Por Iago Montalvão, no site da UJS:
Na Inglaterra, austeridade, no Brasil, emprego. No último sábado (21/06) cerca de 50 mil pessoas marcharam pelo centro de Londres, em pauta estava o protesto contra as políticas de austeridade que vem sendo apresentadas pelo governo britânico como uma saída para a crise financeira, retirando direitos dos trabalhadores em troca do pagamento das dívidas públicas e dos banqueiros.
Enquanto no Brasil vivemos em uma situação de quase pleno emprego e as pessoas foram às ruas em centenas de milhares para pedir a ampliação de direitos, na Europa o desemprego só cresce e se torna cada vez mais constante a luta pela não retirada de direitos já conquistados.
Infelizmente não podemos constatar esse tipo de notícia, ou pelo menos não dessa maneira, nos mecanismos mais acessíveis à grande maioria da população brasileira, a grande mídia, que dominada por oligopólios, que além de sustentarem e disseminarem através do controle da informação o seu próprio projeto conservador, estão relacionados e são diretamente financiados pela elite financeira e por isso representam seus interesses.
Mas uma notícia como essa, que sinaliza a indignação de uma parcela bem representativa da população britânica, demonstra como mesmo, ou, sobretudo, nos países mais desenvolvidos os trabalhadores vêm sofrendo pelas perdas do mercado financeiro. Retira-se direitos para investir no pagamento dos banqueiros, que não chega sequer próximo ao que vimos no Brasil nos últimos anos, que fez cortes no orçamento praticamente insignificantes para superar a crise se comparados às medidas desses outros países, optando pela saída do aumento do nível de consumo e concessão de crédito.
Pra mim isso só reforça duas questões importantes para o avanço do nosso país:
1- É necessário criar uma ferramenta de regulação da mídia pelo poder público, tendo em vista que esses veículos se utilizam de concessões públicas para transmissão, mas sequer tem o compromisso com a verdade, utilizando desses meios para construir falsos consensos – até porque não se tem democracia no acesso à informação e em sua própria transmissão – e de forma seletiva e manipuladora, transmitir apenas informações que beneficiem suas relações e projetos políticos.
2- Precisamos combater o “complexo de vira-lata” e esse sentimento negativista acerca do Brasil, da política e do povo brasileiro. Defender o desenvolvimento e a soberania de nosso país é ser nacionalista, e de forma alguma pressupõe um antagonismo à solidariedade internacional e à defesa da liberdade dos povos de todo mundo contra a opressão e o imperialismo. Mas uma notícia como essa afirma que o Brasil tem grande potencialidade e o projeto político que vem sendo construído nos últimos anos é avançado e correto para nosso momento. Reeleger a Dilma é fundamental pra que não estejamos futuramente nessa mesma situação.
E em meio à isso tudo, vale a pena uma reflexão histórica também. Afinal de contas o Brasil é um país que existe de fato enquanto uma construção de nação à 500 anos, considerando nesse tempo todo processo de exploração e subjugação aos países desenvolvidos, enquanto que a Inglaterra, que há mais de dois milênios tem se desenvolvido, protagonizou revoluções burguesas, o surgimento do capitalismo e da indústria, hoje vive em situações complicadas como essas. Dessa maneira, por mais que se tente comparar nosso país às nações europeias, a argumentação rasa esbarra na história. Mais uma vez expõem-se as contradições desse sistema, onde nenhuma dessas relações pode ser constatada sem que se leve em conta as relações de produção existentes.
Na Inglaterra, austeridade, no Brasil, emprego. No último sábado (21/06) cerca de 50 mil pessoas marcharam pelo centro de Londres, em pauta estava o protesto contra as políticas de austeridade que vem sendo apresentadas pelo governo britânico como uma saída para a crise financeira, retirando direitos dos trabalhadores em troca do pagamento das dívidas públicas e dos banqueiros.
Enquanto no Brasil vivemos em uma situação de quase pleno emprego e as pessoas foram às ruas em centenas de milhares para pedir a ampliação de direitos, na Europa o desemprego só cresce e se torna cada vez mais constante a luta pela não retirada de direitos já conquistados.
Infelizmente não podemos constatar esse tipo de notícia, ou pelo menos não dessa maneira, nos mecanismos mais acessíveis à grande maioria da população brasileira, a grande mídia, que dominada por oligopólios, que além de sustentarem e disseminarem através do controle da informação o seu próprio projeto conservador, estão relacionados e são diretamente financiados pela elite financeira e por isso representam seus interesses.
Mas uma notícia como essa, que sinaliza a indignação de uma parcela bem representativa da população britânica, demonstra como mesmo, ou, sobretudo, nos países mais desenvolvidos os trabalhadores vêm sofrendo pelas perdas do mercado financeiro. Retira-se direitos para investir no pagamento dos banqueiros, que não chega sequer próximo ao que vimos no Brasil nos últimos anos, que fez cortes no orçamento praticamente insignificantes para superar a crise se comparados às medidas desses outros países, optando pela saída do aumento do nível de consumo e concessão de crédito.
Pra mim isso só reforça duas questões importantes para o avanço do nosso país:
1- É necessário criar uma ferramenta de regulação da mídia pelo poder público, tendo em vista que esses veículos se utilizam de concessões públicas para transmissão, mas sequer tem o compromisso com a verdade, utilizando desses meios para construir falsos consensos – até porque não se tem democracia no acesso à informação e em sua própria transmissão – e de forma seletiva e manipuladora, transmitir apenas informações que beneficiem suas relações e projetos políticos.
2- Precisamos combater o “complexo de vira-lata” e esse sentimento negativista acerca do Brasil, da política e do povo brasileiro. Defender o desenvolvimento e a soberania de nosso país é ser nacionalista, e de forma alguma pressupõe um antagonismo à solidariedade internacional e à defesa da liberdade dos povos de todo mundo contra a opressão e o imperialismo. Mas uma notícia como essa afirma que o Brasil tem grande potencialidade e o projeto político que vem sendo construído nos últimos anos é avançado e correto para nosso momento. Reeleger a Dilma é fundamental pra que não estejamos futuramente nessa mesma situação.
E em meio à isso tudo, vale a pena uma reflexão histórica também. Afinal de contas o Brasil é um país que existe de fato enquanto uma construção de nação à 500 anos, considerando nesse tempo todo processo de exploração e subjugação aos países desenvolvidos, enquanto que a Inglaterra, que há mais de dois milênios tem se desenvolvido, protagonizou revoluções burguesas, o surgimento do capitalismo e da indústria, hoje vive em situações complicadas como essas. Dessa maneira, por mais que se tente comparar nosso país às nações europeias, a argumentação rasa esbarra na história. Mais uma vez expõem-se as contradições desse sistema, onde nenhuma dessas relações pode ser constatada sem que se leve em conta as relações de produção existentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: