Por Antonio Lassance, no site Carta Maior:
A última pesquisa Ibope (maio 2014) mostrou que Dilma voltou a crescer, continua tendo chances de vitória no primeiro turno e, se houver segundo turno, enfrentaria um candidato "com o cheiro da derrota" - para usarmos a expressão de Marina Silva que, pelas pesquisas, serve tanto para Aécio quanto para a sua candidatura do PSB, com Eduardo Campos.
O mais significativo resultado foi que Dilma demonstrou ter reagido ao arrastão partidário-midiático que se fez contra ela e interrompeu a tendência de queda que a acompanhava até então.
Sua reação começou com o pronunciamento para o 1° de maio. A defesa da política social como eixo do desenvolvimento voltou a falar mais alto no discurso presidencial do que a pauta reativa. Depois, as aparições no programa partidário do PT e a propaganda dos "Fantasmas do Passado" também ajudaram.
A pauta partidário-midiática está se consolidando em torno de quatro pontos cardeais para a campanha: Copa, inflação, Petrobrás e antipetismo.
De agora até as eleições, além de redirecionar o eixo do debate, o desafio da presidenta é administrar bem os riscos em torno de cada uma dessas questões. Isso equilibraria o jogo.
Com a política, os políticos e os partidos em baixa na visão do eleitorado, a campanha deste ano tende a ser uma disputa entre rejeições - fator que deve pesar em maior medida agora que nas anteriores.
Mais que Dilma, é Lula quem deve partir para o ataque e fazer a diferenciação com os outros candidatos.
O papel de Dilma é o de assumir compromissos com mudanças, apontar rumos e dizer o que e como pretende fazer diferente. Mostrar que pode realizar um governo melhor, como Lula conseguiu, em seu segundo mandato, após superar as dificuldades de seus primeiros quatro anos, é um bom mote para a própria Dilma.
Será de Lula o papel de mostrar quem são os outros. Não necessariamente falar mal dos demais candidatos - isso também -, mas deixar claro quem e o que eles representam.
Em maio, Lula já se mostrou um fator decisivo. O mês marcou o início de uma maior exposição do ex-presidente. Ele viajou mais, falou mais, cutucou mais os adversários. Reforçou que a decisão do PT por Dilma está tomada e não se fala mais nisso. Limpou a área.
A partir do final de junho, quando a candidatura Dilma estiver sacramentada, Lula terá que reeditar quase o mesmo papel que cumpriu em 2010, ou seja, colocar o modo lulista de de fazer política em campo e mostrar que ainda há mais por fazer, e que Dilma é a mais qualificada dentre os candidatos.
É tudo o que Dilma precisa e a oposição não quer: que esta seja, de novo, uma campanha lulista.
A tarefa de Lula não será apenas a de ser o grande puxador de votos de Dilma e dos demais candidatos do PT. Será a de favorecer que a candidatura Dilma adquira um caráter diferente para um segundo mandato.
Diferentemente de 2010, Lula não está no cargo de presidente e o quadro conjuntural é outro, bem mais complicado.
Mesmo assim, o tempo passa, o tempo voa e Lula continua sendo essa figura decisiva na política nacional, não apenas na hora de conquistar votos, mas para empurrar o País na direção de mudanças.
A última pesquisa Ibope (maio 2014) mostrou que Dilma voltou a crescer, continua tendo chances de vitória no primeiro turno e, se houver segundo turno, enfrentaria um candidato "com o cheiro da derrota" - para usarmos a expressão de Marina Silva que, pelas pesquisas, serve tanto para Aécio quanto para a sua candidatura do PSB, com Eduardo Campos.
O mais significativo resultado foi que Dilma demonstrou ter reagido ao arrastão partidário-midiático que se fez contra ela e interrompeu a tendência de queda que a acompanhava até então.
Sua reação começou com o pronunciamento para o 1° de maio. A defesa da política social como eixo do desenvolvimento voltou a falar mais alto no discurso presidencial do que a pauta reativa. Depois, as aparições no programa partidário do PT e a propaganda dos "Fantasmas do Passado" também ajudaram.
A pauta partidário-midiática está se consolidando em torno de quatro pontos cardeais para a campanha: Copa, inflação, Petrobrás e antipetismo.
De agora até as eleições, além de redirecionar o eixo do debate, o desafio da presidenta é administrar bem os riscos em torno de cada uma dessas questões. Isso equilibraria o jogo.
Com a política, os políticos e os partidos em baixa na visão do eleitorado, a campanha deste ano tende a ser uma disputa entre rejeições - fator que deve pesar em maior medida agora que nas anteriores.
Mais que Dilma, é Lula quem deve partir para o ataque e fazer a diferenciação com os outros candidatos.
O papel de Dilma é o de assumir compromissos com mudanças, apontar rumos e dizer o que e como pretende fazer diferente. Mostrar que pode realizar um governo melhor, como Lula conseguiu, em seu segundo mandato, após superar as dificuldades de seus primeiros quatro anos, é um bom mote para a própria Dilma.
Será de Lula o papel de mostrar quem são os outros. Não necessariamente falar mal dos demais candidatos - isso também -, mas deixar claro quem e o que eles representam.
Em maio, Lula já se mostrou um fator decisivo. O mês marcou o início de uma maior exposição do ex-presidente. Ele viajou mais, falou mais, cutucou mais os adversários. Reforçou que a decisão do PT por Dilma está tomada e não se fala mais nisso. Limpou a área.
A partir do final de junho, quando a candidatura Dilma estiver sacramentada, Lula terá que reeditar quase o mesmo papel que cumpriu em 2010, ou seja, colocar o modo lulista de de fazer política em campo e mostrar que ainda há mais por fazer, e que Dilma é a mais qualificada dentre os candidatos.
É tudo o que Dilma precisa e a oposição não quer: que esta seja, de novo, uma campanha lulista.
A tarefa de Lula não será apenas a de ser o grande puxador de votos de Dilma e dos demais candidatos do PT. Será a de favorecer que a candidatura Dilma adquira um caráter diferente para um segundo mandato.
Diferentemente de 2010, Lula não está no cargo de presidente e o quadro conjuntural é outro, bem mais complicado.
Mesmo assim, o tempo passa, o tempo voa e Lula continua sendo essa figura decisiva na política nacional, não apenas na hora de conquistar votos, mas para empurrar o País na direção de mudanças.
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