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2) Ao contrário de alguns militantes petistas, considero um segundo turno com Aécio bem melhor do que seria com Marina. Se eles têm máquina partidária, nós também temos. O apoio da mídia a qualquer candidatura que se oponha ao PT é incondicional. O mesmo não pode se dizer da transferência de votos do terceiro colocado. Neste ponto, o PT sai ganhando ao enfrentar Aécio e não Marina.
3) Sobre as manifestações de junho, os resultado das bancadas parlamentares do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas mostram o caráter conservador que tínhamos detectado. Para ficar no Rio, a votação expressiva em alguns parlamentares do PSOL se dá no mesmo processo que consagrou a famílias Bolsonaro e Garotinho, esta última com os votos obtidos por Clarissa Garotinho. O segundo turno para governador, que é até bom para a presidente, deixa patente o conservadorismo do eleitor fluminense. E é bom destacar que é ingênuo atribuir a votação de Crivella apenas ao eleitorado evangélico.
4) São Paulo é um caso à parte. Boa parte do eleitorado conservador da classe média paulista, principalmente no interior do estado, ainda chora a derrota de suas oligarquias no movimento constitucionalista derrotado por Getúlio em 1932. Desde então, votou contra Getúlio, teve participação ativa na derrubada de Jango, votou contra Lula, Dilma e continuará votando contra qualquer candidatura progressista.
5) Não isento o PT de culpa. Deixou de ser um partido ligado aos movimentos sociais para se encastelar em um discurso eleitoreiro. Mas conclamo os inconformados com isso a se filiarem, e travarem a luta interna com a burocracia do partido. É necessário entender que, sem a oxigenação trazida por novos quadros progressistas, a oligarquização é inevitável. Sem novas lideranças oriundas das comunidades periféricas, da luta LGBT e do movimento negro, entre outras, o partido tende a se torna refém da ladainha do “vocês não sabem o que nós fizemos pelo país".
6) Vamos para o segundo turno confiantes. Chamo a atenção dos jovens para o que está em jogo: os tucanos são contrários às regras do marco do pré-sal e são ligados a representantes das indústrias petroleiras estadunidenses como demonstram os documentos diplomáticos obtidos pelo WikiLeaks. A pergunta que fica para os que votam em Aécio é a seguinte: além de serem contra as políticas de inclusão, vocês querem passar à história como a juventude mais entreguista que esse país já teve?
Não entendi direito a parte "a votação expressiva em alguns parlamentares do PSOL se dá no mesmo processo que consagrou a famílias Bolsonaro e Garotinho", mas gostaria de entender, você poderia explicar melhor?
ResponderExcluirAh, nem acho que a juventude seria entreguista neste caso, mas ignorante das consequencias economicas de suas escolhas, pois não falam disto pela mídia principal....