Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O jogo sucessório está aberto.
Embora Marina Silva tenha tido, essencialmente, o mesmo papel de 2010 – o de permitir um segundo turno em que todo tipo de crítica ao governo é jogado no mesmo balaio eleitoral -, desta vez seu favoritismo propagandeado pelas pesquisas – será que ela teve, algum dia, tanto quanto se lhe atribuiu? – serviu como biombo de proteção a Aécio Neves.
A vida de playboy, vivendo às custas das sinecuras do Estado de que dispôs desde a adolescência, os hábitos pouco austeros, o comportamento pessoal polêmico (para dizer o menos) e, sobretudo, o vazio mental de quem não tem propostas, a não ser programas mirabolantes, que se implantam em meia-dúzia de lugares para fornecer material aos programas de televisão, tudo isso ficou em segundo plano.
Claro, o adversário a ser batido era o diversionismo marinista, pleno daquelas boas intenções de que minha avó dizia estar cheio o inferno.
Agora, a história é outra.
É vital uma mudança de postura que, aliás, já se percebe nos programas e filmetes de televisão.
Aécio Neves é uma montagem de pouco ou repulsivo conteúdo.
Talvez não haja quem, mais que ele, incorpore pessoalmente tão fortemente a ideia da política como “capitania hereditária”: avós e pais deputados, uma linhagem que poucos ainda ostentam num Brasil dito “republicano”.
Com ele o debate não pode seguir o caminho da simples racionalidade, porque seu compromisso com o que é factível é nenhum, como é o com a verdade.
Chega a situações risíveis, como a de dizer que implantará uma bolsa de um salário-mínimo para trazer de volta à escola estudantes de 2° grau que deixaram os estudos os quais, segundo ele, somam 20 milhões.
É só multiplicar (R$ 724 x 20 milhões de bolsas x 12 meses) e veremos que isso dá R$ 173 bilhões de reais, a preços de hoje. Compare: o orçamento deste ano para o Bolsa Família é de R$ 25 bilhões. Portanto, praticamente, sete vezes o valor do Bolsa Família, também depois de uma década de implantação.
Um proposta feita para enganar trouxa, ser aplicada para 20 ou 30 mil estudantes e posta na vitrine eleitoral, apenas.
Aécio precisa ser impiedosamente desmontado.
E pode ser, porque à alteração visível em seus olhos nos debates anteriores vai se somar o estado de euforia pretensiosa do qual agora ele está tomado.
Esse é o nosso dever e nossa chance.
O jogo sucessório está aberto.
Embora Marina Silva tenha tido, essencialmente, o mesmo papel de 2010 – o de permitir um segundo turno em que todo tipo de crítica ao governo é jogado no mesmo balaio eleitoral -, desta vez seu favoritismo propagandeado pelas pesquisas – será que ela teve, algum dia, tanto quanto se lhe atribuiu? – serviu como biombo de proteção a Aécio Neves.
A vida de playboy, vivendo às custas das sinecuras do Estado de que dispôs desde a adolescência, os hábitos pouco austeros, o comportamento pessoal polêmico (para dizer o menos) e, sobretudo, o vazio mental de quem não tem propostas, a não ser programas mirabolantes, que se implantam em meia-dúzia de lugares para fornecer material aos programas de televisão, tudo isso ficou em segundo plano.
Claro, o adversário a ser batido era o diversionismo marinista, pleno daquelas boas intenções de que minha avó dizia estar cheio o inferno.
Agora, a história é outra.
É vital uma mudança de postura que, aliás, já se percebe nos programas e filmetes de televisão.
Aécio Neves é uma montagem de pouco ou repulsivo conteúdo.
Talvez não haja quem, mais que ele, incorpore pessoalmente tão fortemente a ideia da política como “capitania hereditária”: avós e pais deputados, uma linhagem que poucos ainda ostentam num Brasil dito “republicano”.
Com ele o debate não pode seguir o caminho da simples racionalidade, porque seu compromisso com o que é factível é nenhum, como é o com a verdade.
Chega a situações risíveis, como a de dizer que implantará uma bolsa de um salário-mínimo para trazer de volta à escola estudantes de 2° grau que deixaram os estudos os quais, segundo ele, somam 20 milhões.
É só multiplicar (R$ 724 x 20 milhões de bolsas x 12 meses) e veremos que isso dá R$ 173 bilhões de reais, a preços de hoje. Compare: o orçamento deste ano para o Bolsa Família é de R$ 25 bilhões. Portanto, praticamente, sete vezes o valor do Bolsa Família, também depois de uma década de implantação.
Um proposta feita para enganar trouxa, ser aplicada para 20 ou 30 mil estudantes e posta na vitrine eleitoral, apenas.
Aécio precisa ser impiedosamente desmontado.
E pode ser, porque à alteração visível em seus olhos nos debates anteriores vai se somar o estado de euforia pretensiosa do qual agora ele está tomado.
Esse é o nosso dever e nossa chance.
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