A goleada sofrida diante da Alemanha deflagrou um intenso debate sobre a crise do futebol brasileiro – corroído pela ação avarenta dos cartolas, desorganizado pela máfia da CBF e sugado pela “exclusividade” da Rede Globo, entre outras causas. A presidenta Dilma Rousseff defendeu a urgência de uma “renovação” do futebol; o ministro Aldo Rebelo propôs uma “intervenção indireta” na gestão dos esportes; e alguns cronistas esportivos, mais inflamados, pregaram a imediata prisão dos chefões dos clubes. Já Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, entrou em campo para jogar na retranca. Sua postura gerou uma ácida reação do jornalista Juca Kfouri, que não pode ser acusado de governista. Vale conferir:
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Do blog do Juca
Aécio ama a CBF
Aécio Neves é amigo de José Maria Marin e o homenageou, escondido, no Mineirão. Deu-se mal porque o que escondeu em sua página na internet, Marin mandou publicar na da CBF. Aécio também é velho amigo de baladas de Ricardo Teixeira e acaba de dizer que o país não precisa de uma “Futebras”, coisa que ninguém propôs e que passa ao largo, por exemplo, das propostas do Bom Senso FC. Uma agência reguladora do Esporte seria bem-vinda e é uma das questões que devem surgir neste momento em que se impõe um amplo debate sobre o futuro de nosso humilhado, depauperado e corrompido futebol. Mas Aécio é amigo de quem o mantém do jeito que está. Não está nem aí para os que reduziram nosso futebol a pó.
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Além do cambaleante presidenciável tucano, a TV Globo também ajudou a “reduzir nosso futebol a pó”. Tanto que no debate sobre as formas de reerguer este esporte nacional, os seus comentaristas evitam expor as mazelas da Confederação Brasileira de Futebol. Merval Pereira, o “imortal”, chegou a escrever no jornal O Globo que a crise atual decorre da “interferência política” no futebol. A defesa dos cartolas se justifica porque são antigos os laços de “amizade” entre o império dos filhos de Roberto Marinho e os mafiosos da CBF. Isto garantiu seus privilégios na transmissão “exclusiva” dos campeonatos, inclusive determinando os horários das partidas – sempre em detrimento dos torcedores.
Uma profunda “renovação” do futebol brasileiro, como defende a presidenta Dilma, passa por enfrentar a máfia da CBF, os cartolas dos times e o poderoso monopólio da TV Globo. Do contrário, este esporte continuará sendo “reduzido a pó”. Aécio Neves, como argumenta Juca Kfouri, não está apto para enfrentar este problema!
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ResponderExcluirEm relação a esse affair cartolário, por parte desse candidato panfletario, basta-me a firme e dura exclamação em alemão:
Das ist natürlich.- Naturalemnte.Ponto final.
Em relação ao estadista alteeroso, basta a frase: Das ist natürlich...
ResponderExcluirA elite branca atrasada e ignara como sempre, quer constranger Dilma na cerimônia de encerramento. A Globo manda e não é só no STF, interessante se notar que Felipão segue firme no cargo, talvez o demitam para não dar muito na cara, mas que houve manipulação, isso não podemos negar, a arbitragem da FIFA fez sua parte durante toda a Copa, seria demais para a oposição o Brasil vitorioso dentro e fora de campo , inaceitável para a Globo transmitir Dilma entregando a taça para a seleção brasileira. Vendo os jogadores passando por cima das ordens de Felipão me lembrei dos últimos dias de JB no STF "Passam, isto sim, por um curto-circuito inexplicável de nossos atletas e pela escalação faceira do sr. Scolari, que preferiu jogar contra o futebol força alemão como se estivesse jogando um amistoso contra a Ferroviária de Araraquara"
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