terça-feira, 1 de julho de 2014

O pré-sal e a mídia vira-lata

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ao longo dos últimos anos, o “viralatismo” midiático e tupiniquim se cansou de fazer previsão tão furada quanto as que fez sobre a Copa de 2014, que afundaram como o Titanic assim que a competição começou. A mídia tucana dizia que o petróleo que o governo Lula e, depois, o governo Dilma afirmaram que jorraria do pré-sal não passava de “propaganda do governo” e que, se esse petróleo existisse, demoraria 10, 20 anos para ser extraído.

Assim como nas previsões sobre o “dia do juízo final” na Copa, a mídia estrangeira foi na conversa da mídia “brasileira” e agora, tanto quanto no esporte, pagará mico também na economia.

No início do ano, o vetusto diário ianque Washington Post cravou espalhafatosa matéria sob inspiração dos vira-latas tupiniquins: “Petróleo do Brasil, da euforia à dura realidade”. O “Post” dizia que a “euforia” brasileira com o pré-sal era tiro de festim, pois a existência das reservas era questionável e, caso o petróleo existisse, iria “demorar a jorrar”.

Clique na imagem para visitar a matéria do “Post” original.





A mídia internacional, afinal de contas, vem vindo na onda da brasileira desde 2008, quando o governo Lula já avisava da imensa descoberta que mudaria o futuro da nação. Pobre mídia gringa…

Aqueles oráculos do “viralatismo” verde-amarelo eram os de sempre – e ainda são. Suas previsões furadas eram as de sempre – e ainda são. Assim como previram o caos na Copa, previram que o pré-sal era balela – mas, sobre essa, não terão como “prever” mais nada…

E ninguém melhor para ilustrar um texto sobre previsões furadas em economia do que ele, o bom e velho Carlos Alberto Sardemberg, quem, nos fins de noite globais, ao lado do sombrio Willian Waack protagoniza verdadeira sessão-depressão em rede nacional.

Artigo da pitonisa global afirmava: “Petróleo do pré-sal só existe na campanha do governo”

Clique na imagem para ler o artigo original, se quiser se irritar mais.





No ano seguinte, outro arauto do “viralatismo” pátrio comemorava: “E saiu só um tiquinho de petróleo do pré-sal no bloco Tupi”.

Clique na imagem para ler o artigo original, se for ainda mais masoquista.






Pois é nisso que dá acreditar nas “profecias” midiáticas: nesta terça-feira, 1º de julho de 2014, por conta da nova estratégia de comunicação do governo federal este blogueiro, entre outros, participará de evento comemorativo à marca de extração de 500 mil barris/dia de petróleo do pré-sal, com as presenças da presidente Dilma Rousseff e da presidente da Petrobrás, Maria das Graças Silva Foster, quem, à tarde, terá reunião com blogueiros, entre os quais este que escreve.

O evento será transmitido da sede da empresa, no Rio, e você, leitor, poderá acompanhar pelo blog da Petrobrás, o Fatos e Dados, ou diretamente pela NBR TV (a TV do governo federal), a partir das 11hs.

O que era “propaganda do governo” ou “um tiquinho” de petróleo virou 500 mil barris/dia. Se você acreditou na mídia – e, o que é pior, se é investidor do mercado financeiro, acreditou na mídia e não apostou no pré-sal -, azar o seu. Quem mandou acreditar em propaganda político-partidária? Continue tomando decisões financeiras importantes baseado no pessimismo crônico da mídia e vai continuar tomando na cabeça.

Um comentário:

  1. Não só diziam que não haveria petróleo. Mais de um especialista veio a público declarar que o pré-sal chegara tarde demais. O bom tempo do petróleo acabou, o óleo de xisto dos EUA iria mudar a geopolítica energética mundial. A Petrobras estava na verdade com um mico na mão, coitada.
    Além de tentar diminuir o impacto eleitoral, esses especialistas preparavam (e ainda preparam) o terreno para a privatização das reservas desqualificadas. Essas reservas praticamente sem valor poderiam ser entregues às grandes petrolíferas, que se resignariam a ficar com esse "mico", por amor à arte e pela ética.
    Tudo muito, muito sujo.

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