Faz sol na democracia brasileira.
Que diferença entre a sombria atmosfera política das redes sociais e da mídia, e o Brasil real!
O desemprego caiu aos níveis mais baixos da nossa história.
De um lado, um bando de neurastênicos pessimistas.
De outro, um povo vivendo a sua vida.
Fazendo churrasco nos subúrbios, bebendo cerveja nos finais de semana, lotando os aeroportos, assistindo seus filhos entrarem na universidade!
O crescimento modesto da economia, contudo, reflete o fim de um ciclo.
Não um ciclo político. Este ainda vive a sua infância.
O que chega ao fim é um ciclo econômico. Sem completar as obras de infra-estrutura, que estão em curso, será muito difícil voltar a crescer sem inflação.
Um país de pobres está se tornando um país de classe média.
E isso corresponde, naturalmente, a uma mudança química profunda no espírito de todo um povo.
As manifestações de 2013 foram – quem sabe – o ponto de ebulição.
Estamos no limiar de grandes transformações estruturais!
Os anseios dos brasileiros, pedindo mudanças, espelha as comichões no estômago de uma sociedade que pressente a vinda de novos tempos.
Nos últimos doze anos, renovamos a malha elétrica, investimos em novas fontes de energia (alternativas e tradicionais), descobrimos enormes reservas de petróleo, iniciamos grandes obras de infra-estrutura, assentamos as bases para um novo ciclo de industrialização.
O pessimismo é uma falácia. O brasileiro nunca esteve tão satisfeito.
Estar satisfeito, porém, não é ser um imbecil. O brasileiro quer mudanças, claro!
Todo mundo – com exceção dos imbecis – quer mudar, quer melhorar de vida!
Até os ricos querem ficar mais ricos!
Segundo o Ibope divulgado hoje, 81% dos brasileiros estão satisfeitos com vida que levam hoje.
O professor Wanderley Guilherme acertou, mais uma vez, na mosca. A oposição – tanto a oficial quanto a que agora se esconde no cavalo de tróia de Marina Silva – quer colher o que não plantou.
Quando no poder, o PSDB não realizou nenhuma obra substancial de infra-estrutura; e ainda entregou um governo com as finanças estouradas.
Desemprego, inflação, juros, câmbio, dívida pública. Os indicadores ao final da era FHC eram desastrosos.
O povo sabe disso, daí o fracasso eleitoral de Aécio Neves e o declínio dos partidos da direita clássica, PSDB e DEM.
Daí também a angústia das classes mais abastadas para segurar as rédeas de um processo que começa, naturalmente, a se acelerar.
Marina Silva é o Luis Bonaparte dos novos tempos.
Assim como Bonaparte na França de 1851, Marina Silva unifica um grande contingente de despolitizados, de um lado, e setores da elite irritados com seus próprios representantes partidários, de outro.
O ensaio de Marx nunca foi tão atual.
Só que a burguesia marinista deve se cuidar, porque o bonapartismo acabou se voltando contra os próprios conspiradores.
O aventureiro Luis Bonaparte surfou nas “jornadas de junho” de 1848, um período de fogosa rebeldia política.
Bonaparte teve a sabedoria de se abster por ocasião das violentas repressões que marcaram o período. Com isso, elegeu-se com grande maioria em 1851.
Marina quer igualmente surfar em nossas jornadas de junho de 2013.
Sem cargo político ou administrativo, contando apenas com financiamento de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, morando num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina (para isso o petróleo serve), Marina Silva pode posar de vestal imaculada.
Só que as ruas não pediram “independência do Banco Central”.
As ruas quebraram agências do Itaú. Marina entregou seu programa de governo em mãos da herdeira do Itaú.
O bonapartismo verde-zen de Marina pode ser tão perturbador quanto o de Luis Bonaparte no século XIX.
Sem base partidária, sem apoio de movimentos sociais ou sindicais importantes, resta ao marinismo, assim como a Bonaparte, brandir um suposto apoio das massas despolitizadas, de um lado, e da elite financeira de outro.
Que lindo e romântico casamento! Banqueiros e black blocs!
Felizmente, como eu dizia ao início do post, o sol brilha forte em nossa democracia.
O PIB crescerá pouco este ano. Mas, como disse algum sábio, o trabalhador não come PIB.
O consumo de carne nunca foi tão farto. Segundo a CNA, apenas de 2010 a 2013, o brasileiro elevou seu consumo de carne de 36 para 42 quilos por ano.
A mortalidade infantil nunca foi tão baixa.
Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional da Longevidade, afirma que o Brasil vive uma “revolução” da longevidade.
Na década de 70, a esperança de vida dos brasileiros era de 53 anos. Hoje ultrapassa os 75!
Nenhuma notícia dessas virou capa de jornal. Nem as propagandas eleitorais parecem se importar com isso.
O clima de apocalipse nacional, contudo, que alguns brandem nas redes sociais, é uma odiosa mentira!
Um novo Brasil está nascendo!
*****
Eu fiz cálculos usando os números do Ibope divulgados hoje. A íntegra da apresentação da CNI e o relatório completo seguem ao final do post.
Dilma tem aprovação de 48% dos entrevistados. Considerando que o Brasil tem hoje 142 milhões de eleitores, podemos dizer que a presidenta é aprovada por 68 milhões de eleitores. Outros 65 milhões não a aprovam. E 8,5 milhões não sabem ou não quiseram responder.
Se o número de abstenções e votos em branco repetir o número registrado em 2010 (quando houve 25 milhões de abstenções ou votos nulos, mais 3 milhões de votos em branco), teremos um total de 114 milhões de votos válidos este ano.
Para ganhar no segundo turno, Dilma precisaria, portanto, ter um mínimo de 57 milhões de votos (em 2010, ela ganhou com 55 milhões de votos).
Se 68 milhões de eleitores a aprovam, então ela tem uma boa margem para ganhar as eleições.
Sem esquecer os 8,5 milhões que não responderam se aprovam ou não a presidenta. Um milhãozinho ou mais desse grupo também pode votar nela.
Embora marque 42% num segundo turno com Marina Silva, Dilma marcaria 48% se disputasse a segunda rodada com Aécio Neves. Esses 48% provavelmente são os mesmos 68 milhões de eleitores que aprovam a presidenta.
A petista tem um eleitorado mais consolidado que seus adversários. Segundo o Ibope, 32% dos entrevistados responderam que votariam nela “com certeza”.
Já Marina tem 26% dos votos consolidados (votariam nela com certeza).
Aécio, coitado, tem somente 15%. Os mesmos 15% que ainda lhe restam na pesquisa sugerida.
Na pesquisa do voto espontâneo, para o primeiro turno, a vantagem de Dilma sobre Marina cresceu de 8 para 12 pontos.
Em pesquisa realizada nos dias 31 de agosto a 2 de setembro, Dilma tinha 31% na espontânea, contra 25% de Marina.
Menos de uma semana depois, Dima subiu 4 pontos, para 35%, enquanto Marina caiu 2, para 23%.
Na espontânea, Dilma vence entre os mais jovens e quase empata junto ao público com ensino superior.
Que diferença entre a sombria atmosfera política das redes sociais e da mídia, e o Brasil real!
O desemprego caiu aos níveis mais baixos da nossa história.
De um lado, um bando de neurastênicos pessimistas.
De outro, um povo vivendo a sua vida.
Fazendo churrasco nos subúrbios, bebendo cerveja nos finais de semana, lotando os aeroportos, assistindo seus filhos entrarem na universidade!
O crescimento modesto da economia, contudo, reflete o fim de um ciclo.
Não um ciclo político. Este ainda vive a sua infância.
O que chega ao fim é um ciclo econômico. Sem completar as obras de infra-estrutura, que estão em curso, será muito difícil voltar a crescer sem inflação.
Um país de pobres está se tornando um país de classe média.
E isso corresponde, naturalmente, a uma mudança química profunda no espírito de todo um povo.
As manifestações de 2013 foram – quem sabe – o ponto de ebulição.
Estamos no limiar de grandes transformações estruturais!
Os anseios dos brasileiros, pedindo mudanças, espelha as comichões no estômago de uma sociedade que pressente a vinda de novos tempos.
Nos últimos doze anos, renovamos a malha elétrica, investimos em novas fontes de energia (alternativas e tradicionais), descobrimos enormes reservas de petróleo, iniciamos grandes obras de infra-estrutura, assentamos as bases para um novo ciclo de industrialização.
O pessimismo é uma falácia. O brasileiro nunca esteve tão satisfeito.
Estar satisfeito, porém, não é ser um imbecil. O brasileiro quer mudanças, claro!
Todo mundo – com exceção dos imbecis – quer mudar, quer melhorar de vida!
Até os ricos querem ficar mais ricos!
Segundo o Ibope divulgado hoje, 81% dos brasileiros estão satisfeitos com vida que levam hoje.
O professor Wanderley Guilherme acertou, mais uma vez, na mosca. A oposição – tanto a oficial quanto a que agora se esconde no cavalo de tróia de Marina Silva – quer colher o que não plantou.
Quando no poder, o PSDB não realizou nenhuma obra substancial de infra-estrutura; e ainda entregou um governo com as finanças estouradas.
Desemprego, inflação, juros, câmbio, dívida pública. Os indicadores ao final da era FHC eram desastrosos.
O povo sabe disso, daí o fracasso eleitoral de Aécio Neves e o declínio dos partidos da direita clássica, PSDB e DEM.
Daí também a angústia das classes mais abastadas para segurar as rédeas de um processo que começa, naturalmente, a se acelerar.
Marina Silva é o Luis Bonaparte dos novos tempos.
Assim como Bonaparte na França de 1851, Marina Silva unifica um grande contingente de despolitizados, de um lado, e setores da elite irritados com seus próprios representantes partidários, de outro.
O ensaio de Marx nunca foi tão atual.
Só que a burguesia marinista deve se cuidar, porque o bonapartismo acabou se voltando contra os próprios conspiradores.
O aventureiro Luis Bonaparte surfou nas “jornadas de junho” de 1848, um período de fogosa rebeldia política.
Bonaparte teve a sabedoria de se abster por ocasião das violentas repressões que marcaram o período. Com isso, elegeu-se com grande maioria em 1851.
Marina quer igualmente surfar em nossas jornadas de junho de 2013.
Sem cargo político ou administrativo, contando apenas com financiamento de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, morando num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina (para isso o petróleo serve), Marina Silva pode posar de vestal imaculada.
Só que as ruas não pediram “independência do Banco Central”.
As ruas quebraram agências do Itaú. Marina entregou seu programa de governo em mãos da herdeira do Itaú.
O bonapartismo verde-zen de Marina pode ser tão perturbador quanto o de Luis Bonaparte no século XIX.
Sem base partidária, sem apoio de movimentos sociais ou sindicais importantes, resta ao marinismo, assim como a Bonaparte, brandir um suposto apoio das massas despolitizadas, de um lado, e da elite financeira de outro.
Que lindo e romântico casamento! Banqueiros e black blocs!
Felizmente, como eu dizia ao início do post, o sol brilha forte em nossa democracia.
O PIB crescerá pouco este ano. Mas, como disse algum sábio, o trabalhador não come PIB.
O consumo de carne nunca foi tão farto. Segundo a CNA, apenas de 2010 a 2013, o brasileiro elevou seu consumo de carne de 36 para 42 quilos por ano.
A mortalidade infantil nunca foi tão baixa.
Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional da Longevidade, afirma que o Brasil vive uma “revolução” da longevidade.
Na década de 70, a esperança de vida dos brasileiros era de 53 anos. Hoje ultrapassa os 75!
Nenhuma notícia dessas virou capa de jornal. Nem as propagandas eleitorais parecem se importar com isso.
O clima de apocalipse nacional, contudo, que alguns brandem nas redes sociais, é uma odiosa mentira!
Um novo Brasil está nascendo!
*****
Eu fiz cálculos usando os números do Ibope divulgados hoje. A íntegra da apresentação da CNI e o relatório completo seguem ao final do post.
Dilma tem aprovação de 48% dos entrevistados. Considerando que o Brasil tem hoje 142 milhões de eleitores, podemos dizer que a presidenta é aprovada por 68 milhões de eleitores. Outros 65 milhões não a aprovam. E 8,5 milhões não sabem ou não quiseram responder.
Se o número de abstenções e votos em branco repetir o número registrado em 2010 (quando houve 25 milhões de abstenções ou votos nulos, mais 3 milhões de votos em branco), teremos um total de 114 milhões de votos válidos este ano.
Para ganhar no segundo turno, Dilma precisaria, portanto, ter um mínimo de 57 milhões de votos (em 2010, ela ganhou com 55 milhões de votos).
Se 68 milhões de eleitores a aprovam, então ela tem uma boa margem para ganhar as eleições.
Sem esquecer os 8,5 milhões que não responderam se aprovam ou não a presidenta. Um milhãozinho ou mais desse grupo também pode votar nela.
Embora marque 42% num segundo turno com Marina Silva, Dilma marcaria 48% se disputasse a segunda rodada com Aécio Neves. Esses 48% provavelmente são os mesmos 68 milhões de eleitores que aprovam a presidenta.
A petista tem um eleitorado mais consolidado que seus adversários. Segundo o Ibope, 32% dos entrevistados responderam que votariam nela “com certeza”.
Já Marina tem 26% dos votos consolidados (votariam nela com certeza).
Aécio, coitado, tem somente 15%. Os mesmos 15% que ainda lhe restam na pesquisa sugerida.
Na pesquisa do voto espontâneo, para o primeiro turno, a vantagem de Dilma sobre Marina cresceu de 8 para 12 pontos.
Em pesquisa realizada nos dias 31 de agosto a 2 de setembro, Dilma tinha 31% na espontânea, contra 25% de Marina.
Menos de uma semana depois, Dima subiu 4 pontos, para 35%, enquanto Marina caiu 2, para 23%.
Na espontânea, Dilma vence entre os mais jovens e quase empata junto ao público com ensino superior.
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