Por Altamiro Borges
Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB, já foi barrado por um bafômetro no Rio de Janeiro, aonde gosta de curtir o seu mandato de senador. Nos últimos dias, ele também foi barrado no aeroporto do titio na cidade de Cláudio, aonde descansava em sua fazenda. Mas o pior é ser barrado na propaganda eleitoral do seu “fiel amigo” Geraldo Alckmin. Segundo informa Fernando Rodrigues, em seu blog hospedado na Folha, o tucano simplesmente não aparece no jingle da campanha do governador. “A música tem 2 minutos e 20 segundos e define o paulista Alckmin como um ‘cara decente’ que ‘sabe fazer’, sem nenhuma referência ao tucano mineiro que tenta chegar ao Planalto”.
O jornalista até entende a omissão. “A ausência de Aécio na música de Alckmin não é despropositada. O governador paulista dividiu seu palanque com Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, e já disse que terá ‘muita alegria’ em fazer eventos de campanha ao lado do pessebista. Há comitês compartilhados de Alckmin e Campos sendo inaugurados pelo Estado. O material de campanha defende o voto ‘Edualdo’ – Eduardo presidente, Geraldo governador –, o que irrita o time de Aécio”. Ele ainda lembra que outros candidatos, no jogo pragmático que caracteriza as eleições, também cometem “pequenas traições” – e cita o petista Fernando Pimentel, de Minas Gerais, que teria ignorado Dilma em seu jingle.
Há, porém, uma diferença básica. Fernando Pimentel foi ministro da presidenta Dilma Rousseff e é bastante identificado com ela. A sua campanha para o governo estadual já definiu priorizar a batalha presidencial. Já no ninho tucano, o cenário não é tão tranquilo assim. As bicadas sangrentas são antigas. Os tucanos paulistas não esquecem que os tucanos mineiros deixaram Geraldo Alckmin pendurado na brocha em 2006 – e fizeram o mesmo nas duas vezes em que outro paulista, José Serra, disputou a presidência (2002-2010). O governador está focado apenas na sua reeleição e não abandonou o sonho de disputar novamente a sucessão presidencial, em 2018. Aécio Neves é visto como um empecilho a este projeto!
A aliança de Geraldo Alckmin com Eduardo Campos não é apenas formal. Tanto que PSDB e PSB – que no caso paulista sempre foi ligado aos tucanos – já articulam vários atos de apoio à dobradinha no interior de São Paulo. Segundo o Estadão, a ideia é promover agendas conjuntas a partir do final de agosto. Campinas e São José do Rio Preto, as duas maiores cidades administradas pelo PSB no Estado, já preparam os eventos em apoio à chapa “Edualdo”. Segundo o prefeito pessebista de Campinas, Jonas Donizette, “o governador, desde o primeiro momento, mostrou-se disposto a participar da campanha e é natural os dois estarem juntos em um evento em São Paulo”.
A “sonhática” Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, até andou chiando com a dobradinha. Ela garantiu que não subirá ao palanque e nem sairá em fotos de campanha ao lado dos dois recém-aliados. Mas ela simplesmente foi escanteada em São Paulo – assim como em outros Estados. Na sexta-feira passada (25), estranhamente, a ex-senadora pediu apuração rigorosa das denúncias de compra de apoio ao candidato do PSB ao governo de Pernambuco. “Qualquer denúncia deve ser investigada e apurada. Essa é a minha posição e a do Eduardo”, disse. O partido que abriga a ex-verde, porém, rejeitou as acusações e ainda criticou duramente a Folha por repercutir denúncias infundadas de “pessoas totalmente desqualificadas”.
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Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB, já foi barrado por um bafômetro no Rio de Janeiro, aonde gosta de curtir o seu mandato de senador. Nos últimos dias, ele também foi barrado no aeroporto do titio na cidade de Cláudio, aonde descansava em sua fazenda. Mas o pior é ser barrado na propaganda eleitoral do seu “fiel amigo” Geraldo Alckmin. Segundo informa Fernando Rodrigues, em seu blog hospedado na Folha, o tucano simplesmente não aparece no jingle da campanha do governador. “A música tem 2 minutos e 20 segundos e define o paulista Alckmin como um ‘cara decente’ que ‘sabe fazer’, sem nenhuma referência ao tucano mineiro que tenta chegar ao Planalto”.
O jornalista até entende a omissão. “A ausência de Aécio na música de Alckmin não é despropositada. O governador paulista dividiu seu palanque com Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, e já disse que terá ‘muita alegria’ em fazer eventos de campanha ao lado do pessebista. Há comitês compartilhados de Alckmin e Campos sendo inaugurados pelo Estado. O material de campanha defende o voto ‘Edualdo’ – Eduardo presidente, Geraldo governador –, o que irrita o time de Aécio”. Ele ainda lembra que outros candidatos, no jogo pragmático que caracteriza as eleições, também cometem “pequenas traições” – e cita o petista Fernando Pimentel, de Minas Gerais, que teria ignorado Dilma em seu jingle.
Há, porém, uma diferença básica. Fernando Pimentel foi ministro da presidenta Dilma Rousseff e é bastante identificado com ela. A sua campanha para o governo estadual já definiu priorizar a batalha presidencial. Já no ninho tucano, o cenário não é tão tranquilo assim. As bicadas sangrentas são antigas. Os tucanos paulistas não esquecem que os tucanos mineiros deixaram Geraldo Alckmin pendurado na brocha em 2006 – e fizeram o mesmo nas duas vezes em que outro paulista, José Serra, disputou a presidência (2002-2010). O governador está focado apenas na sua reeleição e não abandonou o sonho de disputar novamente a sucessão presidencial, em 2018. Aécio Neves é visto como um empecilho a este projeto!
A aliança de Geraldo Alckmin com Eduardo Campos não é apenas formal. Tanto que PSDB e PSB – que no caso paulista sempre foi ligado aos tucanos – já articulam vários atos de apoio à dobradinha no interior de São Paulo. Segundo o Estadão, a ideia é promover agendas conjuntas a partir do final de agosto. Campinas e São José do Rio Preto, as duas maiores cidades administradas pelo PSB no Estado, já preparam os eventos em apoio à chapa “Edualdo”. Segundo o prefeito pessebista de Campinas, Jonas Donizette, “o governador, desde o primeiro momento, mostrou-se disposto a participar da campanha e é natural os dois estarem juntos em um evento em São Paulo”.
A “sonhática” Marina Silva, vice na chapa de Eduardo Campos, até andou chiando com a dobradinha. Ela garantiu que não subirá ao palanque e nem sairá em fotos de campanha ao lado dos dois recém-aliados. Mas ela simplesmente foi escanteada em São Paulo – assim como em outros Estados. Na sexta-feira passada (25), estranhamente, a ex-senadora pediu apuração rigorosa das denúncias de compra de apoio ao candidato do PSB ao governo de Pernambuco. “Qualquer denúncia deve ser investigada e apurada. Essa é a minha posição e a do Eduardo”, disse. O partido que abriga a ex-verde, porém, rejeitou as acusações e ainda criticou duramente a Folha por repercutir denúncias infundadas de “pessoas totalmente desqualificadas”.
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