grandes clubes europeus com a Máfia Europeia (como o Milan da Itália e seu chefão Sílvio Berlusconi) ou mesmo sobre as difíceis condições econômicas vividas pela classe trabalhadora tanto em Portugal, sede da final, como na Espanha, país de onde vieram os dois finalistas.
Cabe destacar ainda a surpresa com que observaram que também lá, no dito 1° Mundo existiam cambistas! O jornalista que o abordou parecia estar vendo um marciano, tamanho o Complexo de Inferioridade que se portava durante a entrevista.
É inegável que o futebol europeu, possui um poderio econômico maior que o nosso, mas por que não se investiga sobre os investidores obscuros de times até então medianos, como PSG, Mônaco e Chelsea, ou ainda sobre a situação do Málaga da Espanha, que de novo rico, passou a clube falido em apenas duas temporadas?
Pois bem, a resposta é simples, lá como cá, o futebol ainda é governado por pessoas de passado e presente duvidosos, muitos, inclusive, possuindo relações estreitas com empresários e políticos corruptos, ou seja, não é exclusividade da CBF ou do futebol brasileiro tantos problemas organizacionais extra campo...
Temos muito que melhorar, especialmente no quesito violência nos estádios e calendário, afinal de contas não faz sentido sermos o único país do mundo a não seguir o calendário da bola, perdendo muitos jogadores durante o fim do primeiro semestre, que deveria ser o fim da competição nacional.
Enfim, mudanças precisam ser feitas, mas a estrutura é semelhante, até mesmo no quesito transparência, pois tanto a Uefa como a Conmebol, pecam muito em suas prestações de contas...
Mas, a pergunta que não quer calar é: Por que os nossos locutores e comentaristas não mostraram a verdadeira Europa? Por que ficar nos reduzindo a sub colônias futebolísticas?
Tá na hora do Ministério da Saúde desenvolver uma vacina anti Complexo de Vira Lata, pois, sinceramente, com esta mídia subserviente, anda ficando cada vez mais chato se assistir futebol...
Eu acho que sofro desse complexo. Meus pais (brasileiros) fizeram um sacrificio violento para que eu estudasse na escola panamericana desde cedo, eu só vejo tv a cabo, há dez anos que só passo férias (qdo o dinheiro ajuda) nos EUA, não consigo me empolgar pela seleção brasileira, pelo cinema brasileiro ou por sua literatura. Devo ser um coitado no pensamento socialista....
ResponderExcluirMiro.
ResponderExcluirA vacina para acabar com o complexo de vira latas seria aquela que controlasse o PIG!!!
Jairo.
Excelente texto. Para complementar queria mencionar a empolgaçao com que esses jogos são narrados(parece que estão assistindo a uma grande maravilha), sem falar que muitos jogadores comuns por aqui são tratados como grandes craques quando jogam por lá.
ResponderExcluirMuito bom texto Altamiro! Parabéns!
ResponderExcluirAgora, em relação à Copa no Brasil dá um lida neste texto, abaixo! Acho que vai gostar!
Informação nua e crua, veja foto em anexo, é o que faz uma democracia de verdade e nos faz exercer a autêntica cidadania!
Vejam aí os custos reais das últimas Copas do Mundo - 2002 - 2006 - 2010 e 2014, por cadeira / torcedor em estádios, sendo isto é o que interessa e mede realmente o quanto se aplicou em cada novo estádio, ou grande reforma, e se está dentro dos padrões internacionais de referência, em dólar anualizado!
Percebam que somente a Alemanha teve custos menores, sendo que já tinha estádios modernos, pela sua riqueza e tradição, e por já ter realizado uma Copa recentemente em 1974. Portanto tinha uma estrutura já preparada e com certo padrão de qualidade.
Os custos da Copa do Brasil em construção e grandes reformas em Estádios, que eram todos de baixo padrão e sem assentos decentes, ficaram na média das últimas Copas da Córeia / Japão e da África do Sul, e pelo que estamos vendo muito mais bonitos, luxuosos, tecnologicamente mais modernos, e com capacidade de abrigar torcedores bem maior!
Em resumo - em forma didática na foto em anexo:
- média FIFA : U$ 5.200 por assento / torcedor
- 2002 - Coréia / Japão: U$ 5.500 por assento / torcedor
- 2006 - Alemanha: U$ 3.700 por assento / torcedor
- 2010 - África do Sul: U$ 5.700 por assento / torcedor
- 2014 - Brasil: U$ 5.900 por assento / torcedor
Mais informações sobre as Copas e outros temas sócio econômicos, vá em:
- http://brasilfatosedados.wordpress.com/
Peixe Peixe Peixe Romário que o diga, Aldo Rebelo também, que esporte antes de integração, saúde, lazer e educação, é, paixão! Também para a maioria dos brasileiros.
ResponderExcluirSenhor Pedro Luiz Teixeira de Camargo do site Vermelho. Este seu artigo me faz perguntar por onde anda a cabeça de Aldo Rebelo, Manuela D´Ávila, Demóstenes Queiroz, o próprio Altamiro Borges que aqui replica seu artigo e tantos outros nomes que reconstruíram e fortaleceram o PCdoB na base da tolerância, do respeito às diversidades e principalmente na diplomacia e paz. Para não corrigirem o que destrói por completo o que há de mais precioso em seu artigo, os benefícios da Copa do Mundo e Olimpíadas para o Brasil como foi e é para qualquer país de nosso planeta. Por isto tão disputadíssimas as suas realizações por todas as nações.
Existe uma forma diplomática para combater a desconstrução das realizações destes eventos em nosso país por questões políticas.
Como Aldo Rebelo categoricamente respondeu as críticas do Ronaldo Fenômeno sem ofensas, ou seja, combateu a desconstrução com a construção, diplomaticamente. Não de Ronaldo Fenômeno, porque como disse antes creio que seu comentário foi como o de muitos outros torcedores mais afoitos da seleção brasileira vêm fazendo. A partir do momento em que o prazo da realização deste evento se aproxima e temem por sua imperfeição, alguns chegando a sequer admitir que a seleção brasileira possa não ser o seu campeão. Obviamente que Ronaldo Fenômeno no cargo que ocupa na FIFA para esta copa do mundo vacilou, faltou experiência como um diplomata que representa para o futebol mundial, como um tanto de tato político internacional ao tecer um comentário que denigra a imagem de seu próprio país. Por sabermos que se trata de um jogador de futebol que tanto fez pelo futebol brasileiro no Brasil e exterior, por paixão. Temos a obrigação de relevar as suas ingênuas palavras que foram contra tudo o que ele representa.
Quanto à algumas das grandes mídias, que inclusive serão das que mais se beneficiarão destes eventos, suas campanhas políticas contra não são e nuca deixaram de ser ingênuas ou inocentes. Mas também merecem concorrência a altura, na diplomacia.
Repetindo o que venho falando há tempos, com o governo investindo em todo tipo de mídias para disponibilizá-las à população sem a burocratização que tanto emperra o pouco de chance que ainda nos resta para estes seguimentos, exigindo para quem ainda belisca uma fatia deste mini-bolo, muito investimento para a maioria de recursos técnicos, humanos e disposição de sobras, mas de financeiros pouco ou muito pouco para o que este processo exige.
E isto pode e deve ser feito já, com um projeto de lei apresentado ao congresso nacional em no máximo quinze dias. E o povo terá vez e voz.
Do contrário todos os avanços da esquerda, tanto para as classes mais baixas e para as classes médias altas e altas (milionárias) que nunca na história deste país (olha o Lula aí!) ganharam tanto dinheiro.
Os espetáculos Copa do Mundo e Olimpíadas do Brasil se comparados aos de outros países. Receberam poucos investimentos até o momento e cabe ao governo federal ignorar as críticas e campanhas político partidárias contra. E investir mais, principalmente em propaganda para a divulgação das riquezas principalmente culturais e turísticas de nossa nação para todo o planeta.
Chega de complexo de Vira-latas também como argumentos de construção.
Vamos avançar, sabiamente, diplomaticamente e na paz.
José da Mota