Por Altamiro Borges
Marina Silva continua indignada com as críticas a sua amiga Neca Setubal, herdeira do banco Itaú. Ela não para de chorar e de se lamuriar – até poderia pedir uma boquinha como atriz na TV Globo. Afirma ser “vítima” de ataques covardes e insiste na tese "sociológica" de que Neca Setubal é apenas uma “educadora”, que não pertence à elite nativa. Já a consultoria Economatica, especializada na análise de balanços das empresas presentes na Bolsa de Valores de São Paulo, fez um estudo sobre o seu rendimento. E concluiu: Neca Setubal, que diz possuir “apenas” 0,5% das ações do Itaú, recebeu R$ 56,5 milhões em dividendos acionários desde 2010. Está provado, agora, que a “educadora” de Marina Silva não pertence à elite!
Segundo o site Brasil-247, “o cálculo da consultoria foi feito a partir de afirmação de Neca Setubal ao jornal Folha de S. Paulo, ao qual declarou ter apenas 0,5% das ações do banco fundado por seu pai, Olavo Setubal, e presidido por seu irmão, Roberto Setubal. Se como porcentual o pedaço é pequeno, na prática vale muito. Em 2010, o pagamento de dividendos para quem tem 0,5% do Itaú foi de cerca de R$ 9 milhões. Em 2011, ele foi de 11 milhões. Nos cálculos da Economatica, o resultado foi melhor em 2112 e 2013, com R$ 12 milhões para o meio por cento da instituição. E, neste ano de 2014, essa marca já ficou para trás: de janeiro a setembro, 0,5% do Itaú já renderam R$ 12,5 milhões”.
Esse mísero rendimento, que comprova que ela não pertence à elite nativa, talvez explique as baixas contribuições da “educadora” à campanha de ex-verde. Segundo matéria da Folha tucana, “a herdeira do banco Itaú Maria Alice Setubal, a Neca, doou cerca de R$ 1 milhão em 2013 ao instituto que a candidata Marina Silva fundou para desenvolver projetos de sustentabilidade, bancando 83% dos custos da entidade no ano passado. Os recursos dela praticamente bancaram todo o funcionamento do Instituto Marina Silva, que recebeu apenas duas doações em 2013. O repasse feito por Neca cobriu os gastos com funcionários, manutenção, impostos e aluguel, além de um projeto para digitalizar o acervo da ex-ministra”.
Além das doações ao instituto, a herdeira do Itaú também teria ajudado a bancar as palestras feitas por Marina Silva nos últimos anos. A musa da “nova política” até montou uma empresa, em março de 2011, para gerenciar estes recursos. Em três anos e três meses de existência, a sua firma teve um faturamento de R$ 1,6 milhão. Até hoje Marina Silva se recusa a identificar os pagantes. Já no item recursos contabilizados, a “educadora” ainda contribuiu diretamente para várias campanhas eleitorais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, até agora ela doou R$ 470 mil a três candidatos a deputado federal (dois do PSB e um do PV) e a um senador (do PDT), além de R$ 200 mil doados para a campanha presidencial do PSB.
Esta sólida relação entre as duas amigas – que não pertencem, de jeito nenhum, à elite tupiniquim - talvez explique porque Marina Silva absorveu tão bem os ensinamentos da “educadora”. Rasgando os próprios compromissos históricos do PSB, a candidata-carona prega hoje a independência do Banco Central – independente dos brasileiros, lógico –, a redução do papel dos bancos públicos, a diminuição da carga tributária dos ricaços e o reforço ao tripé econômico neoliberal de arrocho monetário (mais juros), austeridade fiscal (mais superávit primário) e libertinagem cambial. Também ajuda a explicar porque sua candidatura atraiu a simpatia dos banqueiros e agiotas financeiros – que antes juravam amor ao cambaleante Aécio Neves.
Em entrevista à agência Bloomberg, Neca Setubal explicou porque o “deus-mercado” – este ente que está acima dos mortais comuns e que, exatamente por isto, também não pertence à elite – aposta todas as suas fichas na candidatura da sua amiga. “O mercado é contra Dilma... O mercado está apostando que Marina, que tem convicções sérias, terá melhor planejamento, mais transparência e responsabilidade fiscal”. O site internacional de negócios financeiros também faz uma discrição curiosa sobre a relação entre as duas amigas:
"Uma é herdeira de uma fortuna bancária, estudou inglês e francês enquanto esquiava na Suíça. A outra passou parte da infância cortando seringueiras na Amazônia e retirando látex para ajudar a pagar as dívidas do pai. Ela sobreviveu à malária, hepatite e intoxicação por mercúrio. Hoje Maria Alice Setubal, multimilionária de 63 anos e conhecida como Neca, cujo pai já liderou o antecessor ao Itaú Unibanco Holding, é grande amiga e conselheira de campanha de Marina Silva, ex-empregada doméstica que as pesquisas mostram com a melhor chance de derrotar Dilma Rousseff na eleição presidencial de outubro”.
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Marina Silva continua indignada com as críticas a sua amiga Neca Setubal, herdeira do banco Itaú. Ela não para de chorar e de se lamuriar – até poderia pedir uma boquinha como atriz na TV Globo. Afirma ser “vítima” de ataques covardes e insiste na tese "sociológica" de que Neca Setubal é apenas uma “educadora”, que não pertence à elite nativa. Já a consultoria Economatica, especializada na análise de balanços das empresas presentes na Bolsa de Valores de São Paulo, fez um estudo sobre o seu rendimento. E concluiu: Neca Setubal, que diz possuir “apenas” 0,5% das ações do Itaú, recebeu R$ 56,5 milhões em dividendos acionários desde 2010. Está provado, agora, que a “educadora” de Marina Silva não pertence à elite!
Segundo o site Brasil-247, “o cálculo da consultoria foi feito a partir de afirmação de Neca Setubal ao jornal Folha de S. Paulo, ao qual declarou ter apenas 0,5% das ações do banco fundado por seu pai, Olavo Setubal, e presidido por seu irmão, Roberto Setubal. Se como porcentual o pedaço é pequeno, na prática vale muito. Em 2010, o pagamento de dividendos para quem tem 0,5% do Itaú foi de cerca de R$ 9 milhões. Em 2011, ele foi de 11 milhões. Nos cálculos da Economatica, o resultado foi melhor em 2112 e 2013, com R$ 12 milhões para o meio por cento da instituição. E, neste ano de 2014, essa marca já ficou para trás: de janeiro a setembro, 0,5% do Itaú já renderam R$ 12,5 milhões”.
Esse mísero rendimento, que comprova que ela não pertence à elite nativa, talvez explique as baixas contribuições da “educadora” à campanha de ex-verde. Segundo matéria da Folha tucana, “a herdeira do banco Itaú Maria Alice Setubal, a Neca, doou cerca de R$ 1 milhão em 2013 ao instituto que a candidata Marina Silva fundou para desenvolver projetos de sustentabilidade, bancando 83% dos custos da entidade no ano passado. Os recursos dela praticamente bancaram todo o funcionamento do Instituto Marina Silva, que recebeu apenas duas doações em 2013. O repasse feito por Neca cobriu os gastos com funcionários, manutenção, impostos e aluguel, além de um projeto para digitalizar o acervo da ex-ministra”.
Além das doações ao instituto, a herdeira do Itaú também teria ajudado a bancar as palestras feitas por Marina Silva nos últimos anos. A musa da “nova política” até montou uma empresa, em março de 2011, para gerenciar estes recursos. Em três anos e três meses de existência, a sua firma teve um faturamento de R$ 1,6 milhão. Até hoje Marina Silva se recusa a identificar os pagantes. Já no item recursos contabilizados, a “educadora” ainda contribuiu diretamente para várias campanhas eleitorais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, até agora ela doou R$ 470 mil a três candidatos a deputado federal (dois do PSB e um do PV) e a um senador (do PDT), além de R$ 200 mil doados para a campanha presidencial do PSB.
Esta sólida relação entre as duas amigas – que não pertencem, de jeito nenhum, à elite tupiniquim - talvez explique porque Marina Silva absorveu tão bem os ensinamentos da “educadora”. Rasgando os próprios compromissos históricos do PSB, a candidata-carona prega hoje a independência do Banco Central – independente dos brasileiros, lógico –, a redução do papel dos bancos públicos, a diminuição da carga tributária dos ricaços e o reforço ao tripé econômico neoliberal de arrocho monetário (mais juros), austeridade fiscal (mais superávit primário) e libertinagem cambial. Também ajuda a explicar porque sua candidatura atraiu a simpatia dos banqueiros e agiotas financeiros – que antes juravam amor ao cambaleante Aécio Neves.
Em entrevista à agência Bloomberg, Neca Setubal explicou porque o “deus-mercado” – este ente que está acima dos mortais comuns e que, exatamente por isto, também não pertence à elite – aposta todas as suas fichas na candidatura da sua amiga. “O mercado é contra Dilma... O mercado está apostando que Marina, que tem convicções sérias, terá melhor planejamento, mais transparência e responsabilidade fiscal”. O site internacional de negócios financeiros também faz uma discrição curiosa sobre a relação entre as duas amigas:
"Uma é herdeira de uma fortuna bancária, estudou inglês e francês enquanto esquiava na Suíça. A outra passou parte da infância cortando seringueiras na Amazônia e retirando látex para ajudar a pagar as dívidas do pai. Ela sobreviveu à malária, hepatite e intoxicação por mercúrio. Hoje Maria Alice Setubal, multimilionária de 63 anos e conhecida como Neca, cujo pai já liderou o antecessor ao Itaú Unibanco Holding, é grande amiga e conselheira de campanha de Marina Silva, ex-empregada doméstica que as pesquisas mostram com a melhor chance de derrotar Dilma Rousseff na eleição presidencial de outubro”.
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Marina Silva é uma mentira, fala em religião e pauta e tem ódio em seu coração, tem um programa de governo e quando questionada recua sem justificar, em debates com seus adversários fica chorando.
ResponderExcluirO autor deste artigo está equivocado. Neca é educadora sim, que rechaça a abominável educação bancária, tão denunciada por Paulo Freire. Em lugar desta, propõe uma inovadora educação banqueira.
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