Por Juliano Medeiros, no site do PSOL:
Enquanto todos se divertem com a Copa do Mundo de futebol, Israel está cometendo um genocídio em Gaza. E essa não é a opinião de algum grupo radical islâmico, mas do moderadíssimo Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Até poucas horas atrás já haviam sido assassinadas 84 pessoas pelas forças militares israelenses, sendo 70% delas civis, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Tudo começou com o sequestro e a morte de três jovens israelenses na Faixa de Gaza, semanas atrás. O governo de Israel atribuiu o crime ao Hamas, grupo político que governa a Faixa de Gaza e que negou publicamente sua responsabilidade nos assassinatos. Dias depois, em represália, um jovem palestino foi incendiado vivo por israelenses de extrema-direita. Daí em diante, a violência por parte de Israel só aumentou.
É claro que Israel não está “se defendendo”, como alega o governo sionista de Netanyahu e Peres. Na verdade, Israel está defendendo os assentamentos ilegais que mantém na Faixa de Gaza, uma forma de apossar-se de territórios hoje controlados pelos palestinos. Não é a primeira vez que isso acontece. Gaza é alvo frequente de investidas militares. A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Do lado israelense, as baixas foram de apenas treze pessoas, dez delas soldados.
Além disso, a violência de Israel é absolutamente desproporcional. Dezenas de palestinos morreram nas últimas horas, atingidos por bombardeios israelenses. Enquanto isso, não há registro de que os temidos “mísseis do Hamas” tenham acertado um único alvo israelense. A comunidade internacional, por sua vez, assiste ao massacre de braços cruzados. Com exceção de algumas poucas declarações mais enérgicas, como a do presidente russo, Vladimir Putin, as manifestações da maioria dos governos foram no sentido de clamar pelo "fim do conflito entre Israel e o Hamas". A questão é que não há conflito! O que está em curso é um massacre!
O governo israelense incentiva o ódio e a intolerância. Como destaca Chemi Shalev, em artigo publicado no jornal israelense Haaretz, em apenas 24 horas, uma página do Facebook convocando “revanche” pelos assassinatos dos três garotos sequestrados recebeu dezenas de milhares de curtidas, e encheu-se de apelos explícitos para matar árabes, onde quer que estejam. Centenas de israelenses postaram fotos na internet com mensagens de ódio e apoio à ofensiva do exército israelense.
Israel afunda-se no racismo e na intolerância. O Hamas é retratado pela imprensa internacional como um grupo “radical” e não como organização política que conquistou nas urnas o direito de governar a Faixa de Gaza. Os governos das grandes potências, aliados de Tel Aviv, apelam inutilmente pelo fim das “hostilidades”. Os organismos multilaterais, controlados por essas mesmas potências, nada fazem além de criticar a escala “desproporcional” da ação militar de Israel.
O que fazer, portanto, para parar o massacre promovido por Israel? Primeiro, é preciso reforçar toda a solidariedade à causa palestina. Segundo, condenar de todas as formas possíveis a violência contra civis inocentes por parte de Israel.
Por fim, cobrar que os governos rompam qualquer forma de cooperação militar com o governo israelense, ao mesmo tempo em que se manifestem diante dos organismos internacionais contra o massacre, convocando seus embaixadores e propondo sanções, tal como feito em relação à Síria, recentemente. Só assim o Estado de Israel poderá compreender que sua violência não ficará impune mais uma vez.
Enquanto todos se divertem com a Copa do Mundo de futebol, Israel está cometendo um genocídio em Gaza. E essa não é a opinião de algum grupo radical islâmico, mas do moderadíssimo Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Até poucas horas atrás já haviam sido assassinadas 84 pessoas pelas forças militares israelenses, sendo 70% delas civis, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Tudo começou com o sequestro e a morte de três jovens israelenses na Faixa de Gaza, semanas atrás. O governo de Israel atribuiu o crime ao Hamas, grupo político que governa a Faixa de Gaza e que negou publicamente sua responsabilidade nos assassinatos. Dias depois, em represália, um jovem palestino foi incendiado vivo por israelenses de extrema-direita. Daí em diante, a violência por parte de Israel só aumentou.
É claro que Israel não está “se defendendo”, como alega o governo sionista de Netanyahu e Peres. Na verdade, Israel está defendendo os assentamentos ilegais que mantém na Faixa de Gaza, uma forma de apossar-se de territórios hoje controlados pelos palestinos. Não é a primeira vez que isso acontece. Gaza é alvo frequente de investidas militares. A pior delas, no final de 2008 e início de 2009, deixou mais de 1,4 mil palestinos mortos. Do lado israelense, as baixas foram de apenas treze pessoas, dez delas soldados.
Além disso, a violência de Israel é absolutamente desproporcional. Dezenas de palestinos morreram nas últimas horas, atingidos por bombardeios israelenses. Enquanto isso, não há registro de que os temidos “mísseis do Hamas” tenham acertado um único alvo israelense. A comunidade internacional, por sua vez, assiste ao massacre de braços cruzados. Com exceção de algumas poucas declarações mais enérgicas, como a do presidente russo, Vladimir Putin, as manifestações da maioria dos governos foram no sentido de clamar pelo "fim do conflito entre Israel e o Hamas". A questão é que não há conflito! O que está em curso é um massacre!
O governo israelense incentiva o ódio e a intolerância. Como destaca Chemi Shalev, em artigo publicado no jornal israelense Haaretz, em apenas 24 horas, uma página do Facebook convocando “revanche” pelos assassinatos dos três garotos sequestrados recebeu dezenas de milhares de curtidas, e encheu-se de apelos explícitos para matar árabes, onde quer que estejam. Centenas de israelenses postaram fotos na internet com mensagens de ódio e apoio à ofensiva do exército israelense.
Israel afunda-se no racismo e na intolerância. O Hamas é retratado pela imprensa internacional como um grupo “radical” e não como organização política que conquistou nas urnas o direito de governar a Faixa de Gaza. Os governos das grandes potências, aliados de Tel Aviv, apelam inutilmente pelo fim das “hostilidades”. Os organismos multilaterais, controlados por essas mesmas potências, nada fazem além de criticar a escala “desproporcional” da ação militar de Israel.
O que fazer, portanto, para parar o massacre promovido por Israel? Primeiro, é preciso reforçar toda a solidariedade à causa palestina. Segundo, condenar de todas as formas possíveis a violência contra civis inocentes por parte de Israel.
Por fim, cobrar que os governos rompam qualquer forma de cooperação militar com o governo israelense, ao mesmo tempo em que se manifestem diante dos organismos internacionais contra o massacre, convocando seus embaixadores e propondo sanções, tal como feito em relação à Síria, recentemente. Só assim o Estado de Israel poderá compreender que sua violência não ficará impune mais uma vez.
É UMA COVARDIA - É O LADRAO MAIS FORTE QUERENDO ROUBAR O TERRITORIO DO MAIS FRACO. É O GENOCIDA INPLACAVEL, QUERENDO DESTRUIR VIDAS INOCENTES. É UMA VERGONHA MUNDIAL, ONDE OS EUA APOIA E POUSA COMO BOM MOCINHO QUERENDO ATACAR A RUSSIA POR DEFENDER SUA AREA.
ResponderExcluirComo meu comentário anterior não foi publicado, faço nova tentativa. É preciso descobrir como começaram as rusgas atuais. Se não me engano, o Hamas tão logo recuperou o poder sobre a ANP já anunciou que faria das suas habituais trepeças. E se há menos baixas em Israel do que em Gaza, é pela absoluta competência em se defender, que o estado judeu desenvolveu ao longo de décadas de agressões desde sua fundação, quando foi atacado por exércitos 10 vezes maiores. Só não se tornou massacre por milagre, e disto o blogueiro se esquece. Nem vou questionar por que os países árabes não ajudam seus "irmãos" palestinos dando a eles terras em seus vastos territórios, comparados ao território israelense (0,5 % da área do "mundo muçulmano"). Nem vou questionar o ineditismo de um país vencer uma guerra e ter que devolver território aos derrotados (1973 etc.). Está na hora de deixar o partidarismo de lado e analisar com bom senso essa questão.
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