Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:
As recentes eleições para o Parlamento Europeu apontam as tendências políticas no velho continente, em meio à crise econômica e ao desastre social decorrente das medidas antipopulares adotadas por todos os governos.Três fenômenos se sobressaem:
A ascensão dos partidos de extrema-direita, sobretudo da Frente Nacional, que se tornou, pela primeira vez, a legenda mais votada na França; O avanço, em alguns países, de partidos que representam a oposição de esquerda ao neoliberalismo; O declínio de poderosos partidos social-democratas que abriram mão de resistir à atual ofensiva contra os salários e as conquistas sociais.
A extrema-direita foi quem mais se beneficiou do voto de protesto. É um balaio de gatos que inclui desde gruposnazistas até partidos totalmente imersos no jogo institucional. Em comum, apresentam o ódio aos imigrantes(negros e árabes, em especial), apontados como bodeexpiatório pelas agruras econômicas, e o repúdio à União Europeia, formulado em termos nacionalistas.Além da França, a extrema-direita teve bons resultados na Inglaterra, Dinamarca, Bélgica, Áustria e Holanda. O risco, agora, é que esse avanço eleitoral venha deslocar o eixo político nesses países, empurrando ainda mais para a direita os conservadores tradicionais.
No campo da esquerda, destaca-se o caso da Grécia, único país onde a oposição radical ao neoliberalismo ficou em primeiro lugar. O partido Syriza alcançou 26,5% dos votos, resultado ainda mais significativo quando se considera que o Partido Comunista recebeu outros 6%. Na Espanha, a Esquerda Unida (liderada pelos comunistas)recebeu 10% da votação e a novidade foi o bom desempenho(8%) da nova agremiação Podemos, formada a partir dos famosos protestos dos “indignados”.
Quem mais perdeu foram alguns dos grandes partidos social-democratas, como o francês, o espanhol e os trabalhistas ingleses. Essas forças de centro-esquerda há décadas compartilham com os conservadores o centro político da Europa e, na crise, aderiram à chamada “austeridade”.O desafio de uma verdadeira esquerda é ganhar a confiança das massas de trabalhadores que sofrem com a regressão neoliberal e, ao mesmo tempo, enfrentar a ofensiva de uma extrema-direita demagógica, racista e autoritária.
As recentes eleições para o Parlamento Europeu apontam as tendências políticas no velho continente, em meio à crise econômica e ao desastre social decorrente das medidas antipopulares adotadas por todos os governos.Três fenômenos se sobressaem:
A ascensão dos partidos de extrema-direita, sobretudo da Frente Nacional, que se tornou, pela primeira vez, a legenda mais votada na França; O avanço, em alguns países, de partidos que representam a oposição de esquerda ao neoliberalismo; O declínio de poderosos partidos social-democratas que abriram mão de resistir à atual ofensiva contra os salários e as conquistas sociais.
A extrema-direita foi quem mais se beneficiou do voto de protesto. É um balaio de gatos que inclui desde gruposnazistas até partidos totalmente imersos no jogo institucional. Em comum, apresentam o ódio aos imigrantes(negros e árabes, em especial), apontados como bodeexpiatório pelas agruras econômicas, e o repúdio à União Europeia, formulado em termos nacionalistas.Além da França, a extrema-direita teve bons resultados na Inglaterra, Dinamarca, Bélgica, Áustria e Holanda. O risco, agora, é que esse avanço eleitoral venha deslocar o eixo político nesses países, empurrando ainda mais para a direita os conservadores tradicionais.
No campo da esquerda, destaca-se o caso da Grécia, único país onde a oposição radical ao neoliberalismo ficou em primeiro lugar. O partido Syriza alcançou 26,5% dos votos, resultado ainda mais significativo quando se considera que o Partido Comunista recebeu outros 6%. Na Espanha, a Esquerda Unida (liderada pelos comunistas)recebeu 10% da votação e a novidade foi o bom desempenho(8%) da nova agremiação Podemos, formada a partir dos famosos protestos dos “indignados”.
Quem mais perdeu foram alguns dos grandes partidos social-democratas, como o francês, o espanhol e os trabalhistas ingleses. Essas forças de centro-esquerda há décadas compartilham com os conservadores o centro político da Europa e, na crise, aderiram à chamada “austeridade”.O desafio de uma verdadeira esquerda é ganhar a confiança das massas de trabalhadores que sofrem com a regressão neoliberal e, ao mesmo tempo, enfrentar a ofensiva de uma extrema-direita demagógica, racista e autoritária.
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