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A candidata-carona Marina Silva não plagia apenas as ideias econômicas neoliberais dos tucanos – o que gerou comentários irônicos do próprio Aécio Neves. Ela também parece ter copiado a visão imperial do Departamento de Estado dos EUA para a América Latina. Em recente entrevista, a ex-verde atacou Cuba, dizendo que, se eleita, vai se empenhar pela “transição do atual regime para a democracia” – típica bravata da “diplomacia” ianque. Antes, ela já havia criticado o “modelo bolivariano” da Venezuela e de outros países do continente e a atual política externa brasileira de fortalecimento do Mercosul e da Unasul. Já o seu programa “plagiado” estabelece como prioridade reforçar os laços com os EUA.
Diante destas manifestações de servilismo, Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais da presidenta Dilma Rousseff, reagiu de imediato. Neste sábado (20), em entrevista à agência EFE, ele afirmou que “o Brasil não tem vocação imperial e não é uma agência de certificação que distribuiu definições sobre outros países. Respeitamos Cuba, assim como respeitamos Estados Unidos, França e China”. Para ele, a visão Marina Silva sobre política externa representa um retrocesso. “Não temos a posição de intervir em nenhum país do mundo e respeitamos o princípio da autodeterminação. Os rumos de Cuba devem ser decididos pelos próprios cubanos”.
Sobre os EUA, Marco Aurélio Garcia afirmou que nunca houve “ruptura de relações”, mas sim críticas à política externa agressiva do império. Ele lembrou o episódio da espionagem dirigida pela Agência Nacional de Segurança (NSA) e explicou que esta ingerência exigiu uma resposta altiva e dura do Brasil – expressa no discurso de Dilma Rousseff na ONU e também no cancelamento da visita oficial ao presidente Barack Obama. “Se a candidata [Marina Silva] não considera isso relevante me surpreende muito. Isto não quer dizer que se crie um clima de hostilidade permanente entre nossos países, mas vamos ter que discutir como superar esta mancha”.
Complexo de vira-lata
A visão colonizada de Marina Silva sobre a política externa não é nova. Pelo contrário. Na campanha de 2010, ela já havia manifestado o mesmo “complexo de vira-latas”. Na ocasião, porém, ninguém deu muita atenção ao que ela falava. A ex-verde não disputava para valer a Presidência, apenas cumpria o papel de coadjuvante na manobra para viabilizar o tucano José Serra no segundo turno. Agora, não! Daí a imediata reação de Marco Aurélio Garcia às suas opiniões. Em 2010, por exemplo, numa entrevista ao jornal O Globo e à rádio CBN, Marina Silva já havia plagiado o programa imperial do governo dos EUA e destilou seu veneno contra os governos progressistas da América Latina.
“Não podemos ficar reféns dessa combinação que é um pouco preocupante, da democracia representativa com a democracia direta. No caso da América Latina, a Venezuela tem uma ênfase plebiscitária que pode colocar em risco a alternância de poder... Nós não podemos, em hipótese alguma, compactuar com a subtração da liberdade, do direito de expressão, da livre forma de pensamento”, afirmou à âncora Lucia Hippolito. Sobre Cuba, ela repetiu a tese da transição. “O país precisa se abrir para o mundo e se transformar numa democracia... A defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos precisa ser defendida como um valor. No caso de Cuba, essas liberdades estão sendo cercadas”. E ainda há quem se iluda com o conversa fiada da ex-verde!
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A candidata do Departamento de Estado do Tio Sam vai dizer o que?
ResponderExcluirEla tem que agradecer que a ajudou a se tornar candidata né? Se houvesse a hipotese tragica para o país de segundo turno entre aécio e marina eu não anularia meu voto, iria de aécio. Mas ainda bem que o povo brasileiro é sábio e vai eleger Dilma ainda no primeiro turno
ResponderExcluirConcordo que Marina não está preparada para governar o Brasil, concordo com o Marco Aurélio Garcia a repeito da nossa política externa, agora uma coisa não entendo: lutamos pelo fim da ditadura e por eleições diretas aqui no Brasil e agora queremos a democratização da mídia e a reforma política, mas alguns não desejam avanços democráticos em Cuba. Porque essa fixação em querer que Cuba continue em um regime ditatorial?
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