Por Altamiro Borges
Após o intenso bombardeio da mídia, que tentou responsabilizar Dilma Rousseff por supostos erros na compra da refinaria de Pasadena (EUA), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta semana um relatório que isenta de culpa os membros na época do Conselho de Administração da Petrobras – inclusive a ex-ministra da Casa Civil e atual presidenta. No maior cinismo, Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, considerou “curiosa” a decisão do TCU. Ao mesmo tempo, porém, ele disse à imprensa que não falará mais nada sobre as denúncias acerca do aeroporto na fazenda do seu tio-avô na cidade de Cláudio, construído com recursos públicos (R4 14 milhões) na época em que ele era governador de Minas.
Segundo o Jornal do Brasil, o relatório apresentado pelo ministro José Jorge, relator do processo no TCU que investiga irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, “determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa. O relatório isenta de responsabilidade os integrantes do Conselho de Administração da empresa, que na época era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff". O maior montante deverá ser devolvido por membros da diretoria executiva da Petrobras, que aprovaram a ata de compra da refinaria, mas eles têm um “prazo de 15 dias para apresentar suas defesas”.
Aécio Neves na berlinda
A decisão do TCU complica os planos da mídia oposicionista e do seu dispositivo partidário (PSDB, DEM e PPS), que pretendiam transformar o caso numa importante peça da campanha eleitoral deste ano. Ao mesmo tempo, os falsos paladinos da ética – muitos deles mais sujos do que pau de galinheiro – agora precisam explicar o escândalo do já batizado “aecioporto”. Enquanto Dilma é inocentada, Aécio virou alvo de bombardeio. Eliane Cantanhêde, colunista da Folha e ativista da “massa cheirosa” tucana, já sentiu as complicações desta mudança. “Se até aqui Dilma estava na defesa, e Aécio Neves e Eduardo Campos no ataque, agora Dilma sai da berlinda e a oposição entra”.
Outro colunista da Folha, Elio Gaspari, também avalia que a situação de Aécio Neves se complicou e que suas explicações sobre o aeroporto “não decolaram”. “Desde domingo (20), quando o repórter Lucas Ferraz contou que a Viúva construiu uma pista de pouso asfaltada no município de Cláudio (MG), a 6 km da fazenda centenária do ramo materno da família de Aécio Neves, o candidato tucano ofereceu explicações insuficientes para satisfazer a curiosidade de uma pessoa que pretenda votar nele em nome do seu compromisso com a gestão e a transparência. Situações desse tipo afloram em campanhas eleitorais, e a maneira como os candidatos lidam com elas instrui o julgamento que se faz deles”.
A descoberta do "Aecioporto-II"
Para complicar ainda mais a vida do cambaleante tucano, novas denúncias surgem e outras estão no forno. Agora já se sabe que o ex-governador mineiro não bancou apenas um aeroporto suspeito, mas dois – o outro fica em Montezuma. O blogueiro Fernando Brito, o primeiro a revelar o caso – que neste sábado (26) chegou às páginas da Folha – lembra que nesta cidade mineira “Aécio e sua irmã possuem uma propriedade, herdada do pai. Aécio mandou fazer um aeroportozinho lá também, com verba pública, apesar de ser uma das regiões mais pobres do país, aonde mal chega gente de carro. Apesar do investimento público, não se tomou nenhum cuidado para registrar a pista e abrir seu uso ao público”.
Além do “Aecioporto-II”, segundo o apelido dado por Fernando Brito, também vieram à tona outros casos sinistros: como o da contratação, sem concurso público, de vários parentes para ocupar cargos no governo de Minas Gerais; o do uso de trabalho escravo, flagrado pelo Ministério do Trabalho, na fazenda do tio-avô de Aécio Neves em Cláudio; e o dos custos milionários do “aecioporto-I”. As desculpas apresentadas pelo cambaleante tucano também não resistiriam ao bafômetro! Ele chegou a dizer que a obra em Cláudio se deu porque a região é rica em mineração – e logo foi desmentido. Também disse que esta pista fez parte de um amplo plano de regionalização aérea, o ProAero.
A Folha deste sábado revela, porém, que “dos 14 novos aeroportos previstos para Minas Gerais pelo programa ProAero, lançado no governo Aécio Neves (2003-2010), apenas dois saíram do papel: o Regional da Zona da Mata e o da cidade de Cláudio, onde a família do senador possui uma fazenda. Nas cidades de Itabira, Sete Lagoas, Ouro Preto, Brumadinho, Lagoa da Prata, Barão de Cocais, Monte Santo de Minas, Mantena, Andrelândia, Chapada Gaúcha, Buenópolis e Volta Grande, as obras inicialmente idealizadas não foram executadas”. Perguntado se costuma usar o aeroporto de Cláudio, Aécio Neves reagiu: “De novo? Essa matéria já foi mais que esclarecida... Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida correta”.
Alguém acredita?
*****
Leia também:
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- Ibope e Datafolha: Aécio não decola
Após o intenso bombardeio da mídia, que tentou responsabilizar Dilma Rousseff por supostos erros na compra da refinaria de Pasadena (EUA), o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta semana um relatório que isenta de culpa os membros na época do Conselho de Administração da Petrobras – inclusive a ex-ministra da Casa Civil e atual presidenta. No maior cinismo, Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, considerou “curiosa” a decisão do TCU. Ao mesmo tempo, porém, ele disse à imprensa que não falará mais nada sobre as denúncias acerca do aeroporto na fazenda do seu tio-avô na cidade de Cláudio, construído com recursos públicos (R4 14 milhões) na época em que ele era governador de Minas.
Segundo o Jornal do Brasil, o relatório apresentado pelo ministro José Jorge, relator do processo no TCU que investiga irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena, “determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa. O relatório isenta de responsabilidade os integrantes do Conselho de Administração da empresa, que na época era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff". O maior montante deverá ser devolvido por membros da diretoria executiva da Petrobras, que aprovaram a ata de compra da refinaria, mas eles têm um “prazo de 15 dias para apresentar suas defesas”.
Aécio Neves na berlinda
A decisão do TCU complica os planos da mídia oposicionista e do seu dispositivo partidário (PSDB, DEM e PPS), que pretendiam transformar o caso numa importante peça da campanha eleitoral deste ano. Ao mesmo tempo, os falsos paladinos da ética – muitos deles mais sujos do que pau de galinheiro – agora precisam explicar o escândalo do já batizado “aecioporto”. Enquanto Dilma é inocentada, Aécio virou alvo de bombardeio. Eliane Cantanhêde, colunista da Folha e ativista da “massa cheirosa” tucana, já sentiu as complicações desta mudança. “Se até aqui Dilma estava na defesa, e Aécio Neves e Eduardo Campos no ataque, agora Dilma sai da berlinda e a oposição entra”.
Outro colunista da Folha, Elio Gaspari, também avalia que a situação de Aécio Neves se complicou e que suas explicações sobre o aeroporto “não decolaram”. “Desde domingo (20), quando o repórter Lucas Ferraz contou que a Viúva construiu uma pista de pouso asfaltada no município de Cláudio (MG), a 6 km da fazenda centenária do ramo materno da família de Aécio Neves, o candidato tucano ofereceu explicações insuficientes para satisfazer a curiosidade de uma pessoa que pretenda votar nele em nome do seu compromisso com a gestão e a transparência. Situações desse tipo afloram em campanhas eleitorais, e a maneira como os candidatos lidam com elas instrui o julgamento que se faz deles”.
A descoberta do "Aecioporto-II"
Para complicar ainda mais a vida do cambaleante tucano, novas denúncias surgem e outras estão no forno. Agora já se sabe que o ex-governador mineiro não bancou apenas um aeroporto suspeito, mas dois – o outro fica em Montezuma. O blogueiro Fernando Brito, o primeiro a revelar o caso – que neste sábado (26) chegou às páginas da Folha – lembra que nesta cidade mineira “Aécio e sua irmã possuem uma propriedade, herdada do pai. Aécio mandou fazer um aeroportozinho lá também, com verba pública, apesar de ser uma das regiões mais pobres do país, aonde mal chega gente de carro. Apesar do investimento público, não se tomou nenhum cuidado para registrar a pista e abrir seu uso ao público”.
Além do “Aecioporto-II”, segundo o apelido dado por Fernando Brito, também vieram à tona outros casos sinistros: como o da contratação, sem concurso público, de vários parentes para ocupar cargos no governo de Minas Gerais; o do uso de trabalho escravo, flagrado pelo Ministério do Trabalho, na fazenda do tio-avô de Aécio Neves em Cláudio; e o dos custos milionários do “aecioporto-I”. As desculpas apresentadas pelo cambaleante tucano também não resistiriam ao bafômetro! Ele chegou a dizer que a obra em Cláudio se deu porque a região é rica em mineração – e logo foi desmentido. Também disse que esta pista fez parte de um amplo plano de regionalização aérea, o ProAero.
A Folha deste sábado revela, porém, que “dos 14 novos aeroportos previstos para Minas Gerais pelo programa ProAero, lançado no governo Aécio Neves (2003-2010), apenas dois saíram do papel: o Regional da Zona da Mata e o da cidade de Cláudio, onde a família do senador possui uma fazenda. Nas cidades de Itabira, Sete Lagoas, Ouro Preto, Brumadinho, Lagoa da Prata, Barão de Cocais, Monte Santo de Minas, Mantena, Andrelândia, Chapada Gaúcha, Buenópolis e Volta Grande, as obras inicialmente idealizadas não foram executadas”. Perguntado se costuma usar o aeroporto de Cláudio, Aécio Neves reagiu: “De novo? Essa matéria já foi mais que esclarecida... Eu tenho a oferecer ao Brasil uma vida correta”.
Alguém acredita?
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ResponderExcluiro que eu nao acredito e como um cara deste se elege...
ESSE AI NÃO PRECISA DE AVIÃO PARA VIAJAR...RS..RS...
ResponderExcluirÉS UM PETISTA NATO!