Por Altamiro Borges
O jornal Folha de S.Paulo, que adora destruir reputações e já virou recordista em “erratas” – sempre minúsculas e sem destaque –, até agora não engoliu a decisão da Justiça que a obrigou a publicar o direito de resposta do candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Após vibrar com a judicialização da política no julgamento midiático do chamado “mensalão do PT”, o diário da famiglia Frias agora reclama da ingerência indevida da Justiça Eleitoral. Puro cinismo! Em editorial publicado nesta terça-feira (5), o jornal critica a “interferência exagerada” e ainda reafirma o tom das denúncias contra o pessebista Paulo Câmara. Tudo em defesa da “liberdade de expressão”. Outro cinismo!
Em 23 de julho, a Folha deu baita destaque à matéria intitulada “Deputado relata propina por apoio a candidato de [Eduardo] Campos”. A denúncia foi baseada em depoimento do deputado pernambucano José Augusto Maia, que afirmou ter recebido oferta de grana para que seu partido, o Pros, apoiasse a coligação liderada pelo PSB no estado. De imediato, a sigla e o seu candidato rechaçaram a acusação e criticaram o jornal por ter feito alarde com base em denúncias difamatórias e sem provas. A legenda ainda exigiu o direito de resposta, mas o texto enviado não foi publicado – o que levou a própria ombudsman da Folha a registrar o ocorrido.
Diante do imbróglio, a Justiça Eleitoral determinou a publicação, na íntegra, do direito de resposta do candidato do PSB, o que foi feito no último sábado (2). Todas as entidades dos barões da mídia, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira das Emissoras da Rádio e TV (Abert), ficaram indignadas com o "cerceamento à liberdade de expressão" e manifestaram sua total solidariedade à Folha. Sem entrar no mérito da disputa eleitoral em Pernambuco, reproduzo abaixo o texto de Paulo Câmara que gerou tanta bronca nos prepotentes jagunços da Folha, que se consideram acima das leis:
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Ocupo este espaço editorial para exercer legítimo direito de resposta à matéria publicada, hoje (23/07), pelo jornal Folha de S.Paulo, que ao citar o meu nome, sugere, irresponsavelmente, a associação da minha imagem a uma suposta ação criminosa. Em função da matéria publicada por este jornal, baseada em denúncia formulada por um parlamentar pernambucano, sinto-me obrigado a me posicionar em defesa da minha honra e credibilidade, o maior patrimônio que construí ao longo da minha vida.
É importante destacar, que o deputado José Augusto Maia, que serviu como fonte da reportagem, responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha, e foi condenado, pela justiça pernambucana, em abril deste ano, por improbidade administrativa, tendo os seus direitos políticos sido suspensos pelo prazo de três anos, além da condenação e dos processos em andamento no Tribunal de Contas de Pernambuco.
Importante também ressaltar a relação de histórica amizade e apoio de José Augusto Maia ao nosso adversário direto, ao ex-empresário Armando Monteiro Neto, que desde as primeiras horas do dia da publicação da matéria tenta tirar proveito eleitoral do assunto. O que me parece mais grave é a tentativa caluniosa de me descredibilizar. Sou servidor público há 22 anos, com uma trajetória séria e reconhecida. Nunca, em nenhum momento, fui vítima de qualquer ação que questionasse os princípios que levo, de casa, à vida pública: honestidade, correção, respeito, senso de justiça.
Daí a minha mais profunda indignação diante deste episódio. Será que, pela condição de candidato ao governo, devo ser exposto publicamente por conta da má fé de elementos como o referido senhor? Atitudes assim envergonham a atividade política e, pior, buscam arrastar para os espaços nebulosos, onde atua um ficha-suja, pessoas que estão na vida pública apenas com o intuito de exercer sua vocação e atender a uma convocação.
Repudio, firmemente, a utilização da mídia para criação de falsas denúncias que apequenam o processo eleitoral em uma clara tentativa de induzir os leitores e o público às interpretações deturpadas que ferem a democracia. Devemos lutar com empenho para varrer da vida pública brasileira práticas abomináveis que desonram o Brasil e aviltam a liberdade de opinião. Pessoas como José Augusto Maia devem ser banidas da política, como já foi determinado pela justiça.
Portanto, em meu nome, da minha família e de todos aqueles a quem represento, nesta caminhada, como cidadão e homem público, anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional --não necessariamente à repercussão, mas à intenção.
Tenho uma missão a cumprir e assim será. Estou convencido de que o ocorrido servirá apenas para nos fortalecer nesta luta, contra adversários desleais. Manteremos o rumo e, apesar da indignação, não perderemos a serenidade. Pernambuco conta comigo. E estou cada vez mais firme na decisão, coletiva, de vencer com trabalho e respeito.
Paulo Câmara - candidato ao Governo pela Frente Popular de Pernambuco
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O jornal Folha de S.Paulo, que adora destruir reputações e já virou recordista em “erratas” – sempre minúsculas e sem destaque –, até agora não engoliu a decisão da Justiça que a obrigou a publicar o direito de resposta do candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Após vibrar com a judicialização da política no julgamento midiático do chamado “mensalão do PT”, o diário da famiglia Frias agora reclama da ingerência indevida da Justiça Eleitoral. Puro cinismo! Em editorial publicado nesta terça-feira (5), o jornal critica a “interferência exagerada” e ainda reafirma o tom das denúncias contra o pessebista Paulo Câmara. Tudo em defesa da “liberdade de expressão”. Outro cinismo!
Em 23 de julho, a Folha deu baita destaque à matéria intitulada “Deputado relata propina por apoio a candidato de [Eduardo] Campos”. A denúncia foi baseada em depoimento do deputado pernambucano José Augusto Maia, que afirmou ter recebido oferta de grana para que seu partido, o Pros, apoiasse a coligação liderada pelo PSB no estado. De imediato, a sigla e o seu candidato rechaçaram a acusação e criticaram o jornal por ter feito alarde com base em denúncias difamatórias e sem provas. A legenda ainda exigiu o direito de resposta, mas o texto enviado não foi publicado – o que levou a própria ombudsman da Folha a registrar o ocorrido.
Diante do imbróglio, a Justiça Eleitoral determinou a publicação, na íntegra, do direito de resposta do candidato do PSB, o que foi feito no último sábado (2). Todas as entidades dos barões da mídia, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira das Emissoras da Rádio e TV (Abert), ficaram indignadas com o "cerceamento à liberdade de expressão" e manifestaram sua total solidariedade à Folha. Sem entrar no mérito da disputa eleitoral em Pernambuco, reproduzo abaixo o texto de Paulo Câmara que gerou tanta bronca nos prepotentes jagunços da Folha, que se consideram acima das leis:
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Ocupo este espaço editorial para exercer legítimo direito de resposta à matéria publicada, hoje (23/07), pelo jornal Folha de S.Paulo, que ao citar o meu nome, sugere, irresponsavelmente, a associação da minha imagem a uma suposta ação criminosa. Em função da matéria publicada por este jornal, baseada em denúncia formulada por um parlamentar pernambucano, sinto-me obrigado a me posicionar em defesa da minha honra e credibilidade, o maior patrimônio que construí ao longo da minha vida.
É importante destacar, que o deputado José Augusto Maia, que serviu como fonte da reportagem, responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha, e foi condenado, pela justiça pernambucana, em abril deste ano, por improbidade administrativa, tendo os seus direitos políticos sido suspensos pelo prazo de três anos, além da condenação e dos processos em andamento no Tribunal de Contas de Pernambuco.
Importante também ressaltar a relação de histórica amizade e apoio de José Augusto Maia ao nosso adversário direto, ao ex-empresário Armando Monteiro Neto, que desde as primeiras horas do dia da publicação da matéria tenta tirar proveito eleitoral do assunto. O que me parece mais grave é a tentativa caluniosa de me descredibilizar. Sou servidor público há 22 anos, com uma trajetória séria e reconhecida. Nunca, em nenhum momento, fui vítima de qualquer ação que questionasse os princípios que levo, de casa, à vida pública: honestidade, correção, respeito, senso de justiça.
Daí a minha mais profunda indignação diante deste episódio. Será que, pela condição de candidato ao governo, devo ser exposto publicamente por conta da má fé de elementos como o referido senhor? Atitudes assim envergonham a atividade política e, pior, buscam arrastar para os espaços nebulosos, onde atua um ficha-suja, pessoas que estão na vida pública apenas com o intuito de exercer sua vocação e atender a uma convocação.
Repudio, firmemente, a utilização da mídia para criação de falsas denúncias que apequenam o processo eleitoral em uma clara tentativa de induzir os leitores e o público às interpretações deturpadas que ferem a democracia. Devemos lutar com empenho para varrer da vida pública brasileira práticas abomináveis que desonram o Brasil e aviltam a liberdade de opinião. Pessoas como José Augusto Maia devem ser banidas da política, como já foi determinado pela justiça.
Portanto, em meu nome, da minha família e de todos aqueles a quem represento, nesta caminhada, como cidadão e homem público, anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional --não necessariamente à repercussão, mas à intenção.
Tenho uma missão a cumprir e assim será. Estou convencido de que o ocorrido servirá apenas para nos fortalecer nesta luta, contra adversários desleais. Manteremos o rumo e, apesar da indignação, não perderemos a serenidade. Pernambuco conta comigo. E estou cada vez mais firme na decisão, coletiva, de vencer com trabalho e respeito.
Paulo Câmara - candidato ao Governo pela Frente Popular de Pernambuco
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