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Após a morte de Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência da República, a ex-senadora Marina Silva, vice em sua chapa, é apontada como sucessora natural do pernambucano. A entrada de Marina no cenário eleitoral, que causa apreensão nas campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), é, no entanto, ainda incerta.
A chapa encabeçada pelo PSB tem dez dias para apresentar um novo nome para a disputa. Além de Marina, filiada há apenas dez meses, o PSB parece não ter um nome capaz de substituir Campos. Desde outubro passado, quando o governador do Ceará, Cid Gomes, e seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, deixaram o partido para se filiar ao PROS, Campos comandava o PSB sem sombra. Também não há, nos outros partidos integrantes da chapa (PPS, PHS, PRP e PPL), um nome minimamente relevante para substituir Campos de forma a realizar uma campanha com chances de vitória.
O vácuo criado pela morte do ex-governador de Pernambuco cria, inevitavelmente, uma tensão. Quem bancava a presença de Marina na chapa era o próprio Campos, em grande parte contra o desejo de inúmeros correligionários, como o primeiro vice-presidente do PSB, o ex-ministro Roberto Amaral [colunista do site de CartaCapital], e os governadores Camilo Capiberibe (Amapá) e Renato Casagrande (Espírito Santo). A resistência ao nome de Marina é explicada pelo fato de ela ser, na realidade, a líder da Rede Sustentabilidade, outro partido, ainda não fundado oficialmente, que está meramente alojado dentro do PSB. As duas siglas têm visões de mundo e projetos políticos diferentes, muitas vezes irreconciliáveis, que só se sustentavam juntos pela parceria entre Eduardo e Marina.
Para o PSB, a situação é delicada. É possível que parlamentares pessebistas tentem viabilizar seus nomes, mas a alternativa tem grandes obstáculos. Em primeiro lugar, o tempo é curto para um substituto surgir do nada enquanto o partido se recupera do baque. Em segundo lugar, o PSB será pressionado externamente para lançar o nome de Marina. Antonio Campos, irmão de Eduardo, afirmou ainda na quarta-feira 13 que o caminho do partido deveria ser fortalecer Marina. Nos próximos dias, enquanto a família e os eleitores pernambucanos se despedem de Campos, um momento de comoção já iniciado e que será exibido no País inteiro, todos os olhos estarão sobre Marina e ela será tratada como a sucessora. Por fim, o PSB sabe que Marina tem chances reais de ganhar a eleição. Segundo algumas pesquisas, a ex-senadora estaria atrás apenas de Dilma na disputa presidencial.
Diante desta situação, o PSB corre o “risco” de ganhar as eleições e chegar ao poder comandado por uma pessoa com identificação mínima com o partido.
Para Marina, o desafio também é grande. Sua sucessão será apresentada ao mundo externo da chapa como “natural” apenas se ela se mobilizar para tanto. Marina precisará exercer um papel de líder e conciliadora e costurar um acordo que inclua não apenas seu nome, mas apoio firme durante a campanha. Marina precisará, ainda, estar disposta a bancar os apoios construídos por Eduardo Campos. Um dos acertos mais problemáticos foi feito em São Paulo, onde o PSB apoia, e conta com o apoio, do PSDB de Geraldo Alckmin. Marina foi contra o acerto e, caso seja a candidata, terá de subir no palanque ao lado do tucano no maior colégio eleitoral do País. Na dupla com Campos, ela era a idealista e ele, o articulador. Agora, Marina precisará assumir os dois papeis, uma capacidade que não se sabe se ela possui.
A trágica morte de Eduardo Campos, de fato, muda as eleições. O tamanho do impacto só será medido, no entanto, quando o PSB e Marina Silva tomarem uma decisão a respeito de seu futuro. A depender da escolha, e do ímpeto colocado sobre ela, a decisão pode ajudar a romper a polarização entre PT e PSDB na política nacional. Se a nova candidatura fracassar, a polarização ficará reforçada.
Não acredito, que mesmo que seja Marina, ela irá dar dimensões supreendentes de evolução como uma forte candidata! Pelo contrário sua popularidade, poderá ser considerada bem menos dos quais Eduardo tinha esta eleição ja estava decidida, bem antes desta horrível trajedia! Não haverá segundo turno, Dilma sera eleita no primeiro!
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