Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Recebo telefonema de João Francisco Meira, diretor do Vox Populi, para uma correção: o tracking do instituto é inteiramente similar ao da pesquisa. É como se fosse a mesma pesquisa atualizada a cada dois dias. Não se trata de pesquisa telefônica, mas domiciliar, com uma amostragem inteiramente representativa.
Consegue-se a rapidez com o uso de tecnologia. Os pesquisadores partem com tablets com chip telefônico. Completada a entrevista, imediatamente ela é enviada de forma codificada para a central. O resultado sai quase simultaneamente com o fim das entrevistas.
Além disso, um GPS permite localizar o ponto exato que cada entrevista está sendo realizada, permitindo controle total dos pontos de pesquisa.
As últimas pesquisas têm mostrado um crescimento discreto de Aécio Neves e uma queda mais expressiva de Marina Silva. Muito mais pela queda de Marina, há possibilidade ainda de Aécio passar para o segundo turno.
Segundo Meira, a variável mais importante a ser analisada é a avaliação de governo.
Quando um candidato tenta a reeleição, a literatura ensina que o primeiro movimento mental do eleitor é se perguntar se esse governante deve ser premiado ou punido.
Nível de avaliação positivo e regular é decisivo para isso. "Incluo regular porque sabedoria popular diz que é preferível governo mais ou menos do que governo novo", diz Meira. A troca de governo significa trocar a administração toda, colocar outras pessoas, demorar. Apenas quando está ruim, vale a pena trocar.
Em cima dessas constatações, criou-se uma máxima: se ruim ou péssimo passar de 40%, o governante sai; se ficar numa faixa de 20 a 25, provavelmente fica.
A queda de Marina se deveu ao fim do sonho.
Em determinado momento, Marina encarnou um sonho difuso, no nível emocional, o desejo de algo que fosse diferente, mais legal, mais bacana. Todo mundo quer, diz Meira.
À medida que vai recebendo o escrutínio da mídia, transformada em ser humano, sai da condição do plano do desejo e se transforma em candidata concreta, com pontos negativos e positivos, com coerências ou incoerências. Ninguém é candidato pairando sobre questões concretas.
Agora o eleitor começa a voltar para o plano da racionalidade.
Pelos estudos do Vox Populi há uma probabilidade de 20% da eleição terminar no primeiro turno. Mas Meira não aposta nessa possibilidade. Segundo ele, o quadro pode evoluir, mas há um sistema de variáveis que impede projeções mais objetivas.
São três candidaturas expressivas e outras que ainda são uma incógnita. Luciana Genro já conseguiu um dígito, assim como o pastor Everaldo; em alguns dias, também Eduardo Jorge aparece com um dígito.
Mas a maior incógnita é o nível de comparecimento dos eleitores.
Depende de uma atitude e uma circunstância. A atitude é se dizer de saco cheio da política. Mas pode ser que no dia da eleição esse eleitor julgue mais prático votar, do que ter que justificar a posteriori.
Toda estimativa é realizada sobre o nível de comparecimento. E nesse ponto todos os institutos quebram a cara, diz Meira.
Recebo telefonema de João Francisco Meira, diretor do Vox Populi, para uma correção: o tracking do instituto é inteiramente similar ao da pesquisa. É como se fosse a mesma pesquisa atualizada a cada dois dias. Não se trata de pesquisa telefônica, mas domiciliar, com uma amostragem inteiramente representativa.
Consegue-se a rapidez com o uso de tecnologia. Os pesquisadores partem com tablets com chip telefônico. Completada a entrevista, imediatamente ela é enviada de forma codificada para a central. O resultado sai quase simultaneamente com o fim das entrevistas.
Além disso, um GPS permite localizar o ponto exato que cada entrevista está sendo realizada, permitindo controle total dos pontos de pesquisa.
As últimas pesquisas têm mostrado um crescimento discreto de Aécio Neves e uma queda mais expressiva de Marina Silva. Muito mais pela queda de Marina, há possibilidade ainda de Aécio passar para o segundo turno.
Segundo Meira, a variável mais importante a ser analisada é a avaliação de governo.
Quando um candidato tenta a reeleição, a literatura ensina que o primeiro movimento mental do eleitor é se perguntar se esse governante deve ser premiado ou punido.
Nível de avaliação positivo e regular é decisivo para isso. "Incluo regular porque sabedoria popular diz que é preferível governo mais ou menos do que governo novo", diz Meira. A troca de governo significa trocar a administração toda, colocar outras pessoas, demorar. Apenas quando está ruim, vale a pena trocar.
Em cima dessas constatações, criou-se uma máxima: se ruim ou péssimo passar de 40%, o governante sai; se ficar numa faixa de 20 a 25, provavelmente fica.
A queda de Marina se deveu ao fim do sonho.
Em determinado momento, Marina encarnou um sonho difuso, no nível emocional, o desejo de algo que fosse diferente, mais legal, mais bacana. Todo mundo quer, diz Meira.
À medida que vai recebendo o escrutínio da mídia, transformada em ser humano, sai da condição do plano do desejo e se transforma em candidata concreta, com pontos negativos e positivos, com coerências ou incoerências. Ninguém é candidato pairando sobre questões concretas.
Agora o eleitor começa a voltar para o plano da racionalidade.
Pelos estudos do Vox Populi há uma probabilidade de 20% da eleição terminar no primeiro turno. Mas Meira não aposta nessa possibilidade. Segundo ele, o quadro pode evoluir, mas há um sistema de variáveis que impede projeções mais objetivas.
São três candidaturas expressivas e outras que ainda são uma incógnita. Luciana Genro já conseguiu um dígito, assim como o pastor Everaldo; em alguns dias, também Eduardo Jorge aparece com um dígito.
Mas a maior incógnita é o nível de comparecimento dos eleitores.
Depende de uma atitude e uma circunstância. A atitude é se dizer de saco cheio da política. Mas pode ser que no dia da eleição esse eleitor julgue mais prático votar, do que ter que justificar a posteriori.
Toda estimativa é realizada sobre o nível de comparecimento. E nesse ponto todos os institutos quebram a cara, diz Meira.
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