Do site Minas Sem Censura:
Aparte ao senador.
O senador Aécio Neves desistiu de se licenciar do Senado. O bloco parlamentar Minas Sem Censura se mantém, portanto, em sua atribuição e prerrogativa institucionais de debater as ações do senador para o Brasil e sua incidência nas Minas Gerais.
No dia 5 de agosto, Aécio falou na sede regional da Associação Médica Brasileira, na capital federal, sobre suas ideias para a saúde.Vale lembrar algumas:
Ele disse que vai criar a “carreira nacional” dos médicos (que é diferente da Carreira de Estado e para todas as profissões); também declarou que não renovará o convênio com a OPAS (Organização Pan-americana da Saúde) e que a presença dos médicos cubanos tem “data de validade”, três anos. Segundo ele, se permanecerem estrangeiros no Brasil, isso seria uma política “lateral”; disse ainda que os profissionais da área (de saúde) é que serão os responsáveis pela execução das políticas públicas de saúde. (O que quer dizer isso, mesmo?).
O senador tucano jogou 40 anos de história do movimento da reforma sanitária brasileira no lixo. Um movimento supra e extra partidário, que unificou visões ideológicas distintas, aproximou profissionais de diversas áreas em equipes multidisciplinares, que atraiu usuários para a construção de propostas da “reforma” e foi descartado pelo senador, em face de sua postura oportunista ao tentar agradar médicos de direita.
O movimento pela reforma sanitária no Brasil é referência internacional e tem sido objeto de estudos em todas as universidades e instituições de pesquisa no mundo. O SUS, ainda com lacunas, é resultado desse esforço plurideológico, e é recomendado pela Organização Mundial da Saúde como “modelo” a ser seguido nos países pobres e nos em desenvolvimento, além de ser – setorialmente – exemplar até mesmo nos países mais desenvolvidos.
E o que fez Aécio com seu discurso na AMB:
Retrocedeu aos tempos das divisões entre médicos, de um lado, e outras categorias da saúde, de outro. Perspectivar carreira para profissionais de saúde é coisa necessária e séria. Essa menção à “carreira nacional” de médicos só mostra sua ignorância no assunto; retrocedeu também aos tempos em que a atenção básica era desprezada, em nome da apologia à especialização; insinuou a ampliação de espaço à indústria da doença (laboratórios farmacêuticos e fábricas de equipamentos de exames de imagem etc); e arrumou uma briga preconceituosa e ideológica contra o “Mais Médicos” por causa dos profissionais cubanos aqui presentes.
Centenas de fóruns, pelo país inteiro, com a participação de milhares de profissionais, gestores e usuários, que construíram normas constitucionais, leis, decretos, portarias etc, além de já executarem, na ponta, boa parte das políticas públicas de saúde, foram, solenemente, desprezadas pelo senador tucano. É, “Saúde” do senador vai de mal a pior. Ele quer o retrocesso! Ele sabe que o que dá lucro é a indústria da doença e não a promoção da saúde.
Sinceramente, desejamos melhoras ao senador.
O senador Aécio Neves desistiu de se licenciar do Senado. O bloco parlamentar Minas Sem Censura se mantém, portanto, em sua atribuição e prerrogativa institucionais de debater as ações do senador para o Brasil e sua incidência nas Minas Gerais.
No dia 5 de agosto, Aécio falou na sede regional da Associação Médica Brasileira, na capital federal, sobre suas ideias para a saúde.Vale lembrar algumas:
Ele disse que vai criar a “carreira nacional” dos médicos (que é diferente da Carreira de Estado e para todas as profissões); também declarou que não renovará o convênio com a OPAS (Organização Pan-americana da Saúde) e que a presença dos médicos cubanos tem “data de validade”, três anos. Segundo ele, se permanecerem estrangeiros no Brasil, isso seria uma política “lateral”; disse ainda que os profissionais da área (de saúde) é que serão os responsáveis pela execução das políticas públicas de saúde. (O que quer dizer isso, mesmo?).
O senador tucano jogou 40 anos de história do movimento da reforma sanitária brasileira no lixo. Um movimento supra e extra partidário, que unificou visões ideológicas distintas, aproximou profissionais de diversas áreas em equipes multidisciplinares, que atraiu usuários para a construção de propostas da “reforma” e foi descartado pelo senador, em face de sua postura oportunista ao tentar agradar médicos de direita.
O movimento pela reforma sanitária no Brasil é referência internacional e tem sido objeto de estudos em todas as universidades e instituições de pesquisa no mundo. O SUS, ainda com lacunas, é resultado desse esforço plurideológico, e é recomendado pela Organização Mundial da Saúde como “modelo” a ser seguido nos países pobres e nos em desenvolvimento, além de ser – setorialmente – exemplar até mesmo nos países mais desenvolvidos.
E o que fez Aécio com seu discurso na AMB:
Retrocedeu aos tempos das divisões entre médicos, de um lado, e outras categorias da saúde, de outro. Perspectivar carreira para profissionais de saúde é coisa necessária e séria. Essa menção à “carreira nacional” de médicos só mostra sua ignorância no assunto; retrocedeu também aos tempos em que a atenção básica era desprezada, em nome da apologia à especialização; insinuou a ampliação de espaço à indústria da doença (laboratórios farmacêuticos e fábricas de equipamentos de exames de imagem etc); e arrumou uma briga preconceituosa e ideológica contra o “Mais Médicos” por causa dos profissionais cubanos aqui presentes.
Centenas de fóruns, pelo país inteiro, com a participação de milhares de profissionais, gestores e usuários, que construíram normas constitucionais, leis, decretos, portarias etc, além de já executarem, na ponta, boa parte das políticas públicas de saúde, foram, solenemente, desprezadas pelo senador tucano. É, “Saúde” do senador vai de mal a pior. Ele quer o retrocesso! Ele sabe que o que dá lucro é a indústria da doença e não a promoção da saúde.
Sinceramente, desejamos melhoras ao senador.
Vai ser igual a carreira de professor que ele destruiu em Minas pois se recusava até mesmo a pagar o pífio piso nacional.
ResponderExcluir