quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Alckmin pede água para Dilma

Por Altamiro Borges

O “picolé de chuchu” é mesmo muito sonso e dissimulado. Nesta quarta-feira (29), passados três dias do segundo turno das eleições, finalmente Geraldo Alckmin pediu socorro ao governo federal para enfrentar a grave crise de abastecimento de água em São Paulo. Num verdadeiro estelionato eleitoral, que justificaria até a abertura de processo de impeachment, o governador tucano sempre negou a tragédia que aflige 8,8 milhões de paulistas abastecidos pelo Sistema Cantareira. Em fevereiro passado, a presidenta Dilma Rousseff alertou o governo estadual e se prontificou a dar todo o apoio para solucionar o problema. Geraldo Alckmin, que concorria à reeleição, negou a ajuda. Agora, ele pediu água!

Segundo a mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra –, o governador já solicitou reunião de emergência em Brasília. A imprensa tucana, que foi cúmplice deste crime eleitoral, agora apela para a generosidade do Palácio do Planalto. Alckmin pretende pedir “recursos financeiros e desoneração de impostos” do governo federal, segundo relato da Folha. Ele também apresentará outras propostas emergenciais para enfrentar a gravíssima crise de água. Na maior caradura, o tucano reeleito no primeiro turno afirma que “a eleição já acabou e nossa disposição é do diálogo e da cooperação... O governo federal é um grande parceiro”. Os paulistas que acreditaram no “picolé de chuchu” já devem estar arrependidos!

Mas o estelionato eleitoral do PSDB, que governa o Estado há duas décadas, não deve ficar impune. Os movimentos sociais devem ir às ruas para denunciar a falta de investimento e de planejamento neste setor vital para a sociedade. Centrais sindicais, movimentos de moradia e entidades da juventude já articulam um protesto diante do Palácio dos Bandeirantes. Nesta quinta-feira (30), ocorrerá um encontro na sede do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente) para discutir a grave crise hídrica em São Paulo e as formas de resistência da sociedade. “Precisamos da ajuda de todos na mobilização dos movimentos sociais contra este crime”, conclama Adilson Araújo, presidente da CTB.

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2 comentários:

  1. Os deputados e vereadores de São Paulo devem parar de jogar para a torcida com os pedidos de impeachment que estão fazendo.
    Da forma que fazem ou fizeram, vão ser recusados pela justiça e depois do quarto e do quinto perdem credibilidade e provavelmente nem a justiça os acolherá para análise.
    Basta um bem elaborado por uma equipe de advogados especialistas assessorados por técnicos, talvez da própria SABESP.
    Um pedido bem elaborado juridicamente embasado pela parte técnica dificilmente seria recusado.
    E ainda que seja apresentado na ALESP, qual o deputado que ficaria contra diante do desmando?
    Podem ou poderiam pedir o cancelamento da licença da SABESP e a intervenção federal na companhia.
    Motivos para isto não faltam.
    Falta sim, que os senhores deputados deixem o salto de lado e trabalhem a favor de uma população que corre hoje um seríssimo risco sanitário.
    Pedidos de impeachment com feito por um deputado do PSOL e outros na mesma linha, ao que parece vão vir, é tudo do que precisa nosso irresponsável governador.

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  2. Este crime contra a população paulista tem cúmplice: a grande mídia. Na noite de quarta feira o governador aparece tentando transferir a culpa para o governo federal.
    O problema é que a Sabesp só pensa no lucro dos acionistas da bolsa de Nova York e não faz o que precisa. Para doar dinheiro para o Instituto Fernando Henrique tem grana.

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