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A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (6) trouxe um dado bastante preocupante para Aécio Neves, o cambaleante candidato do PSDB – que a Folha tucana preferiu esconder bem escondidinho. Ela confirma que o ex-presidente FHC, tão bajulado pela mídia privada e maior apoiador do senador mineiro, assusta os eleitores. Apenas 12% dos entrevistados afirmam que votariam num candidato sugerido pelo guru dos tucanos. Pior ainda: 57% garantem que não votariam em alguém apoiado por FHC, o que o torna o político campeão no quesito de rejeição. Será que agora Aécio vai sumir com o seu padrinho, como já fizeram José Serra e Geraldo Alckmin nas três últimas eleições presidenciais?
No critério do político mais influente, Lula segue imbatível. Meio a contragosto, a Folha registrou sua força, mesmo evitando dar à notícia o título da matéria. “O ex-presidente Lula, o principal cabo eleitoral pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, continua liderando o ranking de influência. Hoje, 36% dizem que ‘com certeza’ votariam em alguém apoiado pelo petista (taxa ligeiramente maior que o atual desempenho de Dilma em intenções de voto, 34%). Outros 24% afirmam que ‘talvez’ votassem em alguém indicado por Lula”. A novidade do “Datafalha” é que Joaquim Barbosa, ainda presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), aparece como o segundo voto mais influente da eleição de outubro.
Esperançosa, a Folha oposicionista não escondeu sua alegria. “Se quiser, Joaquim Barbosa poderá ter papel de grande peso nas eleições deste ano. Mesmo sem ser candidato. O levantamento do Datafolha mostra que o magistrado seria a segunda personalidade mais influente da eleição, atrás apenas do ex-presidente Lula. Estimulados pelo instituto, 26% dos eleitores afirmam que ‘com certeza’ votariam num candidato indicado por Barbosa. Além disso, outros 26% dizem que ‘talvez’ pudessem votar em alguém apoiado por ele... Desde a redemocratização do país, em 1985, é difícil lembrar outra personalidade do Poder Judiciário que tenha alcançado qualquer projeção política comparável à de Barbosa”.
Na semana passada, o atual presidente do STF anunciou – para a tristeza dos direitistas – que iria renunciar ao seu cargo e que pretendia tirar uns meses de descanso no seu luxuoso apartamento em Miami (EUA). A pesquisa Datafolha talvez altere seus planos. Astro principal do midiático julgamento do “mensalão do PT”, ele talvez seja a única salvação para velhos e novos oposicionistas. Segunda a Folha, “os principais adversários de Dilma já demonstraram interesse em atrair Barbosa”. Ele não pode ser candidato, já que o prazo de filiação partidária, condição obrigatória para disputar as eleições, expirou. Mas pode voltar a ocupar os holofotes midiáticos no apoio a algum oposicionista. Aécio e Campos estão ansiosos!
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