Com milhares de bandeiras, camisetas, faixas, adesivos e balões, palavras de ordem e punhos erguidos, a missa campal celebrada pela morte de Eduardo Campos, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na praça da República, no Recife, na manhã deste domingo, deu início para valer à campanha eleitoral de 2014.
Mais de 100 mil pessoas participaram do ato religioso, que se transformou num grande comício, o primeiro deste ano, tomando as ruas próximas, com milhares de materiais de campanha de Eduardo e Marina sendo distribuídos à população. "Não vamos desistir do Brasil", a última frase de Eduardo em entrevista à televisão, na noite anterior à queda do avião em Santos, rapidamente se transformou no lema da campanha de Marina Silva, que só terá sua candidatura presidencial oficialmente lançada pelo PSB na próxima quarta-feira.
Sol e chuva, religião e política, comoção e cantoria, tudo se misturou numa grande festa para as câmeras da televisão, em que lágrimas se alternavam com gritos de "Eduardo guerreiro do povo brasileiro" e candidatos de todas as latitudes viraram "papagaios de pirata", demorando-se diante do caixão e postando-se ao lado de parentes de Eduardo, como se fossem da família.
A missa durou uma hora e meia, mas o velório começou de madrugada e iria até a hora do enterro marcado para o final da tarde. Filas quilométricas formaram-se desde cedo sobre as pontes em volta do palácio, com caravanas vindas do interior. Teve repórter de TV que se empolgou tanto, a ponto de chamar todas as autoridades presentes de "chefes de Estado". Portais da grande imprensa familiar registraram que a presidente Dilma foi recebida com vaias, mas esqueceram-se de dizer nos títulos que ela também foi muito aplaudida.
A presidente Dilma e o ex-presidente Lula chegaram juntos à tenda armada diante do palácio onde foi armado o velório. Discreta e visivelmente emocionada, a agora candidata Marina Silva não entrou no clima de comício, e se manteve em silêncio quase todo o tempo. O tucano Aécio Neves, por enquanto o principal opositor de Dilma, chegou atrasado.
As palavras emoção e multidão foram repetidas milhares de vezes por narradores e repórteres, que já não sabiam mais o que falar. A mãe de Eduardo, Ana, a mulher, Renata, e os cinco filhos recebiam ao mesmo tempo e da mesma forma os cumprimentos de políticos e gente do povo.
Chamou a atenção de todos uma jovem senhora estrategicamente postada atrás dos celebrantes da missa, comandados pelo arcebispo de Olinda, d. Fernando Saburido. De vestido negro e enormes óculos escuros, passou a missa toda ajeitando os longos cabelos e digitando freneticamente no celular até ser retirada por seguranças do alvo das câmeras, que a todo momento mostravam as bandeiras eleitorais de Eduardo e Marina com o número 40 e uma pomba, símbolo do PSB, que muitos não conheciam.
Descansa em paz, Eduardo, que por aqui a guerra está só começando.
É uma "guerra" onde todos perdem, até mesmo os supostos vencedores, pois a VIDA é VIDA.
ResponderExcluirE isso é a MELHOR coisa, pois somos escravos de uma "vida" pautada no medo, na culpa e no desamor para com a VIDA que carregamos e somos.
A política representa "algo" que nunca é a VIDA e, portanto, não deve ser exemplo para que sejamos canalizados a torcer para nenhum partido ou pessoa que não está comprometido com a MELHORIA DA VIDA MAIOR.
Que possamos ASSINAR nossa rejeição para todo o procedimento que tenta nega a VIDA.
Pouco importa o "partido" que irá ganhar as eleições, o importante é que tenhamos a LIBERDADE de sermos nós e cobrarmos que o partido atenda os eleitores que confiaram nele, e não nos banqueiros que estamos a ficar cada fez mais ricos e poderosos e anti-democráticos.
A VIDA será sempre VENCEDORA, pois a morte é o destino de cada humano que penso ser um dia "poder" sem a VIDA.
Namastê!